Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Na manhã desta terça-feira (01), no auditório da Prefeitura Municipal, o Conselho de Desenvolvimento Sustentável (CDS) reuniu líderes e presidentes de associações para debater a questão hídrica nas comunidades rurais de Brumado. O presidente da Associação da Extrema, Dielson Ribeiro, compareceu à reunião. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, ele disse que a comunidade foi esquecida quando se trata de água. “Hoje, praticamente, os agricultores vivem da água do caminhão-pipa e da pouca água que ainda tem nas aguadas públicas. Não temos água encanada”, afirmou. Na comunidade, três caminhões-pipa abastecem 30 famílias por mês, o que é insuficiente para a demanda total dos moradores. Ribeiro apontou que, há anos, a comunidade luta junto à Embasa para conseguir uma extensão de água para região. O ponto mais próximo de onde já existe essa ligação fica acerca de 8 km. “É um sonho de toda nossa comunidade”, completou. Presidente do CDS, Cláudio Ribas explicou que a reunião de hoje é um desdobramento da audiência virtual realizada com o secretário estadual de desenvolvimento rural, durante a qual foram discutidas propostas de enfrentamento à seca na zona rural do município. “O próprio secretário sugeriu que nós reuníssemos todos os presidentes de associações para fazer um diagnóstico da real situação e enumerar as prioridades”, detalhou. Na reunião, a principal prioridade enumerada foi o abastecimento de água para consumo humano e animal. O prognóstico será apresentado posteriormente ao Governo do Estado.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Nesta segunda-feira (30), o Governo Federal reconheceu a situação de emergência no município de Caraíbas em virtude da grave seca que assola a região. A portaria foi publicada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) no Diário Oficial da União (DOU). Com o reconhecimento, a Prefeitura de Caraíbas está apta a solicitar recursos federais para ações de resposta e assistência humanitária. Os recursos poderão ser utilizados na aquisição de itens como cestas básicas, água potável, kits de higiene e limpeza, além de alimentação para equipes de trabalho e voluntários envolvidos nas ações emergenciais. Até o momento, a Bahia tem 130 reconhecimentos vigentes, dos quais 102 por estiagem, 26 por chuvas intensas, 1 por enxurradas e 1 por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Na cidade de Brumado, presidentes de associações comunitárias rurais estão sendo convocados para participar de uma reunião com a finalidade de debater ações prioritárias de convivência com a seca. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Cláudio Ribas, presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável, explicou que, na visita do governador Jerônimo Rodrigues ao município, o conselho entregou ao mesmo um documento solicitando uma audiência para tratar da seca que assola as comunidades rurais. Prontamente, através do secretário estadual de desenvolvimento rural, o governador sugeriu uma primeira reunião virtual, a qual já foi realizada com algumas reivindicações sinalizadas. Agora, segundo Ribas, por determinação do secretário, será promovida a reunião presencial com todos os presidentes e líderes de associações rurais. Esta reunião acontecerá na próxima terça-feira (01), no auditório da prefeitura. O objetivo é enumerar as prioridades com relação ao enfrentamento da seca no município. “A questão maior é o abastecimento de água, tanto para o consumo humano quanto para o consumo animal. Precisamos urgentemente fazer a limpeza das aguadas públicas e, depois, das aguadas particulares”, adiantou. Além disso, Ribas destacou a importância de abrir mais poços artesianos e de aumentar a demanda da Operação Pipa para atender as famílias que sofrem com a estiagem. A reunião terá início às 8h30.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Na segunda-feira (16), o prefeito de Malhada de Pedras, Beto de Preto Neto (PSD), se reuniu com a população para apresentar as ações de enfrentamento à seca no município. Na ocasião, o gestor anunciou oficialmente que as festas juninas não serão realizadas na cidade em virtude da grave situação. Com base em uma análise responsável das finanças municipais, ele também informou que a tradicional cavalgada e a Feira de Animais serão adiadas para o mês de dezembro. “Fiz as contas e vi que não dava pra fazer festa e cuidar do povo ao mesmo tempo. Então, escolhi cuidar do povo”, declarou. O prefeito priorizou a aplicação dos recursos públicos no atendimento a demandas urgentes, como saúde e acesso à água na zona rural. Em 2024, houve atrasos no repasse de emendas parlamentares por causa de impasses entre o Congresso Nacional e o Executivo, o que reduziu drasticamente a disponibilidade de recursos livres no primeiro semestre. “Quem vai prestar contas sou eu. Não posso gastar o que não tenho só porque outras cidades estão fazendo festa”, justificou. Entre as medidas em execução para minimizar os efeitos da estiagem, o prefeito destacou a perfuração de poços em diversas comunidades, a instalação de caixas d’água, a distribuição de 20 mil metros de mangueiras para estender redes de abastecimento, o planejamento para a limpeza de lagoas públicas e o abastecimento contínuo com caminhões-pipa.