Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Pai de uma criança autista, Bruno Ferreira de Oliveira suspeita que a menor de 8 anos venha sofrendo maus tratos e abuso sexual dentro da casa da mãe. Os abusos estariam acontecendo em Guanambi. Residente na cidade de Viçosa, em Minas Gerais, Oliveira relatou que, de dois em dois meses, viaja para o município para passar alguns dias com a filha. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, ele disse que, na última semana, notou um comportamento muito estranho na criança. “Ela estava demonstrando pânico ao retornar para casa. Eu pegava ela pra brincar, passear, tomar sorvete e, quando retornava pra casa da mãe, ela não queria voltar. Ela nem deixava eu tirar o cinto de segurança, não queria sair do caso, até se escondia”, revelou. Como a criança é autista não verbal, o pai não conseguiu extrair mais informações da filha sobre o que está acontecendo. “Ela não consegue dizer se alguém fez mal pra ela e a mãe omite essas informações”, completou. No dia 1º de agosto, Bruno denunciou que a ex-mulher sofreu uma violenta agressão dentro de casa, numa clara tentativa de feminicídio tamanha a gravidade do caso. O agressor seria o atual namorado da ex-mulher. A menor teria presenciado as agressões, porém, segundo o pai, essa informação foi omitida no boletim de ocorrência. “O namorado dela é uma pessoa que bebe, já agrediu ela diversas vezes, então acredito que, de certa forma, ela tem muito medo de denunciar qualquer tipo de outra coisa que ele possa estar fazendo temendo pela própria vida”, destacou. Mesmo com uma medida protetiva em seu desfavor, o indivíduo estaria frequentando a casa da menor. A denúncia foi feita pela avó materna da criança, que também teria relatado que o namorado da filha já agrediu a menina com cascudos e empurrões. “Ele é um monstro. Como tem coragem de fazer isso com uma menina totalmente indefesa e especial? Eu tô revoltado, desesperado, implorando ajuda. Temo pela vida da minha filha”, declarou Oliveira. Há cerca de dois anos, o pai entrou com um processo judicial requerendo a guarda unilateral da filha. O caso já foi relatado ao Conselho Tutelar de Guanambi. “Eu vou no órgão com tanta frequência que meu nome já virou chacota dentro do conselho porque eles acreditam que eu estou preocupado com outras questões. A minha preocupação é extremamente restrita ao bem-estar da minha filha”, assegurou. Para Oliveira, o Conselho Tutelar estaria sendo omisso frente ao caso, deixando a criança vulnerável e sob o risco de uma pessoa perigosa. Além de registrar um boletim de ocorrência, Bruno também formalizou uma denúncia no Ministério Público contra a ex-mulher e o seu atual namorado.
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