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Saúde
Casos de dengue e chikungunya custaram R$ 1,2 bilhão ao sistema de saúde Foto: EBC

Casos de dengue e chikungunya registrados no Brasil entre 2015 e 2024 custaram ao sistema de saúde brasileiro um montante de R$ 1,2 bilhão. O cálculo foi feito com base na pesquisa Hospitalização, mortalidade e anos de vida perdidos entre casos de chikungunya e dengue no Brasil: um estudo de corte nacional, publicada na revista científica The Lancet Regional Health. Os pesquisadores compilaram 1.125.209 casos de chikungunya, dos quais 21.336 (1,9%) necessitaram de hospitalizações; e 13.741.408 ocorrências de dengue, sendo que 455.899 (3,3%) resultaram em internações. Considerando a média de custo de internações em hospitais brasileiros, a consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa estimou que as hospitalizações custaram, ao longo de todo o período, R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,15 bilhão por dengue e R$ 56,6 milhões por chikungunya.

Casos de síndrome respiratória grave por Covid-19 crescem no Brasil Foto: Divulgação

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mais recente, divulgado na quinta-feira (28), apontou um crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em quatro estados do Brasil: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba. Apesar disso, o total de casos graves pela doença ainda segue baixo no país. Segundo o estudo, o aumento de SRAG por Covid ainda não está gerando grandes impactos nas hospitalizações pela doença. Porém, mesmo assim, é importante que as pessoas mantenham a vacinação contra o vírus atualizada. A análise é referente à Semana Epidemiológica 34, período de 17 a 23 de agosto. A atualização aponta também que 20 estados apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta: Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. No Amazonas, o crescimento do número de casos se concentra nas crianças pequenas e é causado fundamentalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Vacina do herpes-zóster pode reduzir risco de infarto e AVC, diz estudo Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Um estudo global apresentado nesta quinta-feira (28) no Congresso Europeu de Cardiologia (ESC 2025), em Madri, aponta que a vacinação contra o herpes-zóster — popularmente conhecido como cobreiro — está associada a uma redução significativa no risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).  As informações são do G1. A pesquisa avaliou dados de quase duas décadas de estudos e encontrou uma diminuição de 18% nos eventos cardiovasculares em adultos acima de 18 anos e de 16% entre pessoas com mais de 50 anos. A meta-análise reuniu 19 trabalhos científicos (incluindo ensaios clínicos e estudos observacionais) e é a primeira a compilar evidências globais sobre o impacto da vacina do zóster na saúde cardiovascular. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a aplicação da vacina — seja a versão recombinante ou a atenuada — foi associada a 1,2 a 2,2 eventos cardiovasculares a menos por mil pessoas vacinadas por ano. Na prática, isso significa que, a cada mil pessoas vacinadas, de 1 a 2 casos de infarto ou AVC deixam de acontecer por ano. Apesar dos resultados, os autores destacam que a maior parte das evidências vem de estudos observacionais, sujeitos a viés. Isso significa que, embora exista associação, ainda não é possível afirmar que a vacina seja a causa direta da redução de infartos e AVCs.

Novo exame disponível no SUS detecta vírus do HPV Foto: João Risi/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde implementou um novo teste gratuito, através do Sistema Único de Saúde (SUS), para a detecção do papilomavírus humano (HPV). Na Bahia, nesta terça-feira (26), o exame já está disponível em unidades de saúde da Bahia. O teste molecular de DNA-HPV foi desenvolvido 100% no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), em uma parceria entre a Fiocruz e o Governo do Paraná. Através dele, é possível detectar 14 genótipos do HPV antes da ocorrência de lesões ou câncer em estágios iniciais. Para ter acesso ao novo teste molecular DNA-HPV, basta marcar uma consulta ginecológica regular nas policlínicas especializadas. O público-alvo do exame são mulheres de 25 a 64 anos. As informações são do G1.

Anvisa aprova medicamento para tratar câncer agressivo no sangue Foto: Lock Stock/GettyImages

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (18) duas novas indicações para o medicamento Tibsovo (ivosidebine), uma terapia-alvo para o câncer disponibilizada pelo laboratório Servier. A aprovação disponibiliza o tratamento para pacientes adultos com leucemia mieloide aguda (LMA), um tipo de câncer que afeta as células da medula óssea. O aval acontece para duas situações: em associação com outro medicamento chamado azacitidina para pacientes com LMA com mutação no gene IDH1 recém-diagnosticados e que não foram elegíveis para quimioterapia; e para pessoas com o câncer com IDH1 mutado que não responderam adequadamente ao tratamento anterior. O medicamento já estava disponível no Brasil desde 2024 para o tratamento de colangiocarcinoma avançado ou metastático com A LMA é um tipo agressivo de câncer de sangue e responde por cerca de 20% a 30% dos casos de leucemia no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o triênio 2023-2025, são previstos 11,5 mil novos casos de leucemia por ano no país, o que representa entre 2,3 mil e 3,4 mil diagnósticos anuais do câncer. A doença leva ao acúmulo de células imaturas, chamadas blastos, que dificultam a formação de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, causando sintomas como fadiga intensa, maior risco de infecções e sangramentos. O tratamento da LMA pode incluir quimioterapia, terapias-alvo e, em alguns casos, transplante de medula óssea.

