De acordo com comunicado da Embasa, devido à falta de energia elétrica em uma das estações de bombeamento da Adutora do Algodão, o fornecimento de água está interrompido desde o final da tarde desta segunda-feira (03), nas sedes dos municípios de Guanambi, Candiba, Matina e Palmas de Monte Alto e nas localidades de Mutans e Pajeú do Vento, em Caetité. A Embasa já acionou a Coelba para que a energia seja restabelecida o mais breve possível e o abastecimento retomado. Enquanto isso, a empresa recomenda o uso econômico da água armazenada, evitando desperdícios e utilizações que possam ser adiadas. A completa regularização na área afetada deverá ocorrer em até 48 horas depois da retomada da energia na estação de bombeamento.
Quando falamos sobre a hidrografia da Bahia, as bacias do São Francisco e do Atlântico chamam a atenção, já que é nelas que se localizam os sistemas de drenagem do estado. Já Corrente, de Contas, Grande, Itapicuru, Jequitinhonha, Paraguaçu, Pardo e São Francisco são os principais rios da Bahia. Baseado nessas informações básicas sobre a água no estado, uma pergunta surge: afinal de contas, como a qualidade hídrica é garantida quando se trata de um espaço tão amplo? A resposta é simples: a partir da ciência! Técnicas de química analítica surgem nesse contexto, as quais vale a pena discutir. Nesse texto nós vamos explorar como a titulação química, principal método de análise da água, ajuda a melhorar a qualidade hídrica da Bahia, com foco especial na região sudoeste do estado. Ao fim, você terá uma visão diferenciada sobre os cuidados necessários para manter os recursos naturais hídricos.
1. Descobertas sobre acidez e alcalinidade dos recursos hídricos
O uso mais básico da titulação química é também o mais facilmente relacionado com a qualidade da água: a análise da acidez. Basicamente, cabe à titulação identificar as quantidades de substâncias em uma solução, a fim de garantir que as porcentagens estão de acordo com o que é saudável às pessoas. Levando em conta que a água passa por tratamentos antes de chegar aos consumidores (algo que nós vamos abordar mais uma vez em tópicos posteriores), é preciso que ela não tenha um nível de acidez elevado. Essa análise é feita a partir da utilização de aparelhos científicos com o nome de “tituladores”. Além disso, o controle da acidez e da alcalinidade é crucial para evitar danos às redes de distribuição e aos sistemas de encanamento. Uma água com níveis desequilibrados pode causar corrosão ou incrustações, comprometendo tanto a infraestrutura quanto a qualidade do recurso entregue à população.
2. Desenvolvimento de tecnologias de acesso à água tratada
Quanto mais avançