A Semana de Ciências e Tecnologia acontece no campus do Ifba em Brumado ao longo desta semana. O evento é promovido em todos os campis do Ifba na Bahia e também em outras instituições federais no país, visto que o mesmo está vinculado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, proposta pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Presidente da iniciativa, Elaine de Souza Araújo informou que, neste ano, o tema é “Ciências Básicas para o desenvolvimento sustentável”. Ao site Achei Sudoeste, Araújo explicou que o tema está relacionado aos objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável. Em Brumado, o Ifba propõe aos alunos e à comunidade pensar de maneira crítica o atual momento da sociedade e como o desenvolvimento pode ser visto da perspectiva sustentável. “Os alunos se engajaram nessa proposta de maneira fenomenal”, destacou. No primeiro dia do evento, realizado na terça-feira (17), foram abertas as salas temáticas com exposições únicas e diferenciadas sobre o tema central. Também fazem parte da programação da semana minicursos, palestras e apresentação de trabalhos científicos.
O descarte inadequado de plástico é uma das principais causas de poluição nos mares. De acordo com o Plastic Waste Makers Index, o mundo gerou 139 milhões de toneladas de resíduos plásticos de uso único em 2021. Isso inclui os canudos, que levam até mil anos para se decompor. Nos últimos anos, as empresas têm procurado substituir esse produto. Em busca de inovar e entrar nesse mercado, um grupo de pesquisadores de Vitória da Conquista, coordenado pelo professor Wilson Rodrigues, criou a startup BiotechLife e desenvolveu biocanudos a partir de materiais encontrados nas cidades de Brumado e Rio do Antônio. O Biocanudo foi formulado a partir de milho, Mayzena Duryea, glicerol, Vetec, e gel da Aloe vera, conhecida como babosa, todos misturados à água destilada. O protótipo produzido é consistente, maleável e íntegro até o tempo máximo de 15 minutos. Segundo Wilson, o projeto pode contribuir positivamente para o desenvolvimento econômico regional e para o meio ambiente. “Na primeira etapa, foram utilizadas as folhas frescas de Aloe vera, obtidas de produtores rurais das cidades de Brumado e Rio do Antônio, o que poderá impactar em uma nova renda para região. Além disso, a idealização da proposta tem importância significativa para a sociedade, pois contribui para a preservação do meio ambiente, também promove a conservação da vida marinha, a promoção da saúde humana, a mudança de comportamento e o avanço tecnológico”.
O Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue, é transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Essas doenças causam diversos sintomas, deixam sequelas e podem até levar à morte. Na Bahia, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023, entre os meses de janeiro e abril, houve um aumento de 150% nos casos de Zika e de 7% nos de dengue, se comparado ao ano de 2022. Para ajudar no combate ao mosquito, os pesquisadores Davi Luca e Joelma Luca, moradores de Vitória da Conquista, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), desenvolveram uma base de dados que faz o mapeamento dos mosquitos a cada quilômetro do planeta. A tecnologia produzida pela startup Ondaedes utiliza o conceito de Big Data, que é um conjunto de técnicas para analisar e sistematizar grandes quantidades de dados. “Este é um trabalho de Big Data. Usamos a tecnologia de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que funciona como um sistema que cria, gerencia, analisa e mapeia todos os tipos de dados. Cruzamos uma série de variáveis sensíveis ao Aedes. Nossos dados são construídos com tecnologia produzida por universidades ao redor do mundo ou pelas gigantes da tecnologia”, explicou. De acordo com Davi, a partir dos dados coletados, é possível dizer onde e quando o Aedes aegypti estará e o que ele fará por quilômetro. Assim, as prefeituras podem agir em locais específicos e as campanhas de combate ao mosquito ser mais assertivas. O projeto, que foi um dos aprovados pelo Edital Centelha, da Fapesb, está 90% pronto e vai investir em sistemas para tratar e finalizar os dados globalmente.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que vai investir R$ 3 milhões em projetos de pesquisa científica sobre a varíola dos macacos (Monkeypox). O recurso foi liberado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com a Agência Brasil, os projetos envolverão linhas de pesquisa sobre vacinas, avaliação do status imunológico da população, testes de antígeno viral para sorologia, avaliação de cepas em circulação no Brasil e o monitoramento do comportamento do vírus em animais silvestres e domésticos. As pesquisas devem ser concluídas no prazo de 24 meses. O trabalho será realizado por pesquisadores de universidades federais que fazem parte da CâmaraPOX, grupo consultivo criado para o enfrentamento do vírus. Os cientistas são da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Feevale, instituição privada no Rio Grande do Sul. A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Em geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento ocorre para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.
Estão em andamento as obras de acabamento do prédio que agregará a sede da Associação das Pessoas Com Deficiências de Brumado (APDEMB). O prédio já recebeu revestimento no piso e nos banheiros. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o presidente da associação, Magno Prado Gama Prates, declarou que desde o início a obra tem recebido total apoio da prefeitura, inclusive com a doação do terreno. Nas últimas semanas, a mesa diretora do órgão percorreu o comércio e empresas locais no intuito de angariar mais recursos para concluir as obras. O presidente da associação disse a nossa reportagem que o prédio ajudará a associação a desenvolver projetos sociais de inclusão e preparação profissional voltados aos portadores de deficiências, dentre os quais a tradução da linguagem de sinais, que tem sido muito difundida nos últimos anos. Como as obras dependem também da iniciativa privada, não há um prazo para conclusão das mesmas.
Representando a Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o coordenador de Controle Viário, Estatísticas e Educação no Trânsito, Jansen Ricardo, esteve, na última semana, nas agências bancárias do Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, em Brumado, acompanhado do Presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Brumado e Região (APDEMB), Edilmagno Teixeira Mata. Na oportunidade, os gerentes do Banco do Brasil, Ramon Nascimento Barbosa, do Itaú, Júlia Dicarlo Braga, e do Bradesco, Murilo Pires da Silva, foram oficiados sobre a necessidade de promover a projeção e autorização de vaga especial, pintura do leito viário, e sinalização horizontal e vertical nas vias de acesso aos bancos. Durante esta semana, as agências da Caixa Econômica Federal, do Sicoob e do Banco do Nordeste também receberão a visita do coordenador para assegurar as necessidades de adequação das imediações da rede bancária no município a fim de sanar as dificuldades de acesso aos locais.