Diagnóstico tardio do câncer de colo de útero eleva custos no SUS Foto: Divulgação

Um estudo sobre câncer de colo de útero indica que quanto mais tardio é o diagnóstico da doença, maiores são os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Além de impactar a sobrevida dos pacientes, descobrir o câncer em estágios avançados demanda mais internações e procedimentos médicos. O alerta é de pesquisadores da MSD Brasil, empresa farmacêutica global que produz a vacina nonavalente contra o HPV disponível na rede privada. A imunização contra o HPV é a principal forma de prevenção do câncer de colo de útero e também está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde, por meio da vacina quadrivalente. Ela protege contra os tipos do vírus mais associados ao câncer e é indicada para adolescentes de 9 a 14 anos. Foram reunidas informações de 206.861 mulheres com mais de 18 anos, diagnosticadas com a doença entre janeiro de 2014 e dezembro de 2021. O estudo utilizou o DataSUS, base de dados pública vinculada ao SUS. Nos dados analisados, o percentual das pacientes que precisaram passar por quimioterapia aumenta de acordo com o estágio em que o câncer é identificado, assim como a frequência de internações e visitas ambulatoriais por mês. O estudo reforça o tamanho do problema para o país, onde o diagnóstico em estágio avançados ocorre em 60% dos casos, segundo os pesquisadores. Outro ponto levantado é o das disparidades sociais e econômicas relacionadas à doença. Até 80% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil. O Instituto Nacional de Câncer estima que o Brasil registra cerca de 17 mil novos casos por ano. Segundo o estudo da MSD Brasil, a maioria dos diagnósticos deste tipo de câncer abrange mulheres não brancas, com baixa escolaridade, que dependem do sistema público de saúde (SUS).

Mais Médicos reduz participação de cubanos e prioriza brasileiros Foto: Divulgação

A participação cubana no programa Mais Médicos foi reduzida ao longo da última década e, hoje, representa apenas 10% do total de profissionais ativos na iniciativa. Criado em 2013, o Mais Médicos sofreu reformulações e ajustes com as mudanças de governo no Brasil e passou a priorizar a seleção de médicos nacionais — formados aqui ou no exterior — para o programa. Os cubanos, que chegaram a ocupar mais de 11 mil postos na iniciativa, foram reduzidos a um patamar de quase 2,7 mil médicos. A participação dos profissionais do país caribenho no programa sempre foi alvo de divergências políticas. Doze anos após a chegada da primeira leva de cubanos, a disputa ganhou um novo capítulo — desta vez, pelas mãos do governo dos Estados Unidos. O Departamento de Estado americano revogou vistos de entrada no país de dois funcionários do governo brasileiro ligados ao Mais Médicos e à participação dos caribenhos na iniciativa. Os americanos acusam o programa de colaborar com um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.

Doença rara faz criança de 3 anos pesar 45 kg e chorar de fome o dia inteiro Foto: Reprodução/Correio 24h

Um menino de Massachusetts, nos Estados Unidos, chegou a pesar 45 kg aos 3 anos devido a uma condição genética rara que provoca fome constante, informou a revista People. Benjamin Freitag, hoje com 6 anos, nasceu com deficiência de leptina, distúrbio que impede o corpo de reconhecer quando está saciado. Segundo a mãe, Karen Freitag, de 41 anos, o filho chorava constantemente pedindo comida. A família chegou a esconder alimentos em festas e evitava frequentar parques para não encontrar caminhões de sorvete. Aos 2 anos, Benjamin pesava 29 kg e, no ano seguinte, chegou a 45 kg, mesmo com restrições alimentares. O excesso de peso dificultou seu desenvolvimento motor: ele só começou a andar aos 2 anos. O diagnóstico, confirmado em 2020, apontou que a condição, chamada LEPR, afeta cerca de 2 mil pessoas nos EUA e compromete o funcionamento da leptina, hormônio responsável pela sensação de saciedade. Com a identificação do problema, Benjamin foi incluído em um estudo com um medicamento aprovado para crianças a partir de 6 anos, mas que estava sendo testado em pacientes mais jovens. A família viajou mais de quatro horas para iniciar o tratamento. De acordo com Karen, a melhora foi perceptível em uma semana. “De repente, todo aquele barulho da comida sumiu e ele brincava sem pedir lanches. Foi uma virada total”, afirmou. Atualmente, Benjamin leva uma rotina semelhante à de outras crianças: pratica karatê, joga basquete, participa de festas e acampamentos e nada com frequência. Apesar de manter o peso de 45 kg, ele cresceu e está saudável. As informações são do Correio 24h.

Fiocruz fecha acordo para produzir canetas emagrecedoras no Brasil Foto: Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS firmaram dois acordos de parceria para a produção de liraglutida e de semaglutida, princípios ativos de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras. Em nota conjunta, a Fiocruz e a EMS informaram que os acordos estabelecem a transferência de tecnologia da síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do medicamento final para Farmanguinhos, unidade técnico-científica da Fiocruz. Inicialmente, a produção dos medicamentos será realizada na fábrica da EMS em Hortolândia (SP) até que toda a tecnologia de produção seja transferida para o Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos, no Rio de Janeiro.

Pacientes do SUS poderão ser atendidos por planos de saúde

A partir de agosto, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser atendidos por unidades da rede privada em todo o país. A medida faz parte do programa “Agora Tem Especialistas”, do Ministério da Saúde, e tem como objetivo ampliar o acesso a atendimentos especializados e reduzir as filas na rede pública. A iniciativa permitirá que dívidas acumuladas por operadoras de planos de saúde -- estimadas em R$ 750 milhões -- sejam convertidas em consultas, exames e cirurgias para os usuários do SUS. A portaria que regulamenta a troca foi apresentada na última segunda-feira (28) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pela presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Carla de Figueiredo Soares. “É a primeira vez na história do SUS que implementamos um mecanismo como esse. As dívidas que antes iam para o Fundo Nacional de Saúde, mas não se convertiam em atendimento, agora viraram ações concretas para reduzir tempo de espera por atendimento e dar dignidade a quem mais precisa”, afirmou Padilha.

