Foto: Divulgação/Secti Os estudantes Mayara Cardoso, Letícia Guanaes e Karllos Avelar, do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, de Lagoa Real, orientados pela professora Izis Pollyanna, criaram uma estufa agrícola automatizada com adubação verde para o cultivo de hortaliças.
A proposta busca melhorar a qualidade do solo, otimizar o uso da água e fortalecer a produção por meio de tecnologias acessíveis ao pequeno produtor.
Avelar explicou que o principal diferencial da estufa está no nível de tecnologia aplicado ao seu funcionamento. “Enquanto a maioria das estufas tradicionais depende quase exclusivamente de controle e manejo manual, nosso projeto integra automação completa e monitoramento inteligente, ampliando a eficiência produtiva e reduzindo significativamente a necessidade de intervenção constante do agricultor”, detalhou.
O protótipo tem a capacidade de atenuar os efeitos das variações climáticas e minimizar os impactos de longo prazo causados pela salinidade do solo, desafios comuns no semiárido.
Cardoso ressaltou que outro ponto inovador é a incorporação de um banco de dados agrícola, que fornece orientações personalizadas de acordo com as necessidades específicas de cada espécie cultivada. “Isso permite que até agricultores com pouca experiência técnica possam tomar decisões mais assertivas, aumentando a produtividade e reduzindo falhas no cultivo”, completou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em Brumado, a Escola Municipal de Tempo Integral Idalina Lobo realizou nesta quarta-feira (19) uma Feira de Ciências com o tema “Sertão: encantos, desafios e oportunidades”. Ao longo do dia, diversas atividades estão acontecendo na unidade.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a diretora da escola, Gisele Lima, explicou que a programação da feira foi trabalhada com os alunos durante todo ano letivo. “Foram atividades voltadas para o aprendizado e que culminaram nessa feira de hoje. Alunos, professores, monitores e toda a equipe militar e pedagógica estão empenhados para que hoje ocorra esse evento, que tem sido um sucesso”, afirmou.
Lima ressaltou que a iniciativa é um retrato da cultura nordestina, com foco nas questões sociais, econômicas e ambientais. “Conseguimos o nosso objetivo: os alunos entenderam a necessidade de contribuir para que o sertão melhore”, completou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Para a vice-diretora Cleia Aguiar, foi muito gratificante, após dois meses de trabalho intenso, ver o resultado de cada estande, preparados com muito zelo e capricho. “A palavra é gratidão”, resumiu.
A professora Marizete Caires enalteceu a colaboração dos alunos. “Eles deram um show, retrataram muito bem a nossa cultura, de forma dinâmica, bonita e responsável. Fiquei muito orgulhosa!”, apontou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O aluno Jean Carlo acredita que esse tipo de iniciativa permite aos estudantes se expressarem através da literatura e da educação.
Representando o Rei do Cangaço na Feira de Ciências, o aluno Edson Oliveira considerou a apresentação ótima e uma oportunidade ímpar de interagir com toda a comunidade acadêmica.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20), a professora e pesquisadora de relações étnicas na cidade de Caetité, Rosemária Joazeiro, defende a educação como meio para pôr fim às desigualdades raciais no Brasil.
Para negar a potência da diversidade, ela destacou ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar que, repetidamente, o mundo branco menospreza os povos negros desde o início das civilizações. “O pacto da branquitude prevalece até hoje desmerecendo todos os outros saberes alheios aos seus. Tudo isso não era levado em conta, não reconhecendo as potências negras, indígenas, ciganas, asiáticas. Essas outras culturas são aniquiladas e menosprezadas”, criticou.
No que diz respeito à Caetité, símbolo de resistência e representatividade negra, a pesquisadora detalhou que muitas frentes fazem parte do movimento em celebração à data.
Através da Secretaria Municipal de Cultura, uma programação será realizada em bairros e praças públicas para reverenciar a identidade e cultura do povo preto.
Também será promovido um ciclo de debates, palestras, rodas de conversa e lançamento de livros para discutir a temática.
Apesar de todos os avanços, a pesquisadora acredita que Caetité ainda precisa evoluir no que se refere à implementação de políticas públicas para preservação do patrimônio cultural da cidade, especialmente no que diz respeito ao povo preto.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Em Caetité, a professora e pesquisadora de relações étnicas Roseméria Joazeiro falou ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar sobre a importância do Dia da Consciência Negra no Brasil e no mundo.
