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29/Jun/2013 - 05h47

Brumado: Delegado diz que assaltantes roubam por medo do tribunal do crime

Brumado: Delegado diz que assaltantes roubam por medo do tribunal do crime O delegado apontou o tráfico de drogas e o sistema penal, que não está preparado para ressocializar os detentos, como principais causas dos delitos. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

O Brumado Notícias esteve com o delegado Leonardo Rabelo, coordenador da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), para falar sobre a onda de assaltos que vem ocorrendo em Brumado. A princípio, o delegado apontou o tráfico de drogas e o sistema penal, que não está preparado para ressocializar os detentos, como principais causas dos delitos. “Primeiro, isso é oriundo do tráfico de drogas. Depois, temos várias pessoas na cidade que são egressas do sistema prisional, ou seja, a polícia já prendeu, o elemento já cumpriu a pena, mas retorna com a mesma índole para a sociedade, pois o nosso sistema penal infelizmente não recupera. Por isso, temos um alto índice de reincidência”, explicou Rabelo. O coordenador ainda salientou que, em alguns casos, os pequenos traficantes roubam para salvar a própria vida, configurando um clico vicioso. “Depois que a polícia deu uma baixa nas drogas, os traficantes agora promovem assaltos para recuperar o que foi perdido com as apreensões. Por outro lado, há ainda os pequenos traficantes e usuários que roubam para pagar as dívidas nas bocas de fumo. Em algumas situações, os assaltos ocorrem para salvar a própria vida do assaltante que está ameaçado”, completou. 

Brumado: Delegado diz que assaltantes roubam por medo do tribunal do crime Segundo Leonardo Rabelo, o medo das vítimas em reconhecer os criminosos também dificulta o trabalho da polícia. (Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias).

Para o delegado, o medo das vítimas em reconhecer os criminosos também dificulta o trabalho da polícia, que precisa de embasamento e prova para prender o suspeito. “Sem o reconhecimento das vítimas, ficamos limitados e temos de soltar o conduzido”, disse Rabelo.  Como exemplo dessa falta de colaboração para elucidação dos casos, um investigador contou que um empresário preferiu retirar a queixa a ter de reconhecer o suspeito de ter assaltado o seu estabelecimento. “Quando mostramos as fotos dos suspeitos para que fosse feito o reconhecimento, o empresário disse que iria chamar o funcionário que presenciou o assalto. Porém, na saída da delegacia, ele disse para deixar o caso para lá, pois o seguro cobriria os R$ 70 roubados”, relatou o investigador.

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