Hepatites virais causam mais de mil mortes em 2024 no Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil registrou em 2024 mais de 34 mil casos diagnosticados de hepatite viral, com cerca de 1,1 mil mortes diretas. A doença atinge o fígado e pode ser causada por cinco sorotipos de vírus: A, B, C, D e E. Os tipos mais prevalentes no Brasil são o B e C e a maior parte dos casos é crônica: o vírus permanece silencioso dentro do organismo por décadas, causando danos acumulados no órgão, até provocar quadros graves como fibrose cística, cirrose ou mesmo câncer, e só então desenvolve sintomas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta a redução da incidência de hepatite B e V em 90%, com redução de 65% da mortalidade até 2030. Por isso, o dia de hoje - 28 de julho - foi eleito como Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

Anvisa proíbe comercialização de medicamentos e complemento alimentar Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os medicamentos Colágeno + Vitamina C; L-Treonato de Magnésio; Espinheira Santa e também o Xarope da Vovó Isabel ou apenas Xarope da Vovó foram retirados da comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são da Agência Brasil. Além desses produtos, a Agência proibiu também a venda do ingrediente alimentar Curcumyn Long e do lote L42158 do insumo farmacêutico “Dysport® (Toxina Botulínica A), 150 U”. As resoluções de apreensão e recolhimento desses produtos são assinadas pelo gerente-geral de Inspeção e Fiscalização, Marcus Aurélio Miranda de Araújo, e publicadas no Diário Oficial da União, edição de sexta-feira, 18 de julho. De acordo com a Resolução 2.703 da Anvisa, os medicamentos Xarope da Vovó Isabel e Xarope da Vovó são fabricados “por empresa desconhecida” e a comprovação da propaganda e comercialização do produto não possuem registro, notificação ou cadastro na Anvisa. Já o fabricante do Colágeno + Vitamina C, L-Treonato de Magnésio e da Espinheira Santa - Grupo Nutra Nutri Ltda - “não possui autorização de funcionamento” da Anvisa. Os três produtos também não têm registro, notificação ou cadastro na agência. No caso do lote L42158 do Dysport®, o problema é que a empresa fabricante Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda “não reconhece o lote como original, se tratando, portanto, de falsificação”. Por fim, a Anvisa considerou que o suplemento alimentar Curcumyn Long “não atende às especificações referenciadas na legislação quanto à forma de obtenção”, conforme descreve Resolução 2.705. Para mais esclarecimentos, acesse os canais de atendimento da Anvisa disponíveis no portal da Agência.

Casos de dengue caem 78% no Brasil em 2025 Foto: EBC

O Brasil registrou redução de 78% nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Conforme informações do Ministério da Saúde, foram 1,2 milhão de infecções confirmadas até junho, contra 5,6 milhões no ano anterior, que marcou recorde histórico de notificações e óbitos pela doença. Apesar da queda, o cenário ainda exige atenção. O país contabiliza 1.437 mortes pela enfermidade em 2025, e o índice de incidência nacional alcança 695,8 casos por 100 mil habitantes, mais que o dobro do parâmetro considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde. A região Sudeste concentra 69,5% dos casos prováveis, com São Paulo liderando em taxa de infecção: 1.840,1 por 100 mil habitantes. Goiás e Acre também registram índices elevados, com 1.146,8 e 1.024,7 casos, respectivamente. Fatores climáticos, como o aumento da temperatura, contribuíram para a disseminação do mosquito Aedes aegypti em áreas antes menos impactadas. Os dados atuais se aproximam dos níveis observados em 2023, quando o país teve cerca de 1,2 milhão de casos até junho.

USP: Pesquisa de vacina contra zika avança em testes com camundongos Foto: Divulgação/USP

A produção de uma vacina contra o vírus zika avançou mais uma etapa: pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical (IMT), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo concluíram os testes em camundongos, em laboratório, e as respostas foram consideradas satisfatórias, com um imunizante seguro e eficiente. Os testes foram realizados em camundongos geneticamente modificados – mais suscetíveis ao vírus zika –, e mostraram que a vacina induziu à produção de anticorpos que neutralizaram o vírus. O imunizante também não permitiu que a infecção prosperasse, levando a sintomas e lesões. Os pesquisadores investigaram ainda os efeitos da infecção pelo vírus zika em diversos órgãos de camundongos, como rins, fígado, ovários, cérebro e testículos, com sucesso principalmente nos dois últimos. O imunizante usa plataforma do tipo “partículas semelhantes ao vírus” (VLPs, da sigla em inglês de virus-like particles), uma opção em outros imunizantes, como aqueles para Hepatite B e para HPV. Com este tipo de produção a formulação dispensa substâncias que potencializem resposta imune, os adjuvantes.