Joazeiro ressaltou que, mesmo em um país onde mais de 50% da população é composta por pretos e pardos, é difícil encontrar espaço para discutir o tema.
Apesar dessa dificuldade, ela afirmou que é fundamental dar visibilidade a vozes e trajetórias de sujeitos que foram, historicamente, invisibilizados e subalternizados.
Nesse ponto, a professora chamou a atenção para a relevância de tratar da consciência negra ao longo de todo ano e não apenas no mês de novembro. “Bom seria se pudéssemos tratar desse assunto de maneira naturalizada, em que todos somos cidadãos com os mesmos direitos, alcançando os mesmos objetivos e com cidadania plena. Como se trata de uma utopia, essa tem sido uma luta e não queremos falar disso só no mês de novembro”, declarou.
Como pessoas diversas e plurais, Rosemária defendeu que as diferenças não deveriam servir para inferiorizar uns em detrimento de outros. “Essas diferenças deveriam servir apenas para mostrar a nossa beleza. A beleza da diversidade tem que ser exaltada e celebrada”, asseverou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Há cerca de 1 ano e meio, o contramestre Zumbi saiu de Brumado para fazer um intercâmbio de capoeira na Europa.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, ele relatou que, a princípio, a ideia era permanecer três meses para realização de uma agenda de capoeira. “Cumprimos essa agenda, passamos pela França, pela Espanha e, agora, em Portugal, onde nós estamos”, contou.
Ao final dessas atividades, ele e a capoeirista Gingadinha firmaram um contrato com um colégio português para realizar essa agenda por seis meses.
O contrato foi renovado por mais 6 meses e o casal continua na Europa ao longo de todo esse período.
Dentro da programação, o contramestre disse que ambos participaram de algumas apresentações, palestras, seminários e eventos culturais. “Deu muito certo. O pessoal gostou bastante e estamos permanecendo enquanto tem dado certo”, afirmou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta quinta-feira (20), é celebrado o Dia da Consciência Negra.
Em alusão à data, Zumbi salientou que esse sucesso e reconhecimento da capoeira fora do Brasil é a realização de um sonho. “A gente sempre militou dentro dessa arte, da cultura negra e das religiões de matrizes africanas. Sempre lutamos por esse respeito e essa afirmação. Não queremos mais tolerância, precisamos ser respeitados”, defendeu.
Para o contramestre, no exterior, algumas pautas estão bem mais avançadas do que no Brasil. “Já conquistamos um espaço bem interessante. A capoeira tem uma aceitação muito grande aqui, principalmente nas unidades escolares. As pessoas olham de outra forma e dão um valor diferenciado para nossa cultura”, enfatizou.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste O grupo Afromaleko está preparando nesta quarta-feira (19), em Guanambi, um grande cortejo em celebração ao mês da consciência negra. O evento é um dos mais tradicionais da cidade.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o mestre Elias Gomes destacou que a marcha percussiva é a principal atração do cortejo.
Há mais de 20 anos, o grupo possui um projeto que ministra aulas de percussão para crianças e adolescentes no Bairro Monte Pascoal. “A gente ensaia o ano todinho com os alunos do projeto buscando conscientizar através da percussão, da igualdade racial, do samba reggae”, afirmou.
O grupo sairá da Rua Ana Neri, no Bairro Monte Pascoal, a partir de 19h, e percorrerá algumas ruas da cidade até a Praça do Feijão.
Neste ano, Gomes adiantou que o Afromaleko trará batidas novas e outros grupos percussivos para apresentação.
O evento reúne representantes e alunos do projeto, as comunidades de matrizes africanas e toda sociedade. “Vai ser uma interação cultural gigantesca”, prometeu.
Toda comunidade regional está convidada a prestigiar a iniciativa.
A ideia é promover a igualdade racial, fortalecer a negritude e divulgar as ações do projeto.
Foto: Divulgação/Secti Buscando alternativas para o problema do apodrecimento de frutas, estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Norberto Fernandes, no município de Caculé, desenvolveram um biofilme, à base de romã e jatobá.
