A Magnesita Mineração S.A divulgou recentemente o seu balanço do período de janeiro a setembro deste ano, cujo resultado foi um lucro líquido de quase R$ 145 milhões. Os trabalhadores da empresa estão em campanha salarial e, na primeira rodada de negociação, em substituição ao reajuste salarial, a empresa apresentou proposta de um abono de R$ 2 mil. Na última sexta-feira (18), para surpresa de todos, demitiu dez trabalhadores, quando na reunião com o sindicato discursava que a prioridade era a manutenção do nível de emprego. O Sindicato dos Mineradores disse que, desde o ano passado, vem adotando uma postura flexível, inclusive aceitou reajuste para vigorar em fevereiro deste ano e não em outubro de 2015, que é a data base, além de abrir mão do retroativo. Na semana passada, fechou o acordo da participação nos resultados, aceitando reduzir de 1,4 para no máximo 1,2 salários, caso sejam cumpridas as metas estabelecidas entre as partes. Para o sindicato, a empresa tem abusado do excesso de compreensão dos trabalhadores. “Este ano não abriremos mão da reposição da inflação do período, que gira em torno de 9%, bem como da correção do ticket alimentação e de um percentual de aumento real. O mesmo gesto que fizemos ano passado em função das dificuldades, exigiremos que a empresa faça em nosso favor este ano, vez que está tendo lucratividade”, afirmam os diretores do Sindmineradores.