OMS recomenda uso de lenacapavir para prevenir infeção por HIV Foto: Divulgação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta segunda-feira (14) o uso do medicamento lenacapavir, um antirretroviral de ação prolongada, para prevenir a infecção pelo HIV. As informações são da Agência Brasil. Segundo a OMS, trata-se de uma decisão histórica que “pode ajudar a reformular a resposta global ao HIV”. Em comunicado com novas orientações, a OMS informa que o medicamento lenacapavir “oferece uma alternativa altamente eficaz e de ação prolongada aos comprimidos orais diários e outras opções de ação mais curta” se for administrado na forma de injetável a cada seis meses. Com apenas duas doses por ano, “representa um passo transformador na proteção das pessoas em risco" de infecção pelo HIV, particularmente as que "enfrentam desafios com a adesão diária, o estigma ou o acesso a cuidados de saúde”, acrescenta a organização da ONU. Embora não haja uma vacina contra o vírus, o fármaco lenacapavir “é a segunda melhor coisa”, de acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Um antirretroviral de ação prolongada que demonstrou em ensaios prevenir quase todas as infecções por VIH entre as pessoas em risco”, justificou, citado no comunicado, destacando o empenho da OMS para “trabalhar com países e parceiros para garantir que esta inovação chegue às comunidades da forma mais rápida e segura possível”. De acordo com a OMS, as novas orientações surgem em um “momento crítico”, uma vez que “os esforços de prevenção estão estagnados”, com 1,3 milhão de novos casos registrados em 2024. A organização da Nações Unidas para Saúde estima que, no final de 2024, havia no mundo 40,8 milhões de pessoas com Aids sendo que 65% viviam na África. Nesse ano, cerca de 630 mil pessoas morreram no mundo de causas relacionadas com a infecção.

Brasil retomará fabricação nacional de insulina após 20 anos Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério da Saúde recebeu, na sexta-feira (11), o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país voltará a fabricar o medicamento 100% nacional, por meio de transferência da tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, com base em um acordo com o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a empresa brasileira Biomm. O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote com 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG). “Depois de mais de duas décadas sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação para ser entregue ao Sistema Único de Saúde e contribuir com a saúde da população”, destacou Padilha. “É o Brics acontecendo na realidade, mudando a vida da população brasileira e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, acrescentou, em referência ao bloco econômico que reúne grandes países do chamado Sul Global, incluindo a Índia, país que viabilizou a parceria. Segundo a pasta, após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS.

Excesso de telas pode afetar visão dos motoristas e aumentar acidentes Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Um problema que tem alertado os especialistas de trânsito e os médicos oftalmologistas para o futuro: a visão. Com o excesso do uso de telas, como celular, computador, tablet, entre outros, que fazem parte do dia a dia da vida social e profissional, a visão pode estar comprometida para os futuros motoristas. Em até 20 anos, cerca de 52% da população mundial poderá sofrer algum grau de cegueira ou deficiência visual significativa. Os motoristas estão entre os mais afetados por essa tendência alarmante. Na Bahia existem aproximadamente 3.517.952 motoristas habilitados que trafegam pelas vias do Estado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,19 milhão de pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito. Esse número pode aumentar se levar em consideração ao crescente número de acidentes provocados pela deficiência da visão em duas décadas. As informações são do Tribuna da Bahia.

SUS oferecerá DIU hormonal e desogrestrel para tratar endometriose Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

Mulheres com endometriose terão duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença via Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente incorporados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento”. Já o desogestrel, segundo a pasta, pode reduzir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames. “Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose”, informou o ministério no comunicado.

Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas diferentes, por apresentarem resultados insatisfatórios em laudos emitidos por laboratórios públicos. Além disso, foi identificada a comercialização de um azeite de origem desconhecida e fora dos padrões estabelecidos, com ordem pela apreensão e suspensão total das vendas. As medidas sanitárias constam em uma resolução publicada nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU). A polpa de fruta de morango da marca De Marchi teve o lote 09437-181 (com validade até 01/11/2026) recolhido, após o resultado inconsistente no ensaio pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo de análise emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC). Também por resultado insatisfatório sobre quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, a Anvisa pediu o recolhimento de um lote do Champignon inteiro em conserva, da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote em questão é o 241023CHI, com data de validade de 10/2026. O laudo foi emitido pelo Lacen-DF. O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve um lote recolhido, por resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre, que se encontra acima do limite permitido, conforme laudo também emitido pelo Lacen-DF. A medida abrange o lote 29, com data de validade de 01/2026. No caso do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, a determinação da Anvisa é pela apreensão total e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso. Além do produto ter origem desconhecida, segundo a agência, o laudo de análise apresentou resultado insatisfatório, estando em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente nos ensaios de rotulagem e físico-químico. A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelo produto, consta com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistência nos registros da Receita Federal.

Nova variante da Covid-19 tem primeiros casos confirmados no Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os primeiros casos da nova variante da Covid-19, denominada XFG, foram registrados no Brasil na última sexta-feira (4). A doença foi notificada no Ceará entre os dias 25 e 31 de maio e divulgada por autoridades de saúde do estado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país agora se junta a outros 38 países. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde informou que, além dos seis casos no Ceará, outros dois ocorreram em São Paulo. No entanto, ainda não houve registros de óbitos. Sequenciamentos genômicos da doença estão sendo monitorados de forma contínua no Brasil. Em outras partes do mundo, a OMS já havia comunicado sobre o possível avanço da nova variante. Conforme a publicação, no Sudeste Asiático, a proporção de casos atribuídos à XFG subiu de 17,3% para 68,7%, especialmente na Índia, onde a variante se tornou predominante durante a primavera. Já nas Américas, a taxa passou de 7,8% para 26,5%

Dengue: Vacina do Butantan deve estar disponível no início de 2026 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A aprovação da vacina da dengue - produzida pelo Instituto Butantan - segue sob análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília. A expectativa do governo federal, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é que a dose esteja disponível, para ser utilizada em um amplo programa de imunização, no início de 2026. “A vacina está em um momento de avaliação. A Anvisa questiona e sempre pergunta alguns dados. E o Instituto Butantan está respondendo esses dados. A nossa expectativa é terminar toda essa avaliação para que se possa ter essa vacina disponível no começo do ano que vem”, afirmou o ministro. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Em entrevista nesta quarta-feira (25), em Brasília, a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Padilha lembrou que, em 2025, os casos da doença caíram mais de 70% e os óbitos mais de 80% quando comparados aos dados de 2024, enquanto o estado de São Paulo registrou aumento na circulação do vírus, concentrando boa parte dos casos e das mortes no país. As informações são da Agência Brasil.