Os jovens cientistas Álvaro Costa, Arthur Mota, Artur Trindade, João Brito, Lavínia Neres e Ludmila Novaes pensaram em buscar matérias-primas abundantes na região. “A ideia, que surgiu em sala de aula, foi usar frutas e plantas que a gente já conhece do dia a dia, mas que nem sempre têm seu potencial valorizado. A romã e o jatobá chamaram atenção por terem propriedades antimicrobianas e antioxidantes naturais, por isso pensamos em juntar essas características para criar algo que ajudasse na conservação de alimentos”, explicaram.
Depois da pesquisa teórica sobre as propriedades químicas dos ingredientes, os estudantes prepararam os extratos das plantas e fizeram os testes de formulação até chegar na textura e espessura que consideravam ideais para o biofilme. “Aplicamos nas mangas e acompanhamos o tempo de conservação comparando com frutas sem o revestimento. Tivemos ótimos resultados também com a aplicação na maçã e na banana”, destacou Sousa.
A professora orientadora, Edjane Costa, apontou que a inserção dos jovens na ciência e no empreendedorismo é fundamental. Destaque no Bahia Tech Experience (BTX), principal evento de inovação do estado, promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Sebrae, o biofilme conta com apoio da Secretaria da Educação (SEC) e da comunidade escolar. As próximas etapas envolvem o aprimoramento da fórmula para testagem em outras frutas e alimentos.
Foto: Gustavo Tenório Pesquisadores vinculados à Associação Brasileira de Química (ABQ) listam a memorização de fórmulas e a fragilidade com cálculos matemáticos como os principais obstáculos de estudantes brasileiros no aprendizado da disciplina.
Com base nessas informações, o professor Marcos Aurélio e os alunos Patrike Rodrigues, Hébert Lemuel e Ziggy Aurélio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (Ifbaiano), de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, desenvolveram um jogo de cartas que facilita o ensino-aprendizagem de ligações químicas. O jogo busca desmistificar o ensino da química através de formas práticas que vão além da teoria.
O professor Marcos Aurélio sempre apostou no uso de materiais alternativos e de plataformas digitais de aprendizagem para aulas práticas e dinâmicas. “O jogo de cartas se tornou a metodologia perfeita porque ele desmistifica a abstração”, afirmou.
Ele considera essencial o papel dos três estudantes para o sucesso da iniciativa. “Eles não foram meros usuários, mas sim cocriadores e validadores do projeto. Eles testaram diferentes materiais, avaliaram a durabilidade e a usabilidade das peças impressas, além de terem sido os primeiros a testarem o sistema de pontuação e das regras”, completou.
O jogo estimula o aluno a construir a molécula do zero, integrando simultaneamente Representação Eletrônica, Estrutura de Lewis, Geometria e Propriedades Físico-Químicas.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), Márcio Gomes, esteve no município de Guanambi para uma agenda estratégica, a pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário explicou que a visita busca identificar e aproximar o ecossistema que envolve a ciência e tecnologia das pautas dos territórios. Ele ressaltou que o governo enxerga a região com grande potencial de investimentos para geração de emprego e renda. “A região de Guanambi e o Território do Alto Sertão possuem riquezas minerais e de energias renováveis e, agora mais recentemente, uma agenda para investimentos na área de Data Center, que envolve supercomputadores”, afirmou.
Segundo o secretário, a visita antecede o anúncio de investimentos no que se refere à proteção de dados para preservação da soberania nacional. O Governo do Estado pretende implantar um supercomputador na região de Igaporã. “A Bahia é líder na produção de energias renováveis e essa capacidade também abre uma oportunidade de investimentos na área de tecnologia. A gente acredita que esse novo mercado irá gerar frutos importantes para o desenvolvimento da região e, especialmente, para Igaporã”, declarou.
O projeto, que será executado em etapas, também poderá abrir um leque de possibilidades na área de tecnologia da informação em todo território.
Foto: Divulgação/Secti O Brasil é um dos países que mais produzem resíduos plásticos no mundo. Pesquisa da ONG Oceana aponta que os brasileiros despejam anualmente 1,3 milhão de toneladas de plástico nos mares, o equivalente a 8% de toda poluição do tipo a nível mundial. Para ajudar a minimizar esse impacto no Sertão Produtivo, as estudantes Maria Alice, Luma Badaró e Lorrany Lopes, do Colégio Estadual de Tempo Integral Anísio Teixeira, em Palmas de Monte Alto, criaram um canudo ecológico produzido a partir da casca do ovo.
Maria Alice destacou que o projeto não é apenas uma ideia criativa, mas uma solução viável, com base científica e grande potencial de impacto ambiental e econômico. Para as próximas etapas, as estudantes planejam comparar o ciclo de vida ambiental dos canudos ecológicos com os convencionais, além de criarem um design mais atraente para o público infantil.
Professor orientador do projeto, Ueliton Oliveira defendeu a importância da formação de jovens cientistas. “A inserção dos jovens na educação científica e empreendedora é fundamental para a formação integral do estudante, pois contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade e do protagonismo juvenil, preparando-os para enfrentar os desafios sociais, ambientais e econômicos do presente e do futuro”, afirmou.
Foto: Divulgação/Secti Como uma alternativa viável que explora os potenciais sustentáveis do setor agrícola, a ração Nature, produzida a partir do caule do mamoeiro, evita o descarte irregular dessa parte da planta e representa uma prática ambientalmente responsável. O projeto, idealizado pelos estudantes Helder Almeida e Daniel Conrado, do Colégio Estadual de Boquira, tem orientação da professora Cássia Fabiane Nascimento. Os jovens cientistas desenvolveram uma proposta economicamente viável mesmo em larga escala. Conhecido cientificamente como Carica papaya L., a matéria-prima também é chamada de pseudocaule. Ela armazena nutrientes, água, é rica em fibras e contém a enzima papaína, eficaz na digestão animal. Além disso, apresenta substâncias bioativas com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antivirais. Durante os meses de experimentação, foi possível observar melhorias no desempenho das aves alimentadas com a nova ração. “Elas passaram a apresentar maior ganho de peso, crescimento saudável e aumento significativo na produção de ovos. Entre as galinhas caipiras, essa produção chegou a triplicar”, afirmou Helder. Criadores e aves da região incorporaram a nova ração ao farelo de milho utilizado no dia a dia. Por ser um produto totalmente orgânico, sem aditivos químicos, de baixíssimo custo produtivo e que obedece aos requisitos de produção e consumo sustentável, a ração torna-se benéfica para os produtores rurais e, consequentemente, para o setor agrícola.
Foto: Divulgação/Secti O descarte de papel em ambientes escolares costuma ser um desafio grande. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que os materiais recicláveis secos representam 33,6% do total de 82,5 milhões de toneladas anuais de resíduos sólidos urbanos produzidos durante os anos de 2020 e 2021. Deste número, 10,4% ou 8,57 milhões de toneladas são somente de papel e papelão descartados. Pensando em uma solução sustentável para o problema, um grupo de estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Sinésio Costa, no município de Riacho de Santana, sob a orientação das professoras Dulcinéia Ferreira e Nilva Araújo, utilizou os papéis acumulados nas lixeiras para desenvolver copos biodegradáveis. A proposta busca garantir um destino apropriado ao papel descartado e promover práticas sustentáveis de reciclagem. “A ideia do projeto vai além da reutilização dos resíduos, representa uma mudança de mentalidade no ambiente escolar”, explicou Nilva. A estudante Fernanda Gabriela afirmou que o processo envolve desde a coleta e separação dos papéis descartados até etapas criteriosas de higienização, trituração e moldagem. “Após a secagem, os copos recebem um revestimento com ceras naturais, como a de abelha ou de origem vegetal, os tornando impermeáveis e seguros para o uso. Essa metodologia, além de acessível, demonstra que soluções ecológicas podem ser aplicadas com criatividade e baixo custo, desde que haja engajamento e orientação adequados”. As estudantes envolvidas na pesquisa são: Ana Luiza Menezes Oliveira, Bruna Dayssy de Souza Lima, Camila Souza Miranda, Fernanda Gabriela, Kawany Beatriz Sena de Amorim, Mariana Araújo Macêdo e Sofia Lima Alves.