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quarta-feira (11), a situação de emergência na cidade baiana de Ibiassucê, afetada pela estiagem. A Portaria nº 1.785 com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 112 reconhecimentos vigentes, dos quais 85 por estiagem, 25 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (6), a situação de emergência nas cidades de Iuiu e Rio do Antônio, afetadas pela estiagem. A Portaria nº 1.749 com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 111 reconhecimentos vigentes, dos quais 84 por estiagem, 25 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quinta-feira (29), a situação de emergência na cidade de Ibipitanga, afetada pela estiagem. A Portaria nº 1.680 com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 104 reconhecimentos vigentes, dos quais 78 por estiagem, 24 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (27), a situação de emergência nos municípios de Caturama e Matina afetados pela estiagem. A Portaria nº 1.642 com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 105 reconhecimentos vigentes, dos quais 79 por estiagem, 24 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu nesta sexta-feira (23) a situação de emergência em Aracatu, devido à estiagem prolongada. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União. Com a medida, a prefeitura municipal passa a ter acesso facilitado a recursos federais para ações de defesa civil, como a compra de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza, higiene pessoal e dormitório, entre outros itens essenciais para a população afetada. O município agora pode formalizar os pedidos pelo Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), apresentando planos de trabalho que serão avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional. A estiagem tem afetado diversas cidades baianas em 2025, com prejuízos para a agricultura, pecuária e o abastecimento de água, impactando milhares de famílias no interior do estado. Segundo o governo estadual, ações emergenciais como limpeza de aguadas, distribuição de água potável por carros-pipa e entrega de cestas básicas estão entre as medidas adotadas para amenizar os efeitos da seca. Após a análise e aprovação dos planos de trabalho, a liberação dos recursos é publicada em portaria no Diário Oficial da União, permitindo que o município execute as ações necessárias para enfrentar a estiagem.
Foto: Shutterstock “Não choveu quase nada este ano. A gente está assim, pagando uns aluguelzinhos aos vizinhos com uma dificuldade muito grande. Sinceramente, a coisa não está fácil. A pastagem quase não criou, não deu mantimento e as coisas estão mais caras. A gente só cria mesmo porque moramos na roça e não tem outro meio de sobrevivência”. Maria Lúcia do Prado, 65 anos, cria bovinos e caprinos em Belo Campo - um dos 76 municípios com situação de emergência por estiagem reconhecida pelo governo federal. Os dados são do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). A estimativa é de que 2 milhões de pessoas já foram afetadas pela estiagem em 2025, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec). Atualmente, o maior número de cidades impactadas concentra-se no sudoeste baiano, com 20 municípios afetados. São consideradas em estiagem as localidades acometidas por um período prolongado de baixa ou nenhuma pluviosidade, em que a perda de umidade do solo é superior à sua reposição. As ocorrências mais antigas nos municípios baianos datam de novembro de 2024, totalizando mais de seis meses de escassez. O geógrafo e professor titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Rosalve Lucas, explica que os impactos em relação à estiagem são sentidos inicialmente nas atividades vinculadas às chuvas, como a produção de alimentos, o abastecimento de água e a pecuária. “Tradicionalmente, essas atividades são as primeiras a serem atingidas. Elas são a base e, na sequência, outros setores serão impactados, como a produção de alimentos industrializados, a comercialização de alimentos, a inflação, a qualidade de vida, a saúde. É um efeito cascata e que também vai afetar as grandes cidades; pode até citar o aumento da insegurança alimentar”, salienta Rosalve. No início de maio, Vitória da Conquista, maior cidade do sudoeste e terceira maior cidade do estado, entrou para a lista do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional como cidade em situação de emergência por conta da estiagem. Cosme Lima, de 55 anos, trabalhava com horta e criação de porcos até pouco tempo atrás, mas, com a elevação dos custos de insumos e a escassez de água, precisou abandonar a agricultura. Hoje, ele vive em Belo Campo, onde relata dificuldades no acesso à água potável e enfrenta o alto custo da alimentação animal. “Hoje você paga R$ 85 num saco de ração de milho. Quando chega aqui, está mais de R$ 90. O trigo está R$ 58, a soja R$ 156. Tudo é caro”, relata.