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10/Jun/2025 - 00h00

Vereadora denuncia ato de machismo de colega na Câmara de Ibiassucê

Vereadora denuncia ato de machismo de colega na Câmara de Ibiassucê Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Realizada nesta segunda-feira (09), a sessão ordinária da Câmara Municipal de Ibiassucê foi marcada por uma grave denúncia de machismo no plenário. A vereadora Jussandra de Sousa Silveira Matos (PT) usou a tribuna para repudiar publicamente a atitude do colega vereador Custódio Marcos Xavier da Silva (União Brasil), o Totó, que se referiu a ela como “atriz” e acusou-a de promover um “espetáculo” e uma “grande encenação”. Em sua fala, Jussandra afirmou que a declaração ultrapassou os limites do debate político e configurou um episódio de violência política de gênero. “Esse não é um episódio isolado ou uma simples escolha infeliz de palavras. É, sim, um ato de violência política de gênero, tipificado e repudiado pelas leis deste país”, disse. Ela destacou que o uso do termo “atriz” foi depreciativo e misógino, utilizado para deslegitimar sua atuação como parlamentar. “O termo atriz é uma manifestação explícita desse tipo de violência. Busca minar a credibilidade da parlamentar não por seus argumentos ou posições políticas, mas por ser mulher. É a tentativa recorrente e violenta de transformar a mulher política em objeto de ridicularização e descrédito, de confiná-la aos papéis que a sociedade patriarcal historicamente lhe reservou. Não podemos e não devemos nos calar diante disso”, apontou. Segundo informou a parlamentar ao site Achei Sudoeste, a situação se agravou quando, ao acompanhar a transmissão ao vivo da sessão no Facebook oficial da Câmara, a vereadora se deparou com comentários igualmente machistas e ofensivos, feitos por dois servidores públicos municipais: Edimar Pinheiro, diretor de infraestrutura do município, e Mateus Lima Fernandes, servidor contratado e subordinado ao próprio diretor. Para Jussandra, os ataques virtuais reforçam que a postura de violência política contra mulheres não está restrita ao plenário, mas é compartilhada por membros da gestão municipal. A vereadora informou que irá acionar os órgãos competentes, incluindo o Ministério Público, para que sejam tomadas medidas legais contra as manifestações de cunho machista e ofensivo, tanto dentro do plenário quanto nas redes sociais.

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