Foto: Divulgação/Secti Na região de Ibiassucê, o gado costuma sofrer lesões provocadas pelo contato com a aveloz, planta tóxica amplamente usada como cerca viva, e a requeima, enfermidade causada por sensibilidade à luz. O problema afeta a produtividade pecuária e gera despesas para os criadores locais. Pesando nisso, os estudantes Policarpo Costa e Maykon Brito, do Colégio Estadual Antônio Figueiredo, sob a orientação do professor Janilton Almeida, desenvolveram uma pomada medicinal à base de plantas. A solução fitoterápica, nomeada Pomak Gel, facilita o acesso popular ao tratamento das feridas externas em bovinos e equinos. A pomada é composta por três plantas: babosa, jurema preta e os taninos, presentes no angico, que possuem características anti-inflamatórias, fotoprotetoras e cicatrizantes. Segundo Janilton, o produto pode beneficiar o semiárido por causa do modo de produção artesanal e de baixo custo. O professor acredita que o gel, que está em processo de patenteamento, já seria viável aos pecuaristas, através da produção caseira, com as devidas orientações de segurança. A iniciativa dos estudantes foi finalista na Feira Brasileira de Iniciação Científica em Santa Catarina no ano de 2023, com apoio da Secretaria da Educação (Sec).
Foto: Freepik O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), na qualidade de presidente em exercício, sancionou na última sexta-feira, 4, lei que aumenta punição contra quem cometer os crimes de maus-tratos e abandono de incapaz contra idosos ou pessoas com deficiência (PCD). Anteriormente, o crime de abandono podia ser punido com prisão de seis meses a três anos. Agora, o delito tem pena de reclusão que varia entre dois e cinco anos. A nova lei também define agravantes. Se o abandono do idoso ou PCD resultar em lesão corporal grave, a prisão aumenta de três a sete anos. Por fim, se a vítima morrer, a prisão será de oito a 14 anos. Os mesmos prazos são aplicados caso alguém exponha idoso ou PCD a risco de vida ou de saúde, o que é considerado crime de maus-tratos. Está incluso neste rol privar uma pessoa de alimento ou abusar de métodos de correção. “São crimes praticados contra quem não pode oferecer resistência e que podem acarretar em danos físicos e psicológicos irreparáveis", afirmou o relator, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que apoiou o aumento das penas. O político ainda afirmou que as punições anteriores eram "amenas”. O texto foi originalmente sugerido pelo deputado Helio Lopes (PL-RJ). Com a aprovação, foram modificados os Estatutos da Pessoa Idosa, da Pessoa com Deficiência e da Criança e do Adolescente.
Foto: Divulgação/Secti Buscando uma alternativa natural e acessível para aliviar dores, as estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Antônio Batista, de Candiba, Iasmyn Vitória Teixeira Melo e Maria Luisa da Trindade Silva, com orientação de Caio Ceza Nunes, desenvolveram um spray terapêutico à base de mastruz, folhas de cânfora, cachaça e plantas medicinais que possuem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antimicrobianas. Segundo as estudantes, a receita foi inspirada em suas avós, que utilizavam essas ervas em casos de inflamação. Após selecionar os ingredientes, a dupla se dedicou a estudar as propriedades e os benefícios de cada componente para desenvolver a fórmula do spray. A cânfora possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, que aliviam as dores locais, estimulam a circulação sanguínea da área afetada, acelerando o processo de cicatrização, e proporciona um efeito refrescante que reduz o desconforto. O mastruz apresenta diversas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas. Já o álcool presente na cachaça tem ação antisséptica e antimicrobiana, podendo ajudar a prevenir infecções nas áreas inflamadas. O trabalho deve ser expandido, com novos produtos acrescentados à mistura, como, por exemplo, a arnica e o girassol.
