Nesta quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados debateu o Projeto de Lei que dispõe sobre a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (Tea) no mercado de trabalho. Em Guanambi, a Associação das Famílias das Pessoas Autistas entende a iniciativa como extremamente relevante. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário da entidade, Renan Veloso, explicou que a proposta atende não só os autistas, mas a todo público de pessoas neurodivergentes. Para Veloso, a iniciativa dará maior visibilidade para toda comunidade autista e neurodivergente. “Vemos com bons olhos porque sabemos que, muitas vezes, por conta da condição de ser autista, há muito preconceito e faltam oportunidades para que essas pessoas possam acessar o mercado de trabalho”, declarou. O secretário fez questão de esclarecer que, em muitos casos, o autismo é confundido com deficiência intelectual, o que não procede. “Sabemos que há neurodivergente que possui como comorbidade a deficiência intelectual, mas isso não significa dizer que ele é menos capaz que qualquer outro dentro da sociedade. Ele reúne todas as condições para desempenhar o seu papel social”, apontou. Veloso acredita que é possível adaptar funções conforme as necessidades de cada pessoa neurodivergente. “Toda comunidade deve ser contemplada”, defendeu. O projeto prevê uma série de dispositivos que serão inseridos para dar mais oportunidades para que esse público possa ter maior acesso ao mercado de trabalho.