Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Uma fraude vem preocupando moradores de Macaúbas e de outras cidades da região, o chamado golpe do falso advogado.
Nesse esquema, criminosos se passam por profissionais da área jurídica e entram em contato com possíveis vítimas, geralmente por telefone ou aplicativos de mensagem, alegando que há valores disponíveis para saque em decorrência de um processo judicial.
Para liberar o dinheiro, os golpistas exigem o pagamento de supostas taxas ou custas processuais, tudo de forma fraudulenta.
O advogado Elismar Oliveira Conceição, secretário adjunto da OAB – subseção de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, falou sobre o assunto em entrevista à Rádio Macaúbas FM, nesta quinta-feira (6), alertando a população sobre a crescente incidência desse tipo de crime. “Com o avanço da internet, os golpes virtuais têm se multiplicado. E nos últimos meses, notamos um crescimento expressivo dessa prática específica, o golpe do falso advogado”, explicou Elismar.
De acordo com ele, os estelionatários costumam seguir um mesmo padrão: entram em contato com o cliente, dizem representar o advogado responsável por um processo e informam sobre uma suposta vitória judicial. Logo em seguida, solicitam o pagamento antecipado de taxas ou honorários — que não existem.
Elismar reforçou ainda que nenhum profissional sério solicita depósitos via aplicativos de mensagem sem uma confirmação formal. Segundo ele, qualquer cobrança deve ser verificada diretamente com o advogado responsável, por meio dos canais oficiais do escritório.
O advogado também orientou que as pessoas nunca realizem transferências antes de confirmar a autenticidade da solicitação.
Ele também destaca algumas medidas simples que ajudam a evitar prejuízos: Desconfie de mensagens que prometem liberação imediata de valores; verifique sempre o número de telefone, especialmente se tiver DDD diferente; nunca envie documentos pessoais ou comprovantes bancários por aplicativos; confirme diretamente com o advogado ou o escritório responsável qualquer informação sobre o processo e em caso de suspeita, comunique imediatamente o banco para tentar bloquear a transação.
Segundo o Código Penal Brasileiro, esse tipo de fraude é enquadrado no artigo 171, que trata do crime de estelionato. A pena pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa.
As autoridades locais orientam que as vítimas registrem boletim de ocorrência e procurem a OAB em caso de dúvida sobre a veracidade de contatos ou cobranças.