Foto: Divulgação/SEC Alunas do Colégio Estadual do Campo Pedro Atanásio Garcia, localizado no Distrito de Maniaçu, em Caetité, brilharam na Tenda da Ciência 2025. O evento foi promovido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) de Guanambi em maio. As estudantes Nayara Keuren e Naiara Moreira, sob orientação da professora Cristiane Santana Soares, receberam a medalha “Meninas da Ciência”, que reconhece a participação feminina em projetos de destaque na área científica. Elas desenvolveram um creme hidratante natural com cera de abelha e óleo de coco para tratamento de pés rachados. A proposta alia sustentabilidade e saúde ao oferecer uma alternativa natural e acessível para o cuidado dos pés. O outro projeto premiado, de uma cola natural e sustentável a partir do quiabento, foi desenvolvido pelas alunas Marianne Fernandes, Bruna Couto e Bianca Dias, com orientação da professora Juliana Pires. O estudo explora o uso do quiabento, planta típica da caatinga, como base para uma cola ecológica capaz de substituir adesivos sintéticos. A proposta foi selecionada para representar a Escola na Febrace - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, maior evento científico estudantil do Brasil, realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Foto: Divulgação/Secti A ansiedade é uma reação natural do organismo, mas, quando se manifesta de forma frequente e intensa, pode se tornar um transtorno psicológico. O Brasil é o país com mais casos de transtornos de ansiedade no mundo, com cerca de 18 milhões de pessoas afetadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao identificar a dimensão do problema, as estudantes Emília Vieira Araújo e Tainara Rocha de Oliveira, do Colégio de Tempo Integral Antônio Batista, em Candiba, desenvolveram, sob orientação da professora Marciele de Oliveira, um óleo corporal à base de capim-santo, com efeito calmante que ajuda a aliviar os sintomas da ansiedade. A ideia surgiu na aula de iniciação científica.
Foto: Divulgação/Secti A planta capim-santo foi escolhida após a equipe identificar propriedades que contribuem para o relaxamento do corpo. “Nossa pesquisa mostra que seus componentes, como o citral, promovem relaxamento e sensação de calma. O aroma da planta ajuda a diminuir sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos e agitação. A receita tem na sua composição o extrato de capim-santo e óleo de coco, sendo, portanto, 100% natural”, explicou Marciele. O projeto, que conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC), passou por uma fase de testes e será aprimorado. Os voluntários confirmaram que o óleo proporcionou bem-estar, alívio dos sintomas da ansiedade e melhora na qualidade do sono.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência em 2022, de acordo com dados preliminares do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (23). O número corresponde a 7,3% das 198,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade na população. O “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados preliminares da amostra” apontou, ainda, que os idosos com 60 anos ou mais representavam 45,4% das pessoas com deficiência, enquanto na população sem deficiência eles eram 14%. Além disso, a população de mulheres com deficiência (8,3 milhões) era maior do que a de homens (6,1 milhões). Em todas as Grandes Regiões do país, o público feminino com deficiência era maior do que o masculino, o que pode ser explicado pela maior expectativa de vida das mulheres na população brasileira. Nos nove estados do Nordeste, os percentuais de pessoas com deficiência superaram a média nacional (7,3%). Alagoas tinha a maior proporção de pessoas com deficiência do país (9,6%) na sua população, seguido pelo Piauí (9,3%), Ceará e Pernambuco (ambos com 8,9%). Fora do Nordeste, o Rio de Janeiro foi o estado com maior proporção (7,4%). Já as menores proporções de pessoas com deficiência foram observadas em Roraima (5,6%), Mato Grosso (5,7%) e Santa Catarina (6,0%). “Embora ainda não seja possível avaliar através dos dados do Censo 2022, a relação da incidência de deficiência com a renda, há estudos que identificam uma correlação entre a prevalência da deficiência com menor acesso a serviços básicos, educação, saúde e qualidade de vida em geral”, observa Luciana dos Santos, analista do IBGE. “Nesse contexto, a Região Nordeste, historicamente marcada por baixos índices de desenvolvimento humano, acaba sendo mais vulnerável a circunstâncias que podem causar deficiência, como má nutrição, falta de acesso à saúde etc. Ou seja, a maior incidência de deficiência no Nordeste é um reflexo das desigualdades sociais e econômicas da região”, completa. De acordo com as categorias de cor ou raça, o Censo 2022 mostrou que a maioria das pessoas com deficiência no Brasil se identificava como parda (6,4 milhões) ou branca (6,1 milhões). Em seguida, vinham as pessoas pretas com deficiência, com aproximadamente 1,8 milhão; indígenas (considerando apenas o critério de cor ou raça) com 78 mil; e amarelas, com 55 mil.