Estado de São Paulo registra primeiro caso de gripe aviária do ano Foto: Reprodução

O Estado de São Paulo registrou o primeiro caso de gripe aviária de 2025, segundo confirmou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento na tarde da última sexta-feira (13). Segundo a pasta, o foco ocorreu em uma ave silvestre, uma Marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor), localizada na região central de Diadema, na Grande São Paulo. Em comunicado, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) também afirmou que se trata de um caso isolado, em uma ave migratória, sem ter qualquer relação com granjas comerciais ou à produção de alimentos. Após a confirmação do caso, a ave foi isolada e examinada, sendo feita colheita de amostras. “A ave foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos como dificuldade de voar, letargia e com alterações respiratórias e neurológicas”, disse a pasta. Sobre a questão sanitária no país, o Governo do Estado informou que “se tratando de foco (...) em ave silvestre, não ocorre embargos nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O Governo de São Paulo garante que não há risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro”. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está acompanhando a situação da gripe aviária em todo o estado, e montou um plano de contingência para coordenar “ações para o enfrentamento em casos de influenza aviária em humanos”. Até o momento, nenhum caso da doença foi confirmado na população.

Anvisa aprova uso do medicamento Mounjaro para perda de peso Foto: Alana Dias/Bahia Notícias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a utilização do medicamento Mounjaro para auxiliar na perda de peso. Fabricado pela farmacêutica americana Lilly, o remédio injetável tem como princípio ativo a tirzepatida e é mais uma das chamadas canetas emagrecedoras, assim como o Ozempic e o Wegovy (semaglutida) e o Saxenda (liraglutida). O fármaco já estava autorizado para uso no Brasil desde 2023, mas era indicado em bula apenas para o tratamento do diabetes tipo 2. Agora, também poderá ser prescrito para o emagrecimento de pessoas sem a doença, desde que elas tenham índice de massa corpórea acima de 30 kg/m², o que caracteriza obesidade, ou acima de 27 kg/m², na faixa de sobrepeso, em conjunto com alguma comorbidade. De acordo com o diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Alexandre Hohl, a inclusão da nova indicação terapêutica para tirzeptatida “consolida a geração de medicamentos que podem modificar totalmente a vida das pessoas que vivem com excesso de adiposidade”. “A tirzepatida é inovadora, pois utiliza um duplo mecanismo hormonal (GLP-1 e GIP), enquanto as moléculas anteriores utilizam apenas o GLP-1. Todas são moléculas eficazes e seguras, sendo que agora temos um arsenal terapêutico mais amplo e com isso mais pessoas podem ser beneficiadas”, complementa.

Anvisa determina apreensão de lotes de medicamentos falsificados Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta terça-feira (3), a apreensão de lotes de dois medicamentos falsificados. O lote M088499 do medicamento Rybelsus não é fabricado pela empresa Novo Nordisk, tratando-se, portanto, de falsificação. Rybelsus é um medicamento oral para tratamento de adultos com diabetes tipo 2, contendo o princípio ativo semaglutida; O comprimido é usado para controle dos níveis de açúcar no sangue sem a necessidade de injeções diárias. Outra falsificação identificada pela agência reguladora é do lote 681522 do medicamento Ofev, da empresa Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Neste caso, as cápsulas, que contém o princípio ativo nintedanibe, são indicadas para tratamento e retardo da progressão da fibrose pulmonar idiopática (FPI) e da doença pulmonar intersticial associada à esclerose sistêmica (DPI-ES), também conhecida como esclerodermia.

SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Três portarias publicadas nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União ampliam o tratamento para dermatite atópica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os documentos oficializam a incorporação, na rede pública, de duas pomadas para a pele – tacrolimo e furoato de mometasona – além de um medicamento oral para o tratamento da doença – o metotrexato. Em nota, o Ministério da Saúde destacou que o tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão ser usados para tratar pessoas que não podem usar corticoides ou que tenham resistência aos tratamentos até então disponíveis. “A ampliação de acesso ao tacrolimo tópico para os pacientes do SUS é um benefício relevante já que, por ser um medicamento de alto custo, seu acesso era mais restrito”. Segundo a pasta, o metotrexato será indicado nos casos de dermatite atópica grave, sobretudo entre pacientes que não podem usar a ciclosporina, medicamento já disponibilizado na rede pública. As informações são da Agência Brasil.

