Em uma série de entrevistas ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o neuropediatra Hugo Carvalho Garcia afirmou que a escola, no contexto dos transtornos do neurodesenvolvimento, tem sido uma aliada importante na identificação e manejo desses pacientes. No entanto, apesar de bem-intencionados, há muitos profissionais, incluindo professores, com pouca experiência para lidar com alunos com transtornos. “São desafios extraordinários. Há um esforço tremendo para inserir essas crianças cada vez mais, porém isso não é fácil. Exige tempo, paciência e amor”, apontou. Para o médico, as escolas estão buscando se adequar para inserir esses alunos com condições especiais e o ideal nesse processo é a educação continuada dos professores, com formações específicas, e o aumento do número de profissionais. “Esses profissionais precisam ser constantemente atualizados. Necessitamos estar a par dos desafios atuais. O professor precisa buscar essa qualificação especializada. Essa é uma realidade que precisa ser enfrentada”, defendeu. Além de informações de qualidade, Carvalho destacou que os pais devem se sensibilizar para entender as dificuldades dos filhos e procurar ajuda se for o caso. O objetivo é desenvolver os potenciais das crianças e auxiliá-las em seus principais desafios psicológicos e emocionais para que possam aproveitar a aula com qualidade.