O Brasil está prestes a ter uma vacina contra a covid totalmente nacional. O país publicou o primeiro artigo científico sobre os resultados dos testes de segurança da vacina SpiN-TEC que mostram que o imunizante é seguro. A vacina avança agora para a fase final de estudos clínicos. A expectativa é que até o início de 2027, ela possa estar disponível para a população.
A vacina foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Nos testes conduzidos, de acordo com o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, a SpiN-TEC mostrou ter inclusive menos efeitos colaterais do que a vacina da norte-americana Pfizer.
“Concluímos que a vacina se mostrou imunogênica, ou seja, capaz de induzir a resposta imune em humano. O estudo de segurança foi ampliado e ela manteve esse perfil, na verdade foi até um pouco mais, induziu menos efeitos colaterais do que a vacina que nós usamos, que é da Pfizer”, diz o pesquisador.
A SpiN-TEC adota estratégia inovadora, a imunidade celular. Isso significa que ela prepara as células para que não sejam infectadas. Caso a infecção ocorra, a vacina capacita o sistema imunológico a atacar apenas as células atingidas, que são destruídas. Essa abordagem mostrou-se mais eficaz contra variantes da covid-19 nos ensaios em animais e em dados preliminares em humanos.
Ao tomar conhecimento dos 11 casos de Covid-19 confirmados no campus do IF Baiano, em Guanambi, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde e da Vigilância Epidemiológica, entrou em contato com a instituição de ensino e tomou as providências cabiveis para controle da doença.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário Edmilson Júnior destacou que a pasta prestou todo apoio à unidade, fazendo a desinfecção no campus e prestando todas as orientações necessárias à comunidade acadêmica. Júnior afirmou que, com relação à população, as orientações são as mesmas para controle da disseminação do vírus. As medidas incluem a higiene correta das mãos, o uso de máscara em caso de sintomas gripais, o distanciamento social e a adoção da etiqueta respiratória, que consiste em cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
Neste mês de outubro, o secretário alertou que o município registrou um crescimento no número de casos da Covid-19. “Estamos testando mais casos porque, à medida que a gente divulga as informações, a população procura mais as unidades de saúde e, como consequência, a gente testa mais. Num universo com muitas pessoas com sintomas gripais, a probabilidade é maior de identificarmos casos de Covid”, ponderou.
Em setembro deste ano, a cidade registrou 55 casos positivos da doença. Apesar dos números, o secretário tranquilizou a população, visto que, com a cobertura vacinal, a gravidade dos casos diminuiu drasticamente, sendo a maioria manifestada com sintomas leves. “É importante a gente se vacinar”, orientou.
Após a confirmação de 11 casos de Covid-19, o IF Baiano suspendeu as aulas no campus de Guanambi, na manhã desta segunda-feira (06), para desinfecção da unidade. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Bruno Guimarães, coordenador de assuntos estudantis, informou que 7 casos foram confirmados em uma turma e 4 em outra.
Guimarães explicou que os alunos foram testados em unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e em laboratórios privados após sintomas gripais. “Temos todo um suporte para acompanhamento dos estudantes. Nessa identificação dos casos de Covid-19, a orientação é que o aluno sintomático seja testado. Caso o resultado dê positivo, ele é afastado por 7 dias a partir dos sintomas”, detalhou. A ideia, segundo o coordenador, é fazer o controle da disseminação da doença dentro do campus.
Além do afastamento dos alunos infectados, o IF Baiano realizou uma série de orientações em sala de aula, reforçando junto à comunidade acadêmica a importância das medidas de prevenção, como a higiene das mãos, a etiqueta respiratória (que consiste em cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar) e o distanciamento seguro, sobretudo, em áreas comuns.
O uso de máscara também foi recomendado na hipótese de sintomas gripais a fim de evitar a disseminação do vírus. Guimarães destacou ainda que, na manhã de segunda-feira (06), com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Epidemiológica Municipal, as aulas foram suspensas no campus para desinfecção de todos os ambientes acadêmicos (salas de aula, refeitórios, laboratórios, bibliotecas e salas administrativas). “Tivemos uma cobertura muito eficiente da Vigilância Epidemiológica para controlar o vírus. A ação foi imediata e em prol da saúde. As aulas retornaram normalmente a partir de 15h30 para o turno vespertino com total segurança”, garantiu. Os estudantes contaminados seguem com sintomas leves devido à ampla cobertura vacinal para a doença. Válido salientar que os casos positivos de Covid-19 não se restringem ao campus, mas a toda microrregião de Guanambi.
