As 390 famílias beneficiadas com a casa própria nos residenciais Brisas I e II, do programa Minha Casa, Minha Vida, em Brumado, realizaram protesto queimando galhos e tapumes na tarde desta terça-feira (16). Eles cobram a entrega dos imóveis que seria realizada na última segunda-feira (15). A solenidade foi adiada e, segundo os beneficiados, uma nova data para entrega das casas ainda não determinada. Em entrevista ao site Brumado Notícias, algumas donas de casa relataram que estão “em uma corda bamba de insegurança por conta da indefinição na entrega das residências”. Algumas relataram que até já cancelaram os alugueis onde moram, pois tinham certeza de que iriam ainda esta semana para as novas moradias. A insatisfação maior dos manifestantes se dá devido aos vencimentos da primeira parcela do contrato do imóvel e às contas de água e energia, que já foram ligadas. “Vamos pagar imóvel, água e energia sem estar usufruindo de nada. Isso está errado! Aí vamos até a prefeitura e nos falam que o problema é com a empresa; vamos a empresa e nos jogam para a Embasa; vamos a Embasa e nos jogam para a Caixa. Viramos peteca na mão desse povo. Tudo o que queremos é simplesmente entrar em nossas casas, que são nossas por direito”, reclamaram as proprietárias das moradias, que ameaçam invadir o condomínio. “Vamos esperar até a próxima sexta-feira (19), se não resolverem vamos invadir. Na verdade, vamos tomar posse do que é nosso”, disseram os beneficiados. 

A nossa reportagem falou com Themis Narvaes, secretária de Desenvolvimento Social do município, e a mesma apontou que o adiamento ocorreu em razão de pendências da empresa E2, empreiteira responsável pela obra com a Embasa. “Não sei que tipo de pendência, pois a mesma é de ordem técnica. Estou aguardando um posicionamento da gerência regional da Embasa para termos mais esclarecimentos quanto a solução do problema, por isso não posso adiantar uma nova data. Não é um assunto de nosso conhecimento e nem da nossa pasta”, explicou a secretária. Já no local das manifestações, a nossa reportagem foi informada de que o problema seria de ordem burocrática por falta de uma licença ambiental para o funcionamento da estação de tratamento de esgoto do condomínio.