Bahia tem redução de mais 90% nos casos de dengue e chikungunya Foto: Divulgação/Sesab

A Bahia registrou uma expressiva redução no número de casos de arboviroses em 2025. Até o momento, foram notificados 19.812 casos prováveis de dengue no estado, contra  208.142 no mesmo período de 2024, o que representa uma redução de 90,5%. Com relação à Chikungunya, foram notificados 1390   casos prováveis, uma redução de 90,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 14135  registros. Os indicadores de Zika também apontam decréscimo no número de casos quando comparado ao ano passado. Foram 145   casos em 2025,  84,61% a menos que os  942   registrados em 2024. O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), tem contribuído para este cenário. Já foram investidos cerca de R$ 20 milhões em ações de apoio direto aos municípios, com aquisição de equipamentos, veículos para ampliação da frota utilizada na aplicação de UBV pesado (fumacê), além de kits para agentes de Combate às Endemias e insumos estratégicos, como medicamentos. A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destacou a importância da atuação conjunta entre os governos federal, estadual e municipal para conter a doença. “O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios. No entanto, cada ente precisa fazer a sua parte. As prefeituras devem intensificar as ações na atenção primária, garantir a limpeza urbana para eliminar criadouros e mobilizar a sociedade”, afirma. Mesmo com o cenário favorável, a coordenadora de doenças de Transmissão Vetorial da Sesab, Sandra Oliveira, alerta que as medidas de prevenção e controle do vetor devem continuar. “Não podemos relaxar. É essencial eliminar possíveis criadouros como vasos de plantas e garrafas com presença de água parada, onde os mosquitos Aedes aegypti se proliferam”, destacou. Sandra ainda chama atenção para a necessidade de se buscar uma unidade de saúde ao sinal de sintomas da dengue como febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. “Em 2025, a Sesab realizou um plano de ações visando a capacitação de profissionais com foco no manejo clínico e controle vetorial, fortalecendo a capacidade de resposta”, pontuou.

Vacina contra influenza é liberada para toda população a partir de 6 meses de idade Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Atendendo à recomendação do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) ampliou, desde terça-feira (20), a vacinação contra a gripe para o público geral. Indicado para pessoas a partir dos 6 meses de idade, o imunizante é seguro e permanece disponível em todos os postos de saúde. O objetivo da medida é proteger a população contra sintomas graves da Gripe e evitar óbitos, principalmente no período de sazonalidade das doenças respiratórias. Desde o início da campanha de vacinação contra a gripe, no último mês de março, 21,2 milhões de doses foram aplicadas no público prioritário em todo o país. Para garantir os estoques, o Ministério da Saúde distribuiu aproximadamente 60 milhões de doses para o país, com o objetivo de intensificar a imunização e alcançar uma cobertura de 90% contra a Influenza. De acordo com a pasta, o vírus da gripe sofre mudanças frequentes, e por isso a vacinação anual é fundamental. A imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em aproximadamente 50% as doenças relacionadas à influenza. Na Bahia, mais de 1,2 milhão de doses foram aplicadas até o momento, colocando o estado na quinta posição no ranking nacional de imunizações contra a gripe.

Anvisa proíbe venda de 'Metbala', medicamento de tadalafila Foto: Pawel Czerwinski/Unsplash

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda da bala de tadalafila chamada “Metbala”, fabricada pela empresa FB Manipulação Ltda. Segundo a agência, a medida foi adotada porque o produto não tem qualquer tipo de regularização na Anvisa. Além disso, a empresa identificada não tem autorização da Anvisa para fabricar medicamentos. A resolução com a medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (14). A proibição também se aplica a qualquer pessoa, empresa ou veículo de comunicação que comercializem ou divulguem o produto. De acordo com a legislação, medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias e precisam estar registrados na Anvisa. O registro é a comprovação de que o produto possui eficácia, segurança e qualidade. A tadalafila é um medicamento sujeito à prescrição médica e o uso depende de uma avaliação sobre as condições específicas do paciente. A agência alerta que aqueles que fazem propaganda de produtos irregulares também cometem infração sanitária e está sujeito a penalidades.

Imposto maior sobre os cigarros pode diminuir mortalidade infantil Foto: Reprodução

O aumento na carga tributária dos cigarros pode diminuir a mortalidade infantil e também a associação entre essas mortes e as desigualdades socioeconômicas. É o que mostra um estudo internacional, publicado na revista científica The Lancet, e que avaliou dados de 94 países de baixa e média renda, incluindo o Brasil. Os pesquisadores ressaltam que a exposição ao tabaco, seja no útero ou de forma passiva durante a infância, causa aproximadamente 200 mil mortes anuais de crianças menores de 5 anos no mundo, apesar de ser um fato completamente evitável.  “Como as populações de baixa renda tendem a suportar de forma desproporcional a carga da morbidade e mortalidade relacionadas ao tabaco, descobrir se as medidas de controle alcançam ou não os grupos mais vulneráveis é fundamental para reduzir as disparidades de saúde relacionadas ao tabaco”, mostra o estudo. O estudo também aponta que tanto a prevalência do tabagismo quanto a exposição de crianças à fumaça secundária costumam ser maiores entre pessoas de menor status socioeconômico. Os 94 países de baixa e média renda selecionados também respondem por 90% das mortes gerais de crianças nessa faixa etária, e concentram a maior quantidade de fumantes. Apesar de o imposto total médio desses países ter subido de 39% para 44%, de 2008 a 2020, neste último ano apenas dez deles tinham uma alíquota igual ou superior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é 75% do valor total de varejo. Os estudiosos acreditam que, se esse nível tivesse sido alcançado por todas as nações avaliadas, mais de 281 mil mortes de crianças poderiam ter sido evitadas em 2021, sendo quase 70 mil deles entre as famílias mais pobres.