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste A Defesa Civil Nacional reconheceu, nesta quarta-feira (14), a situação de emergência na cidade de Cândido Sales, afetada pela estiagem. Com o reconhecimento, o município está apto a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, explica como os repasses podem ser aplicados. “Os recursos da Defesa Civil podem ser empregados naquele primeiro momento que acontece o desastre pra fazer assistência humanitária, pra dar kits de higiene, alimentação para as pessoas que foram atingidas, que enfrentam as consequências daquele desastre, bem como pra restabelecimento dos serviços essenciais, como, por exemplo, abastecimento de água e desobstrução de vias públicas. Além disso, nós também podemos utilizar o os recursos da Defesa Civil pra fazer reconstrução de infraestruturas públicas destruídas pelo desastre ou ainda de habitações destruídas pelo desastre”. Até o momento, a Bahia tem 99 reconhecimentos vigentes, dos quais 78 por estiagem, 19 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Decreto nº 304/2025, que declara situação de emergência em toda a zona rural do município de Ibipitanga afetada pela estiagem, foi publicado no Diário Oficial. A emergência foi declarada com base na situação crítica provocada pela seca, especialmente na zona rural, onde o abastecimento de água para consumo humano e animal e as atividades agrícolas e econômicas estão comprometidos. Segundo o prefeito Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira (PT), o Beto, a situação exige a adoção de medidas urgentes de prevenção, assistência e restabelecimento e o reconhecimento, nos âmbitos Estadual e Federal, da condição emergencial é fundamental para que o Governo Municipal possa adotar ações mais eficazes no abastecimento da população da zona rural. A declaração de emergência terá validade de 180 dias, podendo ser prorrogada conforme a evolução da situação, mediante laudo técnico. De acordo com o decreto, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e orientações.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Decreto nº 072/2025, que declara situação de emergência nas áreas do município de Brumado afetadas pela estiagem, foi publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira (07). Para decretar a situação, o prefeito Fabrício Abrantes (Avante) considerou que a escassez de chuva na região tem provocado o desabastecimento de água em várias comunidades rurais e que as previsões meteorológicas indicam a continuidade do período de seca na cidade pelos próximos meses. A situação de anormalidade é válida apenas para as áreas que, comprovadamente, foram afetadas pela estiagem. Ficam as secretarias municipais encarregadas de agir conjunta e articuladamente, adotando ações imediatas para solucionar os impactos decorrentes do baixo índice pluviométrico e prejuízos sofridos pela população. Por meio da Operação Carro Pipa será possível atender parte expressiva de todas as comunidades atingidas.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Preocupado com a seca na Bahia, o Governo do Estado solicitou da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (BahiaTer) e do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) um diagnóstico do cenário nos municípios do Território do Sertão Produtivo. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, José Luís Alves Ataíde, coordenador do Setaf, destacou que o diagnóstico auxiliará o governo na definição de estratégias e medidas urgentes de convivência com a seca, a exemplo da criação de políticas públicas para superação da atual situação de emergência vivida em diversos municípios baianos. Com esse objetivo, a equipe técnica do Setaf estará empenhada em produzir um relatório da seca na região. “Temos que colocar em primeiro plano a situação emergencial dos nossos municípios”, ressaltou. Em decorrência dessa mobilização, o serviço não fará emissão e renovação de CAF entre os dias 5 e 12 de maio. Nesse período, Ataíde explicou que os técnicos se deslocarão pelos municípios do Território do Sertão Baianos para produção do referido diagnóstico. Serão realizadas ao todo 308 entrevistas com agricultores e pecuaristas a fim de dar legitimidade às informações levantadas. O relatório será elaborado em todos os 27 territórios da Bahia.
Foto: João Jesus/Macaúbas FM/Achei Sudoeste Na última quarta-feira (30), por volta de 16h30, uma forte chuva caiu sobre Macaúbas e outros municípios da Bacia do Paramirim. Foram mais ou menos três horas de precipitação. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o jornalista João de Jesus, da Macaúbas FM, informou que diversos transtornos foram registrados na região. Em Macaúbas, a agência do Banco do Brasil está fechada devido a uma queda de energia causada pela forte chuva. A previsão é de que os atendimentos sejam retomados somente na próxima segunda-feira (05), prejudicando diversos usuários em pleno início de mês. “Nem os caixas eletrônicos do lado de fora funcionaram, o que preocupa bastante a população”, afirmou.
Foto: João Jesus/Macaúbas FM/Achei Sudoeste Além da queda de energia, a cidade registrou pontos de alagamento, buracos e muita lama, sobretudo na zona rural. Alguns locais estão intransitáveis. Na quinta (01) e nesta sexta-feira (02), segundo o repórter, também ocorreram pancadas de chuvas, porém em menor intensidade. O tempo segue nublado e instável na região. Segundo João de Jesus, apesar da boa notícia, a seca segue grave na zona rural. “Essa de agora não é uma chuva constante. Pode chover forte como na quarta, mas são chuvas esporádicas”, destacou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta terça-feira (29), a Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em virtude da seca intensa nas cidades de Caetité e Guajeru. Com o reconhecimento, ambas estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, detalhou que os recursos da Defesa Civil podem ser empregados para assistência humanitária, como entrega de kits de higiene e alimentação para as pessoas atingidas pelo desastre, e para o restabelecimento dos serviços essenciais, como abastecimento de água e desobstrução de vias públicas. Além disso, os recursos também podem ser utilizados para reconstrução de infraestruturas públicas destruídas pelo desastre. Até o momento, a Bahia tem 83 reconhecimentos vigentes, dos quais 63 por estiagem, 18 por chuvas intensas, 1 por enxurradas e 1 por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em parceria com o Governo do Estado, a Prefeitura Municipal de Malhada de Pedras anunciou a aquisição de tubulações para estender a rede de abastecimento de água encanada no meio rural. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito Beto de Preto Neto (PSD) informou que mais de 5 mil metros de tubos já chegaram ao município e os serviços serão iniciados em breve. A estimativa é atender diversas comunidades rurais com a extensão de rede. No entanto, o gestor deixou claro que não se trata ainda de um projeto de universalização da água na cidade. “Serão atendidas agora aquelas comunidades que ficam mais perto da rede da Embasa, da adutora. Vamos continuar lutando para que essas redes sejam estendidas para outras comunidades”, assegurou. Apesar de terem sido registradas chuvas no município, a pluviosidade não atingiu todas as áreas do território. Além disso, o prefeito relatou que, onde choveu, os açudes não captaram água. “Serviu para molhar a terra e pegar água nas cisternas, mas não resolveu o problema”, apontou. Assim, a crise hídrica persiste na região.
Foto: Divulgação O município de Guajeru, recebeu uma importante conquista para a melhoria da qualidade de vida da sua população. Através da atuação do deputado estadual Vitor Bonfim, em parceria com o Governo do Estado, foi viabilizada a perfuração de um poço artesiano na comunidade de Curralinho, que vai beneficiar cerca de 130 pessoas. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado Vitor Bonfim comemorou a realização da obra e destacou a importância da ação em um momento de forte seca na região. “Sei da atual fase que nós estamos atravessando de grande seca nesses municípios, em especial lá em Guajeru. A gente precisa trabalhar muito para superar essa dificuldade que nós temos na região semiárido do estado da Bahia”, afirmou. O parlamentar ressaltou ainda que a perfuração do poço é um passo fundamental para levar dignidade e melhores condições de vida para quem vive no sertão. “Fico feliz quando a gente consegue entregar um benefício importante como a perfuração de um poço artesiano e mais do que isso, quando dá água boa, água de qualidade para servir a quem tanto precisa lá no nosso sertão sofrido”, completou. Vitor Bonfim reafirmou o compromisso de seguir trabalhando em parceria com o governador Jerônimo Rodrigues para ampliar as ações de acesso à água e fortalecer o desenvolvimento das comunidades rurais da Bahia.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (22), a situação de emergência na cidade baiana de Mucugê, na Chapada Diamantina, afetada pela estiagem. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 84 reconhecimentos vigentes, dos quais 64 por estiagem, 18 por chuvas intensas, um por enxurradas e um por alagamentos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) está realizando um mapeamento dos municípios mais atingidos pela seca na Bahia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, nesta terça-feira (22), o secretário Osni Cardoso descreveu que o cenário é preocupante, tendo em vista que as chuvas foram bem abaixo do esperado para o período de outubro a março no estado. “Muitos lugares já estão em seca e isso projeta uma seca ainda maior porque, em boa parte dessas regiões, só vai chover em outubro. Teremos um longo período de estiagem”, apontou. No momento, mais de 100 municípios decretaram estado de emergência. O secretário informou que esse número deve aumentar significativamente porque não há previsões de chuvas a contento nos próximos meses. Ciente dessa realidade, o governo do estado está executando um plano de ação com diversas estratégias. Como parte desse projeto, o governador se reunirá ainda nesta quarta-feira (23) com todos os prefeitos e secretários municipais de agricultura para discutir a entrega de insumos para os produtores rurais. A ideia, segundo Cardoso, é manter a subsistência dos animais de criação dos produtores da agricultura familiar. O plano também prevê a distribuição de equipamentos, recursos para contratação de carros pipa, plantio de palmas, reservação de água, ativação de poços artesianos e diálogo com os bancos para abertura de linhas de crédito para os produtores. “Queremos mitigar o processo da seca. A estratégia é manter o homem e a mulher do campo com o mínimo de dignidade”, salientou. Nesse momento, conforme antecipou, os animais são o principal objeto de intervenção do Governo do Estado. Ao longo da semana, o governador deve anunciar novas medidas para convivência com a seca na Bahia. “Há um compromisso muito forte do nosso governador. Estamos atentos”, garantiu Osni.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A região de Livramento de Nossa Senhora registrou chuvas esparsas durante o final de semana. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Arthur Tanajura, chefe do departamento de recursos hídricos da cidade, explicou que em algumas localidades choveu bastante e, em outras, não choveu nada. “Nem todas as localidades ocorreram chuvas. As chuvas foram esparsas, mas contribuíram um pouco para melhora da situação do agricultor”, afirmou. Na região da Tapera, por exemplo, a pluviosidade foi alta, mas o mesmo não aconteceu em Bem Posta e Iguatemi, onde não foram registradas chuvas e as lagoas já estão bem vazias. Segundo Tanajura, apesar da boa nova, a situação ainda é calamitosa na região devido ao agravamento da seca. “O gado está sofrendo muito, o pessoal sem água. Os lençóis freáticos estão muito baixos, os poços estão secando... essa chuva veio para amenizar um pouquinho em algumas regiões”, detalhou. Sem previsão de chuvas para os próximos meses, o chefe do departamento destacou que o cenário tende a se tornar caótico. Isso porque, no final do ano passado, quando choveu muito pouco, as aguadas, açudes e mananciais não encheram em sua capacidade máxima e, tampouco, o produtor conseguiu acumular água. “Vai ficar muito difícil para o povo e para o poder público”, lamentou. Tanajura foi além e sinalizou que o agravamento da seca pode afetar a economia do município, que é baseada na agropecuária, com destaque para a fruticultura. “Somos os maiores exportadores de maracujá do país. A produção pode diminuir porque é uma cadeia produtiva que envolve várias pessoas. Afeta tudo”, frisou. As previsões meteorológicas apontam a ocorrência de chuvas apenas para os meses de outubro e novembro.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste No último final de semana, choveu bastante na região de Malhada de Pedras. Na sede do município foram registrados 85 mm de chuva em cerca de 8 horas de precipitação. Já nas comunidades rurais, os índices variaram entre 30 e 50 mm. Apesar do alto índice pluviométrico, Lucas Ataíde, secretário municipal de agricultura, meio ambiente e recursos hídricos e coordenador da Defesa Civil Municipal, explicou que as chuvas ocorreram de forma espaçada e localizada. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Ataíde disse que a pluviosidade não foi suficiente para encher a capacidade dos mananciais e açudes de maneira positiva. “Eles ainda estão em volume muito negativo. Temos um déficit hídrico bastante elevado. Então, o solo infiltra essa água até para repor a sua necessidade”, detalhou. O secretário avaliou que, embora a crise hídrica não tenha sido revertida, a chuva serviu para melhorar o clima e molhar as plantações na zona rural. “Deu uma animada na nossa população, mas ainda estamos em situação de emergência devido à estiagem por conta das nossas fontes de água para captação humana”, ponderou. Ao todo, de acordo com os dados oficiais, em 2025, foram registrados até o momento 268 mm de chuvas. Para os próximos dias, não há previsão de chuvas na cidade.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Brumado registrou poucas chuvas durante o período do feriado prolongado. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Simão Dutra Lobo, diretor de agricultura e recursos hídricos do município, disse que, de forma geral, a pluviosidade atingiu a sede e a zona rural, porém a intensidade da chuva variou bastante. “Em algumas regiões choveu 7 mm, outras 20 mm, 30 mm e, em algumas exceções, foi registrada uma chuva mais forte”, detalhou. Dutra explicou que a precipitação não foi suficiente para resolver o problema da escassez de água na cidade. Diante disso, o decreto de emergência devido à estiagem continua vigente até o dia 15/05. O diretor adiantou que, após esse período, um novo decreto será publicado por mais 6 meses, tendo em vista a crise hídrica vivenciada em Brumado no momento. Em algumas regiões rurais, a situação é alarmante. “Algumas comunidades são desprovidas totalmente de água porque os reservatórios estão secos e não é possível perfurar um poço para ter uma vazão com um volume maior. Nessa situação, algumas regiões dependem exclusivamente da operação carro pipa”, completou. Atualmente, 16 caminhões pipa estão em atividade no município atendendo quase 16 mil pessoas na zona rural. A prefeitura já solicitou ao Exército o aumento de carros pipa para atender mais comunidade rurais, visto que, segundo Simão, a seca tem se agravado em Brumado. Em paralelo, o Município atua em ações para limpeza de aguadas e manutenção dos poços artesianos na zona rural. "A tendência é de agravamento porque as previsões apontam chuvas apenas para segunda quinzena de outubro. Até lá, vamos ter que socorrer as pessoas na zona rural", finalizou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Diante do agravamento da seca, a Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos Hídricos está desenvolvendo um amplo trabalho para garantir o abastecimento das comunidades mais afetadas em Brumado. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário Agno Meira disse que já começou a dialogar com o Governo do Estado para buscar políticas públicas a fim de amenizar o sofrimento do homem do campo. Meira esteve na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e na Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) demandando algumas ações importantes para o município. Estas incluem a inclusão de Brumado no Programa de Mecanização Rural (Promer). “Estamos buscando do Governo do Estado essa parceria”, afirmou. Na área de assistência social, Agno também tem tentado viabilizar a inclusão da cidade no Programa Bahia Sem Fome com a finalidade de garantir segurança alimentar nas comunidades rurais. Outra frente de trabalho da Semar diz respeito à aquisição de novos caminhões pipa. Meira detalhou que a prefeitura abriu um processo administrativo para contratação, com recursos próprios, de mais 4 veículos para atendimento da demanda rural. Apesar de todos os esforços, o secretário ressaltou que as ações são paliativas. “Toda essa política de convivência com a seca é paliativa. O que nós precisamos e o prefeito tem dialogado é para construção da segunda etapa da Barragem de Cristalândia, que irá universalizar a água para todas as comunidades rurais”, concluiu.
Foto: Divulgação/SDR Devido ao agravamento da seca no interior da Bahia, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) distribuiu 90 mil mudas de palma para famílias agricultoras de Livramento de Nossa Senhora. As mudas servirão como reserva alimentar para rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos, auxiliando na subsistência dos animais nesse período de estiagem severa. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações do Governo do Estado para enfrentar os efeitos da seca na Bahia. O superintendente de Agricultura Familiar (SUAF/SDR), Euzimar Carneiro, destacou que a palma forrageira funciona como uma reserva estratégica de alimentação animal. Além disso, exerce um papel fundamental na captação de carbono (CO?), contribuindo para o equilíbrio ambiental. Na última quarta-feira (09), o governador Jerônimo Rodrigues esteve em Brasília para discutir os impactos da estiagem prolongada. Na ocasião, foi apresentado um plano com medidas emergenciais e estruturantes voltadas ao apoio dos municípios mais afetados.