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13/Ago/2025 - 15h30

O que é Agricultura de Precisão e como funciona no Brasil

O que é Agricultura de Precisão e como funciona no Brasil Foto: Divulgação/Pixabay

A agricultura de precisão é possível graças às novas tecnologias. Na prática, antes não dava para melhorar imagem e desta forma checar à safra com imagens via satélite. Além disso, a presença de nuvens obstruia a imagem e prejudicava o georreferenciamento. Hoje isso não acontece mais porque a Inteligência Artificial (IA) é capaz de remover e reconstruir a imagem em poucos minutos. Assim, o agricultor pode encontrar prontos de praga mesmo remotamente e solucionar problemas da safra sem que o prejuízo se alastre. Além disso, bancos e cooperativas podem auditar as colheitas remotamente. Isto é, uma linha de crédito para plantação específica, como soja, tem que ser usada para soja. Caso o agricultor use o crédito para safrinha, o banco utiliza a imagem de georreferenciamento e encontra a “gambiarra”.



O que é a Agricultura de Precisão?

A agricultura de precisão (AP) se trata de um sistema ancorado pela tecnologia com foco no cultivo rápido da lavoura. Com sensores, imagens via satélite e até plataformas ERP, o agricultor encontra possíveis melhorias, temperatura ideal e ponto de colheita. Hoje, a indústria de produção de sementes conecta genética e tecnologia ao agricultor e todos os passos são calculados da melhor forma. A AP é um reflexo dessa evolução e utiliza big data, inteligência artificial e softwares de gestão rural para agilizar todas as etapas da porteira para dentro. Ao mesmo tempo, a conectividade aproxima o agricultor da porteira para fora. Isso acontece graças às imagens de georreferenciamento. Antes, os bancos e grandes cooperativas ficavam limitados geograficamente, o que impedia a contratação de crédito. E quando havia a linha, o banco não sabia nada sobre a aplicação do investimento. Em 2025 esse tipo de cenário não se repete graças à agricultura de precisão.

Como funciona a Agricultura de Precisão

Como o próprio nome sugere, a agricultura de precisão foca na exatidão. Para isso, ela não poupa esforços em ter dados atualizados sobre a lavoura. Muitas vezes, drones e sensores são espalhados para checar as informações-chave de qualidade, como coloração da planta e qualidade da terra. Para o agricultor, sensores e drones são utilizados no dia a dia da safra, a fim de detectar pragas, doenças, áreas com pouca irrigação, entre outros exemplos. Todos esses dados são compartilhados em um software que, a partir dessas informações, prevê melhorias ou eventuais problemas. Além do uso da porteira para dentro, a porteira para fora utiliza a AP com outros objetivos, como prospecção de clientes, validação de informações e até compliance ambiental para estados e prefeituras. Os exemplos incluem:

  • Validação de plantação para bancos e linhas de crédito;
  • Prospecção de agricultores para oferta de serviços;
  • Monitoramento remoto de áreas de preservação ambiental contínua;
  • Validação de espaços elegíveis de crédito de carbono.

Antes, o emprego da agricultura de precisão era limitada ao agricultor. Hoje, as funções se expandem para outros setores que contribuem com os R$ 3,79 trilhões de potencial do setor em 2025, com base nas informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Exemplos de Agricultura de Precisão aplicada

A agricultura de precisão já faz parte da realidade de muitos agricultores e a lista de aplicações é longa. Para entender melhor o papel da AP no setor, veja os principais exemplos abaixo:

  • Drones e Sensoriamento Remoto: monitoramento por GPS, sensores e imagens via satélite que detectam pragas, doenças e estresse hídrico nas plantações;
  • Máquinas e Equipamentos Inteligentes: tratores, pulverizadores e colheitadeiras automatizados que aumentam a eficiência e reduzem erros operacionais;
  • Big Data e Inteligência Artificial: análise de dados climáticos, de solo e produtividade para prever safras, planejar cultivos e maximizar lucros;
  • Aplicativos e Softwares de Gestão Rural: plataformas que controlam finanças, estoques, produção e logística, facilitando a gestão da fazenda;
  • Biotecnologia: desenvolvimento de sementes resistentes a pragas, doenças e variações climáticas, aumentando a produtividade por hectare.

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