Pesquisadores vinculados à Associação Brasileira de Química (ABQ) listam a memorização de fórmulas e a fragilidade com cálculos matemáticos como os principais obstáculos de estudantes brasileiros no aprendizado da disciplina.
Com base nessas informações, o professor Marcos Aurélio e os alunos Patrike Rodrigues, Hébert Lemuel e Ziggy Aurélio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (Ifbaiano), de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, desenvolveram um jogo de cartas que facilita o ensino-aprendizagem de ligações químicas. O jogo busca desmistificar o ensino da química através de formas práticas que vão além da teoria.
O professor Marcos Aurélio sempre apostou no uso de materiais alternativos e de plataformas digitais de aprendizagem para aulas práticas e dinâmicas. “O jogo de cartas se tornou a metodologia perfeita porque ele desmistifica a abstração”, afirmou.
Ele considera essencial o papel dos três estudantes para o sucesso da iniciativa. “Eles não foram meros usuários, mas sim cocriadores e validadores do projeto. Eles testaram diferentes materiais, avaliaram a durabilidade e a usabilidade das peças impressas, além de terem sido os primeiros a testarem o sistema de pontuação e das regras”, completou.
O jogo estimula o aluno a construir a molécula do zero, integrando simultaneamente Representação Eletrônica, Estrutura de Lewis, Geometria e Propriedades Físico-Químicas.