Em nota divulgada em suas redes sociais, o IF Baiano de Guanambi falou sobre o aumento de casos de Covid-19 na cidade e registros recentes entre estudantes da instituição. Diante da situação, na nota, o campus orientou que pessoas com sintomas gripais (tosse, espirro, dor de garganta, febre ou outros sintomas respiratórios) devem procurar o setor médico da entidade para que sejam adotados os protocolos sanitários devidos. O uso de máscara é recomendado em ambientes fechados do campus por servidores e estudantes que apresentarem sintomas.
O campus destacou ainda que a vacinação continua sendo a principal forma de evitar casos graves da doença, óbitos e sequelas. Além disso, medidas como higienização das mãos, distanciamento físico e etiqueta respiratória são fundamentais para reduzir a transmissão. Pediu, por fim, a colaboração de toda a comunidade para preservação da saúde de todos.
O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mais recente, divulgado na quinta-feira (28), apontou um crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em quatro estados do Brasil: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba. Apesar disso, o total de casos graves pela doença ainda segue baixo no país. Segundo o estudo, o aumento de SRAG por Covid ainda não está gerando grandes impactos nas hospitalizações pela doença. Porém, mesmo assim, é importante que as pessoas mantenham a vacinação contra o vírus atualizada. A análise é referente à Semana Epidemiológica 34, período de 17 a 23 de agosto. A atualização aponta também que 20 estados apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta: Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. No Amazonas, o crescimento do número de casos se concentra nas crianças pequenas e é causado fundamentalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Um investigador da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) foi suspenso das atividades de trabalho por dez dias, a partir desta segunda-feira (11), após dar justificativa atrasada para o fato de não ter se vacinado contra a Covid-19. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado (9). No entanto, a situação aconteceu entre 2021 e 2022, quando o Governo decretou a obrigatoriedade da vacinação contra a doença para servidores públicos da Bahia. Segundo a portaria publicada pelo delegado-geral André Viana, embora um relatório médico tenha atestado a impossibilidade de imunização do investigador, a apresentação tardia da justificativa configurou uma “falta grave”. Com a suspensão, o servidor ficará longe das atividades até o dia 21 de agosto. A PC não detalhou se o afastamento será remunerado ou se os dias de trabalho serão descontados do pagamento do investigador.
Os primeiros casos da nova variante da Covid-19, denominada XFG, foram registrados no Brasil na última sexta-feira (4). A doença foi notificada no Ceará entre os dias 25 e 31 de maio e divulgada por autoridades de saúde do estado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país agora se junta a outros 38 países. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde informou que, além dos seis casos no Ceará, outros dois ocorreram em São Paulo. No entanto, ainda não houve registros de óbitos. Sequenciamentos genômicos da doença estão sendo monitorados de forma contínua no Brasil. Em outras partes do mundo, a OMS já havia comunicado sobre o possível avanço da nova variante. Conforme a publicação, no Sudeste Asiático, a proporção de casos atribuídos à XFG subiu de 17,3% para 68,7%, especialmente na Índia, onde a variante se tornou predominante durante a primavera. Já nas Américas, a taxa passou de 7,8% para 26,5%
Estudo divulgado na revista Pathogens faz um balanço dos avanços na vacinação contra a Covid-19 e discute estratégias futuras para aumentar a eficácia das vacinas frente às novas variantes do vírus. A revisão foi coordenada por Sergio Costa Oliveira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e líder do grupo de pesquisa em vacinologia do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP). O primeiro autor do artigo é o pós-doutorando Fábio Mambelli. Também colaboraram pesquisadores do Instituto Butantan. Segundo Oliveira, embora os imunizantes atuais tenham reduzido significativamente os casos graves da doença, a emergência constante de novas variantes impõe desafios que demandam soluções inovadoras. “As vacinas que temos hoje ainda são eficazes contra as variantes em circulação, mas o vírus continuará evoluindo e se adaptando”, disse Mambelli à assessoria de imprensa do ICB-USP. “Isso significa que precisaremos de vacinas cada vez mais robustas, capazes de induzir resposta imunológica mais duradoura e menos suscetíveis às mutações da proteína Spike [S], principal alvo das vacinas atuais”.
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu instaurar um processo administrativo exclusivamente contra a HempCare Pharma Representações Ltda., empresa que recebeu mais de R$ 48,7 milhões pela compra de 300 respiradores durante a pandemia de Covid-19 e nunca entregou os equipamentos ao Consórcio Nordeste. Já os gestores Carlos Gabas e Valderi Claudino de Souza, respectivamente secretário-executivo e gerente administrativo do consórcio à época, foram absolvidos. O contrato em questão foi firmado pelo governo da Bahia em nome da entidade que engloba os nove estados da região. O então governador do estado e hoje ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), presidia o consórcio durante a negociação, mas ele não é citado no processo do TCU. O calote milionário culminou em investigações na Justiça e órgãos de controle, além de uma operação da Polícia Federal (PF). O ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão em 2022. Na representação analisada pelo tribunal de contas, o relator do processo, ministro Jorge Oliveira, defendeu que a Hempcare, Gabas e Souza fossem alvo de uma Tomada de Contas Especial (TCE). Esse é um tipo de procedimento administrativo que visa apurar responsabilidades por danos à administração pública. Oliveira, no entanto, foi voto vencido. Por cinco votos a três, os ministros da Corte acolheram as justificativas dos gestores, determinando uma apuração apenas contra a empresa. As informações são do G1.
O Ministério da Saúde fechou a compra de 57 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O contrato, assinado em 11 de abril, garante a continuidade da vacinação e a proteção da população diante de novas variantes. As entregas serão feitas de forma parcelada, conforme a adesão à imunização no país, garantindo a oferta no SUS da versão mais atualizada da vacina aprovada pela Anvisa. A expectativa é que a primeira remessa, de 8,5 milhões de doses, seja entregue entre abril e maio deste ano. As novas parcelas serão solicitadas conforme a necessidade. A previsão para este ano é aplicar mais de 15 milhões de doses, com investimento na ordem de R$ 700 milhões. A vacina, ofertada pela Pfizer, é para o público a partir de 12 anos de idade, abrangendo adolescentes e adultos. A empresa assumiu a contratação após a Zalika, inicialmente responsávelpor esta oferta, ter a atualização da sua vacina reprovada pela Anvisa. Dessa forma, a segunda colocada foi convocada.
Nesta quinta-feira (13), o Hospital Municipal de Maternidade Amalia Coutinho, em Riacho de Santana, restringiu a circulação de pessoas em virtude do aumento de internações por Covid-19. A medida foi anunciada através das redes sociais da prefeitura. No comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o objetivo da restrição é proteger os pacientes internados. A pasta não informou o número de pessoas contaminadas e nem outras medidas restritivas.
Pesquisadores da China descobriram um novo tipo de coronavírus que, assim como o SARS-CoV-2 - o vírus que provocou a pandemia da covid-19 -, possui alta afinidade para se conectar e infectar células humanas. De acordo com o Correio 24h, o HKU5-CoV-2, uma segunda linhagem da família dos merbecovírus (uma subfamília dos coronavírus), foi identificado e localizado em morcegos pelo Instituto de Virologia de Wuhan. Transformado em um artigo publicado na revista científica Cell, o estudo explica que esse novo vírus possui uma alta afinidade para se ligar a células humanas por meio do receptor ACE2 (sigla em inglês para Enzima Conversora de Angiotensina 2), a mesma porta de entrada usada pelo vírus da Covid-19. “Os coronavírus da família merbecovírus eram considerados capazes de entrar nas células utilizando o receptor DPP4 da célula hospedeira. Este estudo identifica um merbecovírus de morcegos Pipistrellus que é capaz de entrar nas células de outros mamíferos via ACE2 e descreve a base estrutural para a interação do HKU5 com o ACE2 humano”, diz a pesquisa. O HKU5-CoV-2 pertence à grande família dos coronavírus, mais especificamente dos merbecovírus, a mesma que gerou a epidemia de Mers (sigla em inglês para Síndrome Respiratória do Oriente Médio), entre 2012 e 2015, em países da Ásia. Já o SARS-CoV, por exemplo, também é um tipo de coronavírus, mas integrante da subfamília sarbecovírus, responsável pela epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no início dos anos 2000 e da pandemia de Covid-19. Conforme o estudo chinês, os merbecovírus presentes nos morcegos do gênero Pipistrellus infectados mostraram um alto risco de spillover (adaptação para outras espécies) para humanos, seja por transmissão direta ou facilitada por hospedeiros intermediários - como os animais pangolins ou visons.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que o estado registra uma redução significativa nos casos por Covid-19, resultado das estratégias de vacinação e do fortalecimento da rede assistencial. Apesar das preocupações levantadas sobre a segurança sanitária durante o Carnaval, os dados mais recentes mostram um cenário controlado, mas que exige atenção contínua para evitar novos aumentos. De acordo com o boletim epidemiológico atualizado em 17 de fevereiro de 2025, foram registrados 1.826 casos confirmados de Covid-19 neste ano, representando uma queda de 78% em relação ao mesmo período de 2024, quando o estado contabilizou 8.353 casos. O número de óbitos também apresentou uma redução expressiva, passando de 57 no mesmo período do ano passado para 12 mortes em 2025, o que representa uma diminuição de 79%. Embora o cenário atual seja de queda expressiva, a Sesab reforça que o monitoramento ativo e a ampliação da cobertura vacinal são essenciais para manter o controle da doença. Mais de 95% da população baiana com 12 anos ou mais já completou o esquema primário de vacinação contra a Covid-19, enquanto a imunização de rotina segue disponível para crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A Sesab orienta ainda que a imunização continua sendo a principal ferramenta para evitar o aumento de casos e hospitalizações, reforçando a necessidade de que todos mantenham o esquema vacinal atualizado e adotem medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos. Mesmo com a redução expressiva nos casos, a vigilância permanece ativa para garantir que os avanços conquistados sejam preservados, especialmente durante o período de Carnaval, quando o fluxo de pessoas e aglomerações aumentam significativamente.
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por algum vírus respiratório este ano, no Brasil. Desse total, 78,7% (225) dos óbitos estão relacionados ao SARS-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro. O total de casos graves com diagnóstico confirmado de covid-19 já se aproxima de 900. O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrados este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando. A atualização destaca que há tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos. O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual. As informações são da Agência Brasil.
O Brasil ainda não se recuperou, na educação, dos impactos gerados na pandemia. O acesso à educação, que vinha melhorando, teve piora durante a pandemia e ainda não recuperou o mesmo patamar observado em 2019. A alfabetização das crianças, que tiveram as aulas presenciais suspensas, piorou e o percentual daquelas que ainda não sabem ler e escrever aos 8 anos de idade aumentou consideravelmente entre 2019 e 2023. As informações são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta quinta-feira (16). O estudo, que é baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação à educação, analisou as privações de acesso à escola na idade certa e alfabetização. Os dados mostram que em relação ao acesso, ao longo dos anos houve oscilações, com avanços e retrocessos, muitos deles ocorridos no período de pandemia. Em 2017, 8,5% das crianças e adolescentes de até 17 anos estavam privados de educação de alguma forma. Essa porcentagem caiu para 7,1% em 2019, subiu para 8,8% em 2021 e caiu para 7,7% em 2023. Ao todo, são quatro milhões de crianças e adolescentes que estão atrasados nos estudos, que repetiram de ano ou que não foram alfabetizados até os 7 anos. Apesar de representarem um percentual inferior a 2017, o país ainda não retomou o patamar que havia alcançado em 2019. O estudo mostra ainda que há no país 619 mil crianças e adolescentes em privação extrema da educação, ou seja, que não frequentam as escolas. Eles correspondem a 1,2% daqueles com até 17 anos. Esse percentual, que chegou a 2,3% em 2021, na pandemia, é inferior ao registrado em 2019, 1,6%. No Brasil, a educação é obrigatória dos 4 até os 17 anos é obrigatória no Brasil de acordo com a Emenda Constitucional 59 e com o Plano Nacional de Educação (PNE). “Sabemos que na educação, leva-se muito mais tempo recuperar os impactos. Então, essa faixa é a que mais sofreu e os dados mostram realmente a importância de que se façam políticas mais focadas e se fortaleçam as que estão sendo implementadas”, diz a chefe de Políticas Sociais do Unicef no Brasil, Liliana Chopitea.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgada na sexta-feira (27), aponta a carência de vacinas do calendário nacional de imunização, como catapora, covid-19 e coqueluche. De acordo com a Agência Brasil, o Ministério da Saúde rebateu os resultados e afirmou ter garantido atendimento a 100% das necessidades de todas as vacinas do calendário básico, exceto nos casos de desabastecimento global, que ocorreram por “problemas pontuais”. O comunicado não afirma se o desabastecimento decorre de problemas de gestão dos governos locais. Realizado de 29 de novembro a 12 de dezembro, o levantamento mostra que 65,8% de um total de 2.895 municípios analisados relataram ausência de imunizantes. No caso da catapora, 1.516 municípios analisados (52,4%) apontaram falta da vacina. O Ministério da Saúde informou que existe escassez mundial de matéria-prima, mas assegurou ter garantido todas as doses necessárias do imunizante após a contratação de três fornecedores. Para 2025, a pasta assegurou que eventuais problemas serão resolvidos ao longo do primeiro semestre. Em segundo lugar, está a vacina para covid-19 em adultos, ausente em 736 municípios (25,4%), com média de 45 dias sem disponibilidade. A CNM lembra que a primeira semana de dezembro registrou alta de 60% nas notificações da doença no país, no maior nível desde março. De 1º a 7 de dezembro, houve 20.287 casos, segundo o Painel Covid-19 do Ministério da Saúde. No comunicado, o Ministério da Saúde informou que a pasta distribuiu 3,7 milhões de doses de vacina contra a covid-19 aos estados, das quais 503 mil foram efetivamente aplicadas, o que indica suficiência de doses em nível estadual. Para 2025, a pasta informou ter reforçado os estoques dos imunizantes.
Nesta semana, todos os estados e o Distrito Federal receberão cerca de 1,5 milhão de doses da vacina contra a Covid-19. Esse lote faz parte de mais de 8 milhões de doses adquiridas para manter os estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) abastecidos por até seis meses. A expectativa é entregar 5 milhões de doses até o final de dezembro. As vacinas foram adquiridas em pregão de 69 milhões de doses, concluído neste semestre, garantindo abastecimento por dois anos. As entregas serão feitas de forma parcelada pelos fabricantes, conforme a adesão da população, com as vacinas mais atualizadas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguindo a recomendação mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). As 1,5 milhão de doses distribuídas são da vacina da Serum, que chega pela primeira vez aos estados. Estudos de fase 3 mostraram segurança e eficácia de 90% contra casos sintomáticos em adultos, além de vantagens como maior prazo de validade, transporte e conservação simples (2°C a 8°C). A vacina da Zalika Farmacêutica, já usada nos EUA e Reino Unido, será aplicada no Brasil em pessoas a partir de 12 anos, faixa etária aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Crianças abaixo dessa idade continuarão recebendo a vacina de RNA mensageiro da Pfizer.
