Notificada como caso suspeito de Covid-19, a cuidadora de creche Elianar Guimarães dos Santos, 41 anos, foi orientada a trabalhar pela Secretaria de Educação de Brumado nesta segunda-feira (26) se não apresentar um atestado médico. Em áudio vazado nas redes sociais, ela contou que está se sentindo bem mal e a enfermeira a orientou a não trabalhar até sair o resultado do seu teste. “O médico que me atendeu na UPA não me deu atestado e disse que eu pudesse trabalhar tranquila porque criança não pega Covid, mas sei muito bem dos riscos para mim, para as crianças e para todos que estarão lá na creche”, afirmou. No áudio, a cuidadora salientou que, apesar dos sintomas gripais suspeitos, ela foi comunicada pela direção que a secretaria de educação disse que ela terá que ir trabalhar na creche caso não apresente o referido atestado. “É quase uma tortura psicológica no sentido de eu me sentir responsável pela turma. Se eu não for trabalhar descontam no meu salário e eu não vou permitir isso. Não acho justo. Vou trabalhar segunda-feira do jeito que eu tiver”, disse. Após a repercussão do áudio, Guimarães se manifestou em um vídeo em seu Instagram cobrando um esclarecimento do Ministério Público e da Prefeitura Municipal com relação ao caso. “Só isso que aconteceu comigo mostra que a prefeitura não está cumprindo o acordo feito com o Ministério Público. Acho uma irresponsabilidade sem fim dizer que, se eu não apresentar atestado, tenho de retornar ao trabalho”, pontuou. O retorno às aulas presenciais em Brumado acontece nesta segunda-feira (26) (veja aqui) e o depoimento da cuidadora ganhou grande repercussão na comunidade.