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Ifba faz história e forma primeira turma de Engenharia de Minas em Brumado Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Em Brumado, o Instituto Federal da Bahia (Ifba) formou a sua primeira turma do curso superior de Engenharia de Minas. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a professora Viviane Silva, coordenadora acadêmica do campus, informou que a cerimônia de formatura ocorreu no dia 4 de outubro, às 19h, no auditório da unidade. “Formamos os primeiros engenheiros de minas diretamente em Brumado. Foi um momento histórico, importante e de reconhecimento desses estudantes. Participaram dessa celebração forte no campus professores, técnicos, colaboradores, familiares e amigos”, afirmou.

Os formandos já estão engajados dentro do município, com oportunidades de trabalho em vista. O evento também marcou a celebração de toda equipe e estrutura responsáveis pela formatura dessa primeira turma. Silva ressaltou que a presença de um curso de Engenharia de Minas na região é um processo relevante de fortalecimento da educação pública de qualidade. “Antes, as pessoas tinham que ir para outras capitais para conseguirem se formar em determinados cursos. Agora, temos o curso de Engenharia de Minas aqui em Brumado e com muita alegria formamos essa primeira turma, abrindo caminho para outros estudantes”, declarou.

Nesse ponto, ela frisou que o foco dos institutos federais é com o desenvolvimento local e regional e um curso dessa natureza protagoniza a cidade de Brumado e a região. “Entregamos para sociedade um profissional não apenas do ponto de vista da formação técnica, mas um profissional humano, sensível às questões ambientais, comprometido com a sustentabilidade e completo na área em que vai atuar”, finalizou.

Mareterra de Mônaco: Novo Bairro Sustentável Construído Sobre o Mar Foto: Divulgação

Mônaco sempre enfrentou um desafio único: como crescer sem ter mais espaço físico disponível? Cercado pela França em três lados e pelo mar Mediterrâneo no outro, o pequeno principado encontrou uma solução ousada há mais de um século: construir sobre a água. Assim nasceu Mareterra, um novo e ambicioso bairro sustentável erguido literalmente sobre o mar.

Por que Mônaco precisava de mais espaço?

Com pouco mais de 2 km² de área total, Mônaco é o segundo menor país do mundo, atrás apenas do Vaticano. No entanto, mais de 38 mil pessoas vivem ali, fazendo dele o país mais densamente povoado do planeta. 

Sem espaço para construir por dentro, a única alternativa viável ao longo das décadas tem sido expandir para o mar. Esse processo de reconquista de terras marítimas começou em 1907 e já aumentou em cerca de 25% o território de Mônaco. Alguns locais icônicos como Praia de Larvotto, Porto Hércules e o bairro de Fontvieille foram todos construídos sobre áreas artificiais. Mas, até agora, Mareterra é o projeto mais avançado e tecnicamente complexo já realizado.

Anunciado em 2013 e inaugurado ao público no final de 2024, o novo distrito adicionou seis hectares à costa leste de Larvotto. Trata-se da maior expansão urbana de Mônaco em décadas, representando um crescimento de aproximadamente 3% do território nacional. 

Como Mareterra foi construído?

A base de Mareterra é composta por 18 enormes caixões de concreto — estruturas impermeáveis em formato de caixa, muito utilizadas em grandes obras de engenharia civil. Cada unidade pesa cerca de 10 mil toneladas, com 26 metros de altura, alcançando o fundo do mar e criando uma fundação extremamente sólida.

Esses caixões são equipados com câmaras superiores chamadas de células Jarlan, projetadas para absorver e dissipar a força das ondas. A água entra por fendas verticais, mas perde intensidade ao atravessar a estrutura, evitando erosões e impactos. Esse sistema de contenção garante que, mesmo em tempestades extremas com risco de recorrência a cada 100 anos, Mareterra continuará protegido e acima do nível do mar.

Credenciais Ambientais

Mareterra é considerado o bairro mais sustentável de Mônaco até hoje. Construído de acordo com a meta do Príncipe Albert II de tornar o principado carbono neutro até 2050, o projeto reúne diversas iniciativas ambientais, desde o uso de energia limpa até a restauração da vida marinha.

Nos telhados e prédios públicos, cerca de 9.000 m² de painéis solares geram energia para abastecer o bairro. Além disso, 200 estações subterrâneas de recarga para veículos elétricos foram instaladas, promovendo mobilidade limpa. A vegetação também é parte essencial do design: 800 árvores foram plantadas, junto a arbustos mediterrâneos, pinheiros e espécies resistentes à seca. Jardins e caminhos arborizados cortam o bairro, criando sombras naturais e ajudando a reduzir o efeito de ilha de calor urbana.

Até mesmo a base subaquática de Mareterra foi projetada com foco em preservar o ecossistema marinho. Os caixões de concreto, instalados na borda costeira, têm ranhuras e texturas que imitam um leito rochoso, incentivando a colonização por plantas e animais marinhos.

As superfícies lixadas manualmente oferecem apoio para peixes e algas, enquanto as aberturas nas câmaras Jarlan permitem o fluxo natural da água, criando zonas rasas ideais para o desenvolvimento de diversas espécies.

