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Vitória da Conquista, Guanambi e Brumado registram 2588 acidentes com escorpião Foto: Divulgação

De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA), o Estado já registrou 8.510 casos de acidentes com escorpião até o dia 21 de maio de 2025. A região sudoeste liderou o ranking, com 3.609 acidentes notificados entre os municípios de Vitória da Conquista (1.208), Guanambi (893), Jequié (761), Brumado (487) e Itapetinga (260). Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UniFG, Rodrigo Brito, o número elevado de acidentes notificados pode ser explicado por uma série de fatores. Questões como expansão urbana, falta de predadores, acúmulo de lixo e entulhos e o clima favorecem a reprodução de animais peçonhentos. O professor aponta que os escorpiões preferem ambientes quentes, mais escuros e com acúmulo de lixo. “O aumento da população leva a um aumento natural do lixo produzido. Infelizmente, ainda há muito descarte errado de lixo, que, junto aos entulhos dos restos de construções, propicia o ambiente ideal para o surgimento de baratas. Assim, o escorpião encontra abrigo e alimento para se reproduzir mais”, esclareceu Brito. A maioria dos escorpiões encontrados na região são amarelos. As fêmeas dessa espécie não precisam do macho para se reproduzirem. Ou seja, apenas uma fêmea sozinha pode originar cerca de 30 filhotes em uma ninhada. A letalidade da picada de um escorpião pode variar dependendo da espécie, da quantidade de veneno injetado, da idade e das condições de saúde da vítima, além do tempo entre a picada e do atendimento médico. Os sintomas incluem dor intensa no local, sensação de formigamento e ocorrência. Em caso de acidentes, o ideal é manter a calma e procurar atendimento médico o mais breve possível. Outras medidas importantes são: se possível, matar e levar o escorpião ou uma foto do animal ao atendimento para que o médico possa recomendar o melhor tratamento e, em nenhuma hipótese, amarrar ou fazer torniquete no local da picada. A prevenção inclui manter os lixos bem fechados e fazer o descarte de forma correta; manter quintais e jardins sempre limpos; colocar soleiras nas portas de casa; manter os ralos sempre fechados; proteger camas e berços das paredes; e evite que roupas de cama e mosquitos se encostem no chão.

Bahia já registrou mais de 9 mil acidentes com escorpião em 2025 Foto: Divulgação

A divulgação do número de acidentes com escorpiões na Bahia este ano tem deixado as pessoas em alerta. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA), o estado registrou 9.495 casos apenas nos quatro primeiros meses do ano. Além disso, no estado, os acidentes com escorpiões representam 71,5% das notificações envolvendo animais peçonhentos. E o alerta é nacional. Um estudo divulgado pela revista Frontiers in Public Health aponta um aumento de 250% de picadas de escorpião no Brasil na última década. Para Sâmia Neves, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (Unifacs), esse aumento está relacionado com fatores como o desmatamento e a expansão urbana desordenada, que resulta na perda do habitat natural dos escorpiões, o acúmulo de entulho, que oferece o esconderijo ideal para eles, e mudanças climáticas.  “Outros fatores importantes são a redução dos predadores de escorpiões por conta das ações antrópicas e o poder de adaptação de algumas espécies”, explica a especialista. Na Bahia, as duas espécies do aracnídeo mais comuns são o Tityus stigmurus (escorpião amarelo), cuja peçonha pode causar acidentes moderados a graves, principalmente em crianças e idosos, e o Tityus confluens, que possui uma peçonha mais leve, com sintomas menos graves. As informaçõe são do Tribuna da Bahia.

Picadas de escorpião aumentam 250% no Brasil em menos de uma década Foto: Butantan

As picadas de escorpião aumentaram 250% no Brasil em menos de uma década, revelando uma epidemia silenciosa que já afeta milhões e um alerta entre especialistas para a rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades, impulsionada por urbanização desordenada, saneamento precário e mudanças climáticas. As informações são do jornal o Globo. Um estudo publicado, nesta quinta-feira, na revista Frontiers in Public Health, aponta para uma possível crise nacional. A espécie Tityus serrulatus, conhecida como escorpião-amarelo, é considerada a mais perigosa no país, especialmente no Sudeste, onde mais de 49% dos casos foram registrados entre 2014 e 2023. Sua capacidade de reprodução sem a necessidade de acasalamento e adaptação ao ambiente urbano tornam seu controle ainda mais difícil. Esses aracnídeos vivem principalmente na rede de esgoto e podem invadir qualquer residência, inclusive apartamentos altos, subindo pelos encanamentos. “A real dimensão deste problema é provavelmente muito maior do que as estatísticas registradas sugerem”, diz o artigo publicado na Frontiers in Public Health. Baseado em um levantamento de dados de pesquisas recentes sobre o tema com hipóteses para causas e projeção para os próximos dez anos, Eliane Arantes (USP) e Manuela Pucca (Unesp) chamam atenção a essa possível crise de saúde pública pelo escorpionismo. De 2014 a 2023, os casos aumentaram em mais de 250% com 1.171.846 casos notificados no período, e as projeções indicam aumento contínuo, com estimativa de 2.095.146 casos até 2033. A gravidade das picadas, principalmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades, exige atendimento médico imediato, mas o acesso ao soro antiescorpiônico ainda é limitado. Apesar de não haver falta do medicamento, ele é geralmente centralizado em uma unidade por cidade, e não disponível em unidades privadas. Além disso, o soro se torna menos eficaz após a toxina atingir os alvos no organismo, o que reforça a importância do atendimento rápido pelo Samu 192. O aumento do número de picadas do escorpião não é exclusivo do Brasil. Ele avança em várias partes do mundo, como norte da África, Oriente Médio, sul da Índia, México e América Latina. Além do Brasil, nas últimas décadas, países como Paraguai, Bolívia, Guianas e Venezuela registraram aumentos expressivos nos casos. No Brasil, o Sudeste lidera com quase metade das ocorrências notificadas entre 2014 e 2023 — mais de 580 mil casos — seguido pelo Nordeste, com 439 mil. Segundo o estudo, as projeções para os próximos dez anos indicam que o escorpionismo deve seguir em alta em todas as regiões do Brasil, com destaque preocupante para o Sudeste, onde são esperados mais de 2 milhões de casos. A espécie Tityus serrulatus, predominante nessa área, preocupa os especialistas por sua capacidade de reprodução sem acasalamento, o que facilita sua disseminação por todo o país. No entanto, outras espécies igualmente perigosas atuam em diferentes regiões, o que agrava o desafio do tratamento: o soro disponível hoje é desenvolvido com base apenas na peçonha do T. serrulatus, o que pode comprometer sua eficácia diante da diversidade de toxinas presentes no território nacional.

Bahia tem quase 11 mil casos de picadas de escorpião e 15 mortes Foto: Butantan

Entre janeiro e agosto deste ano, 15 pessoas morreram após serem atacadas por escorpiões em na Bahia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Em relação ao número de ataques, foram 27.972 no ano passado e, neste ano, quase 11 mil casos foram contabilizados. Neste mês, a morte de um bebê de dois anos chamou atenção no extremo sul, pois a suspeita é que ele tenha sido picado pelo animal. O DPT fez a necropsia para identificar a causa da morte e o laudo deve sair em até 30 dias. O número de óbitos registrados em 2023 chama a atenção porque está próximo do que foi contabilizado em todo o ano passado, quando 20 pessoas morreram. De acordo com a bióloga do Centro de Controle de Zooonozes (CCZ), Ana Virgínia Rocha, as consequências de uma picada de escorpião podem ser mais preocupantes em crianças e idosos. “Se a pessoa agredida tiver até sete anos de idade ou pessoas idosas acima de 65 anos, que a imunidade é mais baixa, a picada pode levar a um agravamento maior ou até a morte”, explicou. Após ser picado pelo animal, o paciente deve ser levado para a unidade de saúde mais próxima em até seis horas. Também é importante, se possível, levar o escorpião para a unidade, para que o tipo da espécie seja identificada.

Brumado: Neta de santo encontra escorpião dentro de coentro comprado no Brasil Atacarejo Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Uma neta de santo do Castelo Alto de Xangô, em Brumado, encontrou um escorpião vivo dentro de um pacote de coentro comprado no Brasil Atacarejo. A loja foi inaugurada na última quinta-feira (27). No vídeo, a neta de santo, que não teve o seu nome divulgado, pediu para que a população tenha cuidado ao comprar o produto no local. “Muito cuidado quando comprar coentro lá no atacadão. Comprei o coentro, fui tirar aqui dentro da sacola, olha o que eu encontrei? Um escorpião, dentro do coentro, tá vivo”, alertou. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, em vídeo foi postado nas redes sociais, o babalorixá Pai Dionata de Xangô mostra o lacrau vivo dentro de uma sacola da rede atacadista. Segundo Dionata, várias hortaliças foram compradas na unidade do Brasil Atacarejo na capital do minério. “Foi um livramento”, garantiu. Na postagem, o sacerdote marcou as redes sociais do atacadista. A nossa reportagem não conseguiu contato com a unidade do Brasil Atacarejo para falar sobre o caso.

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