Picadas de escorpião aumentam 250% no Brasil em menos de uma década Foto: Butantan

As picadas de escorpião aumentaram 250% no Brasil em menos de uma década, revelando uma epidemia silenciosa que já afeta milhões e um alerta entre especialistas para a rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades, impulsionada por urbanização desordenada, saneamento precário e mudanças climáticas. As informações são do jornal o Globo. Um estudo publicado, nesta quinta-feira, na revista Frontiers in Public Health, aponta para uma possível crise nacional. A espécie Tityus serrulatus, conhecida como escorpião-amarelo, é considerada a mais perigosa no país, especialmente no Sudeste, onde mais de 49% dos casos foram registrados entre 2014 e 2023. Sua capacidade de reprodução sem a necessidade de acasalamento e adaptação ao ambiente urbano tornam seu controle ainda mais difícil. Esses aracnídeos vivem principalmente na rede de esgoto e podem invadir qualquer residência, inclusive apartamentos altos, subindo pelos encanamentos. “A real dimensão deste problema é provavelmente muito maior do que as estatísticas registradas sugerem”, diz o artigo publicado na Frontiers in Public Health. Baseado em um levantamento de dados de pesquisas recentes sobre o tema com hipóteses para causas e projeção para os próximos dez anos, Eliane Arantes (USP) e Manuela Pucca (Unesp) chamam atenção a essa possível crise de saúde pública pelo escorpionismo. De 2014 a 2023, os casos aumentaram em mais de 250% com 1.171.846 casos notificados no período, e as projeções indicam aumento contínuo, com estimativa de 2.095.146 casos até 2033. A gravidade das picadas, principalmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades, exige atendimento médico imediato, mas o acesso ao soro antiescorpiônico ainda é limitado. Apesar de não haver falta do medicamento, ele é geralmente centralizado em uma unidade por cidade, e não disponível em unidades privadas. Além disso, o soro se torna menos eficaz após a toxina atingir os alvos no organismo, o que reforça a importância do atendimento rápido pelo Samu 192. O aumento do número de picadas do escorpião não é exclusivo do Brasil. Ele avança em várias partes do mundo, como norte da África, Oriente Médio, sul da Índia, México e América Latina. Além do Brasil, nas últimas décadas, países como Paraguai, Bolívia, Guianas e Venezuela registraram aumentos expressivos nos casos. No Brasil, o Sudeste lidera com quase metade das ocorrências notificadas entre 2014 e 2023 — mais de 580 mil casos — seguido pelo Nordeste, com 439 mil. Segundo o estudo, as projeções para os próximos dez anos indicam que o escorpionismo deve seguir em alta em todas as regiões do Brasil, com destaque preocupante para o Sudeste, onde são esperados mais de 2 milhões de casos. A espécie Tityus serrulatus, predominante nessa área, preocupa os especialistas por sua capacidade de reprodução sem acasalamento, o que facilita sua disseminação por todo o país. No entanto, outras espécies igualmente perigosas atuam em diferentes regiões, o que agrava o desafio do tratamento: o soro disponível hoje é desenvolvido com base apenas na peçonha do T. serrulatus, o que pode comprometer sua eficácia diante da diversidade de toxinas presentes no território nacional.

OMS alerta para surto de doença desconhecida Foto: Shutterstock

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para um surto de antraz na República Democrática do Congo. Pelo menos 16 casos suspeitos da doença foram notificados e uma pessoa morreu, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU). A infecção bacteriana, que afeta principalmente animais, pode ser transmitida a seres humanos direta ou indiretamente por animais ou produtos de origem animal contaminados. Em seres humanos, o antraz geralmente não é considerado contagioso, embora haja notificações raras de contaminação entre pessoas. De acordo com a OMS, quando os esporos de antraz são ingeridos, inalados ou entram no corpo por meio de abrasões ou cortes na pele, eles podem germinar, multiplicar-se e produzir toxinas. Insetos podem transmitir a bactéria entre animais. Já a ração animal pode ser contaminada por antraz se contiver farinha de ossos de animais infectados. Humanos, por sua vez, podem ser infectados se manusearem ou estiverem envolvidos no abate de um animal doente, ou se estiverem em contato com produtos de origem animal contaminados (como carne, sangue, lã, couro, ossos). Existem três formas de manifestação clínica do antraz em humanos, sendo que o cutâneo é a forma mais comum. Geralmente, a bactéria é contraída quando uma pessoa com uma lesão na pele, como um corte ou uma abrasão, entra em contato direto com esporos de antraz. A protuberância resultante, que coça, rapidamente se transforma em uma ferida preta. Algumas pessoas então desenvolvem dores de cabeça, dores musculares, febre e vômitos. Os primeiros sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, mas podem progredir rapidamente para dificuldades respiratórias graves e choque. O antraz gastrointestinal é resultado da ingestão de carne de um animal infectado e causa sintomas iniciais semelhantes aos de uma intoxicação alimentar, que podem piorar e causar dor abdominal intensa, vômito com sangue e diarreia intensa. A forma mais grave e rara de antraz em humanos é o chamada antraz por inalação ou antraz pulmonar, causada quando uma pessoa é exposta diretamente a um grande número de esporos de antraz suspensos no ar e os inala. Os casos na República Democrática do Congo estão concentrados em quatro áreas do Lago Eduardo, na fronteira com Uganda. Do lado ugandense da fronteira, sete casos suspeitos foram notificados no oeste do distrito de Kabale. Autoridades locais informaram que o surto foi registrado na província de Kivu do Norte, no leste do país, que já é alvo de conflitos violentos entre tropas do governo e rebeldes. A bactéria Bacillus anthracis produz toxinas extremamente potentes, causando alta taxa de letalidade. Para conter o surto, a OMS autorizou nova campanha de vacinação em rebanhos, já que a doença afeta tipicamente ruminantes como vacas, ovelhas e cabras. Agentes de saúde buscam entender a fonte do surto no país e como têm funcionado as cadeias de transmissão, além de fornecer medicamentos e tratamentos a pessoas infectadas e seus contatos próximos. Atualmente, existem vacinas contra o antraz para animais e também para humanos. Doses veterinárias são usadas para o controle da doença em animais, enquanto o estoque de vacinas humanas é limitado e utilizado em indivíduos selecionados com possível exposição.