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou na sexta-feira (29) pela rejeição de um recurso movido por senadores contra o arquivamento da apuração preliminar envolvendo o ex-deputado Ricardo Barros, acusado de irregularidades na compra de vacinas contra a Covid-19. Barros, que foi líder do governo Jair Bolsonaro (PL) na Câmara, foi alvo de investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O recurso foi apresentado pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL). Eles pedem que a decisão de arquivamento, proferida em junho de 2023, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), seja reconsiderada, solicitando a abertura de um inquérito. Segundo os parlamentares, o relatório final da CPI aponta “fortes indícios” de que Barros teria integrado uma organização criminosa voltada à obtenção de vantagens ilícitas por meio de fraudes em licitações ou contratos públicos. Os senadores argumentam que as provas levantadas devem ser analisadas de forma ampla, levando em conta o suposto modus operandi do grupo. A suspeita levantada pela CPI era de que Barros teria cometido o crime de integrar uma organização criminosa no processo de contratação da vacina Covaxin, a mais cara negociada pelo Ministério da Saúde. A negociação foi marcada por denúncias de irregularidades, que colocaram o ex-deputado no centro das investigações. Em seu voto, Nunes Marques manteve o entendimento de que o caso não deve ser reaberto, pois o Ministério Público (MP), responsável por oferecer uma eventual denúncia, já havia solicitado o arquivamento do processo. Segundo ele, a PGR não encontrou indícios que justificassem a continuidade da apuração “A Procuradoria-Geral da República, ao examinar o conjunto probatório produzido pela extinta Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, não encontrou indícios de participação do deputado federal Ricardo Barros em ato criminoso, nem necessidade de diligências adicionais que pudessem justificar o prosseguimento do feito”, afirmou Nunes Marques. O magistrado destacou que o arquivamento foi respaldado pela PGR e que não há como desconsiderar tal decisão. “Não vejo como recusar a promoção de arquivamento feita pelo Ministério Público”, reiterou o ministro, que também determinou que as investigações relacionadas a empresários e servidores do Ministério da Saúde, apontados no mesmo contexto, sejam enviadas à primeira instância da Justiça Federal para continuidade das apurações. O recurso está sendo julgado pelo STF em sessão virtual, que começou nesta sexta-feira, 29, e se estenderá até 6 de dezembro. Nesse formato, os ministros não debatem entre si e seus votos são apresentados por meio de um sistema eletrônico.
O Ministério da Saúde recebeu, em outubro, cerca de 1,2 milhão de doses de vacinas covid-19 e deu início à distribuição para todo o Brasil. A ação foi concluída nesta quinta-feira (31), com todos os 26 estados e o DF contemplados com os imunizantes contra a doença. O lote faz parte de uma compra emergencial e cabe aos gestores estaduais a distribuição para os municípios. Recentemente, um novo pregão para a aquisição de mais 69 milhões de doses foi finalizado. Com a nova compra, a população terá a garantia de proteção contra as formas graves da doença pelos próximos 2 anos. Desde maio, o Ministério da Saúde distribui a vacina com a variante XBB 1.5, que é uma versão atualizada e monovalente do imunizante. Até o momento, mais de 4,4 milhões de doses da vacina XBB 1.5 foram aplicadas em todo o Brasil. Segundo dados da cobertura vacinal contra a covid-19, cerca de 86% dos brasileiros têm ao menos duas doses da vacina. Conforme lembra Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), “a vacinação é uma ferramenta essencial para proteger crianças e adultos contra a covid-19 e outras doenças”.
Dados da Secretaria de Saúde do Estado apontam que a Bahia tem apresentado número expressivo de notificações de Covid-19. Mais de 20 mil casos já foram contabilizados e há uma preocupação com a proliferação do vírus, tendo em vista que muitas pessoas negligenciaram a terceira e quarta doses da vacina contra a doença. Em Guanambi, só no mês de setembro, foram confirmados 25 casos. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Edmilson Júnior, disse que, passado o período crítico da pandemia, que foi a maior crise sanitária que o mundo moderno enfrentou, as pessoas negligenciaram as formas de prevenção. “A população precisa se recordar que, só depois do advento da vacina, conseguimos mudar essa luta contra a Covid-19. Graças à vacinação conseguimos naquele momento controlar o número de casos, mas, a partir disso, de certa forma, muitas pessoas perderam o medo da doença e a habilidade de se prevenir”, destacou. Do ano passado para cá, Júnior informou que a procura pela vacina diminuiu e, diante do cenário, ele convocou a população a se vacinar nos postos de saúde, visto que a imunização contra a doença é um instrumento muito importante de prevenção.
