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25/Out/2023 - 12h30

Pais perdem na justiça para continuar mantendo bebê viva por aparelhos na Inglaterra

Pais perdem na justiça para continuar mantendo bebê viva por aparelhos na Inglaterra Foto: Reprodução/BBC

Os pais de Indi Gregory, uma bebê britânica de 8 meses, estão desolados após um juiz decidir que os médicos poderão desligar os aparelhos que mantêm a menina viva no hospital, contrariando a vontade da família. A decisão foi tomada no início deste mês e os pais, Dean Gregory e Claire Staniforth, recorreram, mas a contestação foi rejeitada nesta segunda-feira (23). “Continuaremos a lutar pela Indi”, declarou o pai, depois da audiência. De acordo com a BBC, os médicos do Quuen’s Medical Center, em Nottingham, onde a criança segue internada, disseram que não podem fazer mais nada por ela. Indi tem uma doença mitocondrial, que impede que as células do corpo produzam energia. Os médicos do NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, dizem que a enfermidade não tem cura. A pequena também sofre de outros problemas médicos, como um buraco no coração, e passou por operações no intestino e no crânio para drenar líquidos logo depois de nascer, em fevereiro. Especialistas dizem que ela está morrendo e que não existe um tratamento altamente eficaz para a condição genética que ela possuiu. Na audiência do Tribunal de Recurso, Dean e Claire alegaram que a profundidade do inquérito realizado pelo juiz não tinha sido adequqada. Eles também argumentaram que o julgamento foi “processualmente injusto” e disseram que o juiz se recusou a dar a eles uma “oportunidade efetiva” de conseguirem suas próprias provas médicas especializadas. A conclusão da Justiça, no entanto, foi de que os pais não tinham um caso discutível e que não há “perspectiva real” para eles ganharem algum recurso. Na sua decisão escrita no início deste mês a favor do fundo governamental do hospital, o juiz disse: “Com o coração pesado, cheguei à conclusão de que os encargos do tratamento invasivo [de Indi] superam os benefícios. Em suma, a dor significativa sentida por esta adorável menina não se justifica quando ela enfrenta um conjunto de condições incuráveis, uma vida muito curta, nenhuma perspectiva de recuperação e, na melhor das hipóteses, um envolvimento mínimo com o mundo ao seu redor”. Ele acrescentou: “Na minha opinião, depois de pesar todas as considerações concorrentes, os melhores interesses dela serão atendidos ao permitir que o hospital retire o tratamento invasivo. Sei que isso será um duro golpe para os pais”.

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