Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Na segunda-feira (17), os profissionais da rede municipal de ensino de Piatã, na Chapada Diamantina, saíram às ruas em uma manifestação contra a atual gestão. Com gritos de “professor na rua, prefeito, a culpa é sua” e “prefeito caloteiro, pague meu dinheiro”, a categoria reivindica o pagamento dos precatórios da educação.
Segundo apurou o site Achei Sudoeste, o cortejo com dezenas de professores circulou pelas ruas da cidade até chegar à frente da Prefeitura Municipal.
No local, a categoria também denunciou a falta de investimentos básicos nas escolas municipais.
Em comunicado, a APLB Sindicato informou que o Município recebeu neste ano mais de R$ 30 milhões referentes aos precatórios do Fundef, porém não repassou a parte que pertence por lei aos professores.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste A entidade alega ainda que os recursos não têm sido aplicados de forma adequada na rede pública de ensino.
Diretor da APLB em Piatã, Márcio Novais explicou que a manifestação reivindica perdas salarias, o não cumprimento do plano de carreira e, principalmente, o não pagamento dos direitos devidos à categoria, a exemplo dos precatórios. “Só recebemos uma única parcela dos precatórios. O prefeito tem usado esse dinheiro indevidamente em pagamento de máquinas pesadas, pavimentação asfáltica, insumos hospitalares e nós, professores, estamos sem receber”, declarou.
Caso o impasse não chegue ao fim, a classe promete realizar uma nova paralisação na cidade.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Em decisão judicial publicada na noite da última terça-feira (11), a juíza eleitoral Camila Sousa Pinto de Abreu, da 105ª Zona Eleitoral, o prefeito da cidade de Piatã, na Chapada Diamantina, Marcos Paulo Santos Azevedo (PSD), e o vice-prefeito, Ronaldo de Souza (Avante), foram condenados a cassação dos mandatos e a inelegibilidade por oito anos.
A decisão decorre da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela Coligação “Transparência e Trabalho do Povo para o Povo”.
Segundo decisão recebida pelo site Achei Sudoeste, a magistrada considerou que as provas apresentadas mostram que houve uso da máquina pública e de recursos municipais para favorecer a candidatura à reeleição.
Entre as irregularidades apontadas estão o aumento injustificado de 72% nos gastos com combustíveis, o crescimento de 542% nas despesas com festas e eventos públicos e a elevação de 53% nas contratações terceirizadas, especialmente nas áreas de limpeza e apoio à educação.
A juíza destacou ainda o uso promocional de eventos custeados com recursos municipais, a exemplo de cavalgadas, inaugurações e festas populares, em que o prefeito aparece associando sua imagem às ações da administração.
Outro ponto do processo envolve a empresa Limpetrans, contratada para serviços terceirizados.
A decisão afirma que houve favorecimento político e nepotismo nas contratações.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) também se manifestou pela procedência integral da ação.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Uma Ação Civil Pública foi proposta pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) contra o Município de Piatã, na Chapada Diamantina, com pedido de tutela de urgência. O representante ministerial aponta irregularidade no provimento de cargos públicos municipais, tendo em vista que o Município de Piatã não realiza concurso público desde 2003, mantendo um quadro funcional composto majoritariamente por servidores temporários, em clara violação ao artigo 37, inciso II, da Constituição Federal. Segundo a promotoria, verificou-se que o último concurso público municipal ocorreu há mais de 22 anos e, em abril de 2024, havia 397 servidores estatutários e 609 servidores temporários. Dados mais recentes, de fevereiro deste ano, revelavam 342 servidores temporários e 384 servidores efetivos. Entre os contratados temporariamente estão cargos de necessidade permanente, como professores, enfermeiros, técnicos de saúde e serviços gerais. Em sua decisão publicada no dia 6 de junho e recebida pelo site Achei Sudoeste, a juíza Camila Sousa Pinto de Abreu deferiu o pedido de tutela de urgência e determinou que o Município, no prazo de 60 dias, proceda a adequação normativa, encaminhando projeto de lei ao Poder Legislativo Municipal para fins de regularização das normas municipais que regulamentam a contratação temporária por excepcional interesse público. Em 180 dias, a prefeitura deverá iniciar as tratativas para realização de concurso público, com a publicação de edital para provimento de cargos vinculados à estrutura do Município. Em 24 meses, deverá proceder com a redução gradual da quantidade de funcionários contratados temporariamente para o patamar máximo correspondente a 50% dos servidores públicos efetivos para o mesmo cargo. Em caso de descumprimento das determinações, a multa diária é de R$ 10 mil, limitada a um teto de R$ 700 mil, a ser imposta pessoalmente ao prefeito.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Na Câmara de Vereadores de Piatã, na Chapada Diamantina, um projeto de lei foi colocado em votação para aumento do salário dos parlamentares, que hoje é de R$ 7 mil. A proposta foi aprovada por unanimidade e, a partir da próxima legislatura, passará a ser de R$ 9.901,00. Além do aumento do salário dos vereadores, foi aprovado também um aumento para secretários, prefeito e vice-prefeito. Todos os 11 vereadores da Câmara Municipal aprovaram o projeto.