Uma das etapas mais delicadas do projeto foi a realocação de 384 m² de Posidonia oceanica — uma espécie de erva-marinha protegida, essencial para a biodiversidade do Mediterrâneo. Em vez de tentar transplantar plantas isoladas (o que raramente funciona), a equipe desenvolveu uma técnica para remover blocos inteiros com sedimento e raízes intactos. Essas porções foram replantadas a poucos metros dali, dentro da Área Marinha Protegida de Larvotto.

Vida em Mareterra?

Mais calmo que o restante de Mônaco, Mareterra oferece uma vida urbana integrada à natureza. Moradores caminham pelo calçadão à beira-mar, relaxam nas áreas verdes ou cruzam La Pinède, um jardim de pinheiros com ninhos de aves e canais de água.

Um dos destaques arquitetônicos é o Le Renzo, projeto assinado pelo renomado arquiteto Renzo Piano, que oferece vista para todo o bairro. Abaixo dele, apenas 14 lojas e restaurantes atendem à comunidade — incluindo o Marlow, primeiro restaurante britânico de alta gastronomia em Mônaco.

Obras de arte como Quatre Lances, que pertenceu à Grace Kelly, dão vida aos espaços públicos. Mareterra foi pensado para moradores, e não para turistas, e se conecta diretamente ao Grimaldi Forum e ao Jardim Japonês, recentemente ampliado.

Ao contrário da fama de Mônaco por seus cassinos luxuosos, Mareterra aposta em uma vida comunitária, com moradias, áreas verdes e espaços de lazer — provando que até o menor país do mundo pode liderar grandes transformações urbanas e ambientais.

Considerações finais

Mareterra é, até agora, o projeto de expansão mais ambicioso de Mônaco sobre terras recuperadas do mar. Foi desenvolvido para resistir à elevação do nível dos oceanos, preservar a vida marinha e criar áreas públicas em um país onde o espaço é extremamente escasso.

No entanto, o bairro também expõe as contradições profundas do principado. Com preços que giram em torno de €100 mil por metro quadrado e nenhuma unidade residencial destinada à população local, dificilmente Mareterra aliviará a pressão por moradia em Mônaco. Embora seja um espaço aberto ao público, as residências foram claramente pensadas para os ultra-ricos.

Ainda assim, em um lugar muitas vezes rotulado como playground dos bilionários, Mareterra sinaliza uma visão mais complexa de futuro — um futuro em que até o menor país do mundo pode testar novas formas de urbanismo sustentável, onde cidades coexistem com o oceano, e não apenas ao lado dele.

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Estudantes de Candiba apresentam projeto de combate ao Aedes Aegypti em Feira Brasileira Foto: Divulgação/SEC

Os projetos desenvolvidos no âmbito do Ciência na Escola, programa criado pela Secretaria da Educação do estado (SEC) para estimular o ingresso ao mundo científico em sala de aula, geram resultados concretos. Oito instituições públicas estaduais são finalistas da 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), iniciativa que promove o engajamento dos professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras em sala de aula e também aproxima as escolas públicas e privadas das universidades. O evento acontece na capital paulista, de segunda (18) à sexta-feira (22). Nesta edição, foi registrado o recorde de mais de dois mil projetos inscritos e 500 semifinalistas, como o que foi desenvolvido pelos estudantes Ruan Donato, Maria Júlia de Oliveira e Isadora Fernandes no Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba. Eles analisaram a eficiência do extrato de plantas nativas da caatinga, como larvicida natural, menos tóxica do que os fabricados artificialmente, no combate ao Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. O orientador da equipe, o professor de Biologia William Oliveira Nascimento ressalta que a participação nesta edição é uma grande realização, não só para a comunidade escolar, mas para toda a Bahia e para o país, especialmente diante do aumento de casos de arboviroses.

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Brumado: Polo da Faculdade Estácio Centro II oferece diversas graduações em engenharia

Em Brumado, o polo da Faculdade Estácio Centro II oferece diversas graduações na área de engenharia. Na unidade, é possível se graduar em Engenharia Civil, Engenharia Elétrica ou Engenharia de Produção. Os cursos são importantes pois exercem um papel central na capacidade inovadora de um país e são fundamentais para o fortalecimento da indústria e ampliação das condições de competitividade da economia.

Brumado: Polo da Faculdade Estácio Centro II oferece diversas graduações em engenharia

Além disso, são cursos abrangentes, permitindo que os profissionais atuem em diversos segmentos da indústria, da construção civil, da infraestrutura, transportes, entre outros. O polo fica localizado na Rua Euclides da Cunha, 81 - antigo consultório do Dr. José Clemente. O telefone de contato é (77) 99915- 2438 (WhatsApp).

Câmara de Brumado assegura sistemas de abastecimento de água na zona rural Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em audiência na Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb) com o diretor de saneamento, estiveram vereadores da cidade de Brumado, e do Superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria de Agricultura (Seagri), Guilherme Bonfim. A reunião teve por finalidade solicitar a abertura de poços artesianos e ampliações de rede de água da Embasa. Na oportunidade, foi exposta a necessidade da ampliação do sistema para que o homem do campo tenha melhores condições de convivência com a seca. Os parlamentares foram agraciados com a notícia da liberação da ampliação do sistema do sistema de água, que sairá da localidade de Lagoa Funda para as regiões de Riachão e Ariri. O projeto será executado pela prefeitura municipal, com a concessão dos canos pela Cerb.  

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