Foto: Divulgação/Secti A acne é uma doença inflamatória da pele causada pela obstrução dos folículos pilosos por sebo e células mortas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ela afeta cerca de 56% da população brasileira, sendo o problema dermatológico mais comum no país. Ao lidar com esse incômodo na própria pele, a estudante Valéria Pereira, do Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho, em Guanambi, desenvolveu, junto com Eduarda Diamantino e sob orientação de Elizangela Souza, um creme à base de tomate-cereja para combater a acne. Valéria utilizava o tomate-cereja como esfoliante na pele para remover cravos, espinhas e excesso de oleosidade. “Então, pensando nisso, ela se organizou com mais uma colega e foram pesquisar, fazer uma busca de artigos que já tivessem feito pesquisas envolvendo o tomate-cereja no tratamento de acne”, explicou Souza. O creme tem como principal ingrediente o tomate-cereja, que possui propriedades eficazes no combate à acne. O licopeno do tomate é um carotenoide antioxidante e atua na proteção da pele, prevenindo o envelhecimento e reduzindo a aparência e a formação de rugas e manchas, como o melasma. O produto também conta com um hidratante umectante à base de glicerina, que tem ação antioxidante, ajuda a restaurar e devolver o viço da pele, além de recompor a hidratação, proporcionando uma aparência saudável. A fase de análise do produto já foi finalizada, com resultados promissores. A equipe conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC).
Foto: Divulgação/Sec Em Rio do Antônio, as estudantes Tauany da Silva Santos e Joseanne Santos Ribeiro, ambas de 16 anos, do Colégio Estadual de Tempo Integral, criaram o projeto “Cicatriveck”, uma pomada cicatrizante 100% natural feita a partir da folha de mandioca. Movidas pela necessidade de oferecer uma solução acessível aos pequenos criadores da região, elas reuniram ciência, sustentabilidade e saberes tradicionais para acelerar a cicatrização de feridas em animais e reduzir o uso de antibióticos sintéticos. O desenvolvimento da pomada se deu a partir da identificação da dificuldade dos pequenos criadores da região em tratar ferimentos nos animais com produtos acessíveis e naturais. Os testes para a criação do produto foram iniciados em abril de 2024, quando as jovens isolaram e padronizaram os compostos bioativos da folha de mandioca. A aplicação inicial em um animal ocorreu em maio do mesmo ano e, após dez dias consecutivos de uso, observou?se redução visível na inflamação e início da regeneração tecidual. Além da mandioca, a fórmula utiliza barbatimão, conhecido por suas propriedades antimicrobianas, babosa, que acelera a renovação celular, e mastruz, de ação anti-inflamatória. A combinação desses ingredientes resulta em um produto que não só protege a ferida contra infecções, mas também estimula o reparo natural da pele. O perfil @pomada_natural no Instagram mostra os resultados do uso do produto.
Foto: Divulgação/Secti As doenças respiratórias fazem parte do cotidiano e podem variar de quadros leves a graves, com sintomas como febre, dor no corpo e inflamação na garganta. Nos três primeiros meses de 2025, a Fiocruz registrou 21.498 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Em Candiba, as estudantes Ana Clara Guimarães, Lavínia Viana e Erica Rayssa Junqueira, do Colégio Estadual de Tempo Integral Antônio Batista, com orientação do professor Daniel Rocha, criaram uma bala à base de romã para aliviar os sintomas gripais. A ideia de desenvolver a bala surgiu durante uma epidemia de gripe na cidade. "O hospital estava lotado por atendimentos de infecções virais e alergias na garganta. Para ajudar, decidimos criar algo que pudesse aliviar os sintomas, usando uma receita caseira que vem sendo passada por gerações em nossas famílias. A bala foi desenvolvida com a finalidade de amenizar os sintomas de infecções bucofaríngeas e sintomas da gripe", explicou Ana Clara. Segundo as jovens cientistas, a bala contém outros ingredientes que, juntos, promovem ação antibacteriana e anti-inflamatória. As cascas de romã são ricas em flavonoides e taninos, que formam a base antioxidante do produto. Já a ação antibacteriana é potencializada por ingredientes complementares, como limão, suas cascas e mel. O projeto tem o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e passou por diferentes etapas de testes, todos com resultados positivos.