O Ministério da Saúde enviará uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19, da variante XBB, para a Bahia nesta quinta-feira (24). A expectativa é que o estado receba 42 mil doses que serão distribuídas para os 417 municípios do estado de acordo com o critério populacional. Esta fase da vacinação abrange crianças de 6 meses a menores de 5 anos, como parte da vacinação de rotina, e adultos elegíveis. A prioridade será dada a pessoas de 60 anos ou mais, gestantes, puérperas, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, entre outros grupos prioritários. Com essa remessa, o objetivo é atender à demanda gerada pelo desabastecimento ocorrido no início de outubro e reforçar a imunização desses grupos, conforme o histórico vacinal de cada indivíduo, garantindo que a proteção contra as formas graves da Covid-19 seja mantida em todo o estado. Desde junho de 2024, foram aplicadas 40.849 doses da vacina XBB na Bahia, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Dados do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (20) apontam que quase 80% da população não completou o esquema de vacinação bivalente contra Covid-19. As informações são do jornal Tribuna da Bahia. Os números são preocupantes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). No painel de imunização, disponível no site do ministério, pouco mais de 36,8 milhões de doses foram aplicadas, o que corresponde a 21,6% da população apta para ser imunizada. Os dados da Rede Nacional de Dados de Saúde mostram que todas as regiões, com exceção do Piauí, Distrito Federal e São Paulo, estão abaixo dos 24,9%, o que é classificado pela “faixa vermelha”. Entre os estados com a menor cobertura vacinal da Covid-19 estão Mato Grosso (10,1%), Tocantins (12,1%), Acre (12,9%), Maranhão (13,2%) e Roraima (13,3%). Por outro lado, os estados com a maior cobertura vacinal da bivalente não chegam a 30% da população. Entre os estados com a maior cobertura vacinal da Covid-19 estão Piauí (28,9%), Distrito Federal (28%), São Paulo (26,7%), Ceará (24,8%) e Sergipe (23,7%).
Em um cenário preocupante, a Bahia viu um aumento significativo nos casos de Covid-19 em 2024. Dados recentes da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde do Estado indicam que, até o momento, foram confirmados 20.433 novos casos, com 116 óbitos registrados. No Estado, Salvador lidera o número de mortes, com 30 óbitos registrados, seguida por Feira de Santana, com 8; Vitória da Conquista, com 5; e Eunápolis, com 4. Outras cidades como Camaçari, Candeias, Alagoinhas, Angical e Euclides da Cunha também apresentaram registros, somando números significativos de falecimentos. A faixa etária mais afetada continua sendo a de pessoas com 80 anos ou mais, tanto do sexo masculino quanto feminino. De acordo com os dados, 73% das pessoas que faleceram tinham comorbidade. A taxa de letalidade na Bahia, em 2024, é de 0,57%. O crescimento de casos no estado não é uma ocorrência isolada. Em nível nacional, o Brasil registrou até agora 38.953.513 novos casos e 713.626 óbitos este ano.
Uma linhagem do vírus Sars-CoV-2 que vem se espalhando pelo mundo foi detectada no Brasil. A linhagem, chamada de XEC, que pertence à variante Omicron, foi identificada no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina. O primeiro achado foi realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras referentes a dois pacientes residentes na capital fluminense, diagnosticados com covid-19 em setembro. A identificação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que atua como referência para Sars-CoV-2 junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde e as secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro foram rapidamente informados sobre o achado. As sequências genéticas decodificadas foram depositadas na plataforma online Gisaid nos dias 26 de setembro e 7 de outubro. Depois das sequências do Rio de Janeiro, também foram depositados, por outros grupos de pesquisadores, genomas da linhagem XEC decodificados em São Paulo, a partir de amostras coletadas em agosto, e em Santa Catarina, de duas amostras coletadas em setembro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou - por unanimidade - uma instrução normativa que prevê a atualização da composição de vacinas contra a Covid-19. A medida é adotada para evitar o aumento da circulação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 pelo país. De acordo com a relatora da matéria, a diretora Meiruze Sousa Freitas, a evolução constante do tipo de coronavírus SARS-CoV-2 exige que as vacinas sejam atualizadas periodicamente para lidar com as novas variantes do vírus. “O aprendizado que tivemos com a pandemia trouxe à tona a necessidade de respostas regulatórias mais ágeis. Para reduzirmos a chance de danos, é preciso reduzirmos lacunas no arcabouço regulatório. Elas precisam ser ajustadas em tempo real para atendermos as demandas urgentes de uma crise sanitária”, argumentou Meiruze. A proposta normativa inclui a resolução da diretoria colegiada e a instrução normativa que tratam das atualizações das vacinas, estabelecendo, segundo ela, “critérios claros e eficientes para atualização das vacinas no Brasil, de forma alinhada com as diretrizes internacionais e a evolução do cenário epidemiológico”.