Região Norte do Brasil registra casos de mpox Foto: Divulgação

Entre 1º de janeiro e 30 de abril, o estado do Amazonas registrou 63 notificações de mpox, sendo 33 casos confirmados e 29 descartados. A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que, até o momento, não há registro de óbito causado pelo vírus. Em nota, o órgão reforçou que pessoas que apresentarem sintomas suspeitos, incluindo febre, lesões na pele ou cansaço extremo, devem procurar atendimento médico em uma unidade básica de saúde (UBS), além de seguir orientações de isolamento. No Pará, de 1º de janeiro à 23 de abril, foram confirmados 19 casos de mpox, sendo 14 apenas na capital, Belém. As demais infecções foram confirmadas nos municípios de Ananindeua e Marituba, além de um caso importado de outro estado. Também em comunicado, a Secretaria de Saúde do Pará nega surto no estado e destaca alinhamento e comprometimento para fortalecer medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. “É fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos com os fluxos de notificação e diagnóstico que já estão bem estabelecidos pela secretaria, que segue as diretrizes do Ministério da Saúde para que a doença não se propague.”

Covid-19: Vacinas devem evoluir para enfrentar novas variantes, diz estudo Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Estudo divulgado na revista Pathogens faz um balanço dos avanços na vacinação contra a Covid-19 e discute estratégias futuras para aumentar a eficácia das vacinas frente às novas variantes do vírus. A revisão foi coordenada por Sergio Costa Oliveira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e líder do grupo de pesquisa em vacinologia do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP). O primeiro autor do artigo é o pós-doutorando Fábio Mambelli. Também colaboraram pesquisadores do Instituto Butantan. Segundo Oliveira, embora os imunizantes atuais tenham reduzido significativamente os casos graves da doença, a emergência constante de novas variantes impõe desafios que demandam soluções inovadoras. “As vacinas que temos hoje ainda são eficazes contra as variantes em circulação, mas o vírus continuará evoluindo e se adaptando”, disse Mambelli à assessoria de imprensa do ICB-USP. “Isso significa que precisaremos de vacinas cada vez mais robustas, capazes de induzir resposta imunológica mais duradoura e menos suscetíveis às mutações da proteína Spike [S], principal alvo das vacinas atuais”.

Médicos devem chegar a 635,7 mil no país em 2025 Foto: Reprodução/USP

Até o fim de 2025, o Brasil deve registrar 635.706 médicos em atividade – uma média de 2,98 profissionais por mil habitantes. O número permanece abaixo do recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que são 3,7 profissionais por mil habitantes. Dados do estudo Demografia Médica 2025, lançado nesta quarta-feira (30), mostram ainda que, pela primeira vez na história, as mulheres passarão a representar a maioria dos médicos atuantes no país, somando 50,9% do total de profissionais em atividade em solo brasileiro. A projeção para 2035 é que o montante de médicos atuando no Brasil supere a marca de 1 milhão e chegue a 1.152.230 – uma média de 5,2 profissionais por mil habitantes. Além disso, a expectativa é que, em dez anos, as mulheres respondam por 55,7% desse do total de médicos em atividade no país. O levantamento é conduzido há 15 anos pelo departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). A edição de 2025 é a primeira realizada com o apoio do Ministério da Saúde. A pesquisa reúne dados nacionais e internacionais sobre formação, distribuição e atuação de médicos, com projeções para os próximos anos. Os dados utilizados têm como base registros da Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, e de sociedades de especialidades vinculadas à AMB.

Brasil tem aumento de hospitalizações por Influenza A, alerta Fiocruz Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

No Brasil, 13 estados e o Distrito Federal estão em nível de alerta, de risco ou de alto risco para a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesses locais, a tendência é de crescimento dos casos, considerando o que foi observado nas últimas seis semanas. Em todo o país, houve ainda o aumento das hospitalizações por influenza A que é o vírus da gripe. As informações são do último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na sexta-feira (26). A análise refere-se ao período de 13 a 19 de abril. De acordo com o boletim, os estados com as maiores incidências de SRAG são Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. A alta geral de casos de SRAG, segundo o boletim, tem sido alavancada, principalmente, pelo o aumento das hospitalizações de crianças pequenas por conta do vírus sincicial respiratório (VSR) e, em menor volume, de crianças mais velhas e adolescentes até 14 anos com rinovírus. O boletim também chama atenção para o aumento das hospitalizações por influenza A no agregado nacional. O estado do Mato Grosso do Sul apresenta um cenário mais crítico, com incidência muito alta de hospitalizações pela doença. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG viral foi de 56,9% de vírus sincicial respiratório, 25,5% de Rinovírus, 15,7% de Influenza A, 3,9% de SARS-CoV-2 (covid-19) e 1% de influenza B. Entre as mortes registradas com testes positivos para as doenças respiratórias, 35,7% estavam com SARS-CoV-2 (covid-19), 30,4% com Influenza A, 16,1% com Rinovírus, 10,1% com vírus sincicial respiratório e 3,6%, Influenza B. as informações são da Agência Brasil.

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