Foto: Divulgação/Secti A epidemia de dengue, causada pelo mosquito aedes aegypti, segue como um desafio para a saúde pública. Na Bahia, por exemplo, a Secretaria da Saúde (Sesab) registrou 232 mil casos prováveis da doença em 2024. Buscando uma alternativa natural para combater esse vetor e outras arboviroses, os estudantes Gabriel Teixeira, Yan Alves e João Paulo Almeida, do Colégio Estadual de Correntina, na região oeste da Bahia, desenvolveram um repelente à base de cravo, capim santo, casca de laranja e óleos naturais. O jovem cientista João Paulo explicou que os ingredientes foram selecionados por conterem substâncias que, juntas, combatem diretamente o aedes aegypti e outros insetos. Segundo ele, trata-se de um produto sustentável e de baixo custo. Os testes foram realizados em diferentes tipos de peles e os resultados foram promissores. Com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e sob orientação da professora Zélia Nascimento, os estudantes afirmam que qualquer pessoa pode produzir o produto de forma caseira. “O repelente é feito de elementos naturais que podem ser facilmente comprados e, se armazenados da maneira correta, qualquer pessoa pode fazer em casa para se proteger das arboviroses causadas pelo aedes aegypti”, concluiu Paulo.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O campus do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Brumado foi o cenário do III Festival de Arte, Cultura e Consciência Negra, evento que destaca a riqueza e a vitalidade da cultura afro-brasileira. Realizado entre os dias 29 e 30 de novembro, o festival envolveu a comunidade acadêmica e a população em uma ampla programação que se expande para além dos muros do instituto, ocupando também a Praça Coronel Zeca Leite, a Praça da Prefeitura. Coordenado por professores e estudantes, o evento teve como objetivo promover a valorização da cultura negra, abordando suas manifestações artísticas e seu papel transformador. No campus, os participantes têm acesso a oficinas, mesas de discussão, barracas de artesanato local e palcos abertos para apresentações culturais. Na Praça da Prefeitura, o público prestigiou performances de dança, música, capoeira e até um desfile de beleza negra. “O festival não foi exclusivo do campus de Brumado. Ele foi um evento do IFBA, pensado para integrar a comunidade acadêmica com o público externo”, explicou o professor de Filosofia Tiago Melgaço, um dos organizadores. “A negritude não deve ser lembrada apenas pela violência, mas também pela alegria, criatividade e multiplicidade de intervenções artísticas que a cultura negra produziu e ainda produzirá. Estamos discutindo o passado, o presente e o futuro através do lema ‘Na Minha Pele Negra Tem Arte e Cultura’”, destacou Monique Carvalho, professora de Português e também integrante da coordenação. O festival reuniu representações de sete campi do IFBA e associações regionais, consolidando Brumado como um polo de integração cultural no sudoeste baiano. Para os organizadores, esse tipo de evento reforça a importância da educação na valorização da ancestralidade e no combate ao racismo estrutural.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Nesta terça-feira (26), a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) promoveu o evento Novembro Negro em Brumado. A iniciativa, em alusão ao Dia da Consciência Negra, dedicou-se à reflexão, troca de saberes e aprendizado sobre a cultura e a resistência da população negra no Brasil. O Novembro Negro reuniu estudantes, professores e a comunidade para um dia inteiro de atividades que destacaram a importância da resistência negra ao longo da história e os desafios contemporâneos no combate às desigualdades raciais.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste O Dia da Consciência Negra em Guanambi foi celebrado com um evento inesquecível, que reafirmou a importância da data e o orgulho pela cultura afro-brasileira. Mantendo a tradição de mais de 30 anos, a Banda Alodê realizou uma apresentação emocionante na Praça do Feijão, consolidando sua relevância no cenário cultural da cidade. Neste ano, a celebração contou com o apoio da Secretaria de Cultura e da Prefeitura Municipal, sob a gestão do prefeito Arnaldo Azevedo. A programação da noite teve início com a aguardada apresentação do cantor Edson Gomes. Com sua energia contagiante, ele preparou o público para a entrada triunfal da Banda Alodê, que subiu ao palco às 2h da madrugada. A Banda Alodê trouxe novidades neste ano, com a participação dos artistas Roberta Correia, Jean O Bicheiro e Nilmara Sena, que encantaram e eletrizaram a plateia. Além disso, os talentos locais Jardel Pereira e Cláudio Oliveira, junto com os percussionistas e dançarinos da banda, garantiram um espetáculo repleto de axé, alegria e identidade cultural. O show reuniu milhares de pessoas na Praça do Feijão.