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Estudantes de Boquira desenvolvem Whey Protein para cães e gatos Foto: Gabriel Pinheiro/Secti-BA

De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas do Setor de Animais de Estimação (Abempet), o faturamento do setor de alimentação para cães e gatos no Brasil atingiu R$ 75,4 bilhões em 2024.

O potencial chamou a atenção dos estudantes Pedro Emanoel e Débora Emes, do Colégio Estadual de Tempo Integral de Boquira, que, orientados pela professora Cássia Nascimento, desenvolveram um tipo de Whey Protein exclusivo para pets.

O produto é pensado com os cuidados necessários à saúde animal. A versão especial de Whey Pet não possui lactose e aditivos prejudiciais, contendo apenas aminoácidos balanceados para o metabolismo animal.

Recomendado especialmente para cães e gatos atletas, idosos, em recuperação cirúrgica ou com deficiências nutricionais, o produto tem, segundo o jovem cientista Pedro Emanoel, diversos benefícios. “O Whey Protein Pet pode contribuir tanto para a saúde muscular quanto para o bem-estar geral dos animais, desde que usado com orientação veterinária, respeitando peso, idade e necessidades nutricionais. O produto também ajuda na melhora da imunidade, do pelo e no aumento da energia e da vitalidade”, explicou.

Idealizadora do projeto, a professora Cássia Nascimento avalia como essencial o estímulo para que mais jovens se sintam pertencentes ao campo da ciência, tecnologia e inovação. “Inserir jovens na educação científica e empreendedora é investir em um futuro mais inovador, consciente e humano, no qual o conhecimento se transforma em soluções reais e o aprendizado ganha propósito e significado”, afirmou.

Com apoio da Secretaria da Educação (Sec), a iniciativa tem parceria com o veterinário Caio Lucas, proprietário de uma clínica na região, e com o setor de vigilância sanitária da Prefeitura Municipal, responsável pelo canil público local.

Veterinário mobiliza campanha em defesa de cães e gatos envenenados em Guanambi Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em Guanambi, o veterinário e presidente do Centro de Controle de Natalidade, Dácio Plácido, falou ao site Achei Sudoeste sobre a onda de envenenamento que já matou dezenas de animais na cidade. Plácido relatou que a situação é grave e ele também teve o seu cachorro de estimação envenenado. “Estávamos viajando e, quando chegamos, me deparei com meu animal, um cachorrinho da raça Spitz Alemão, em quadro convulsivo, característico de intoxicação por chumbinho. Era um animal domesticado, de pequeno porte, que meu filho de dois anos brincava. É revoltante”, contou. Um pedaço de pão foi jogado no quintal da residência da família com o chumbinho. Plácido alertou que esse o crime tem acontecido constantemente na cidade. Para se ter uma ideia, na semana passada, cerca de 30 cães e gatos foram envenenados no Instituto Federal Baiano (IF Baiano), para onde animais errantes são levados após serem resgatados das ruas. O trabalho de castração e vacinação desses animais é feito de forma intermitente há cinco anos na unidade. O veterinário ressaltou que os animais têm direitos e leis que asseguram estes. “Você não é obrigado a gostar do animal, mas tem o dever de respeitar o direito dele. Só uma pessoa sem escrúpulos, um marginal, faz um negócio desse, envenenar um animal. Digno de todo tipo de adjetivo ruim. É crime e isso precisa ser punido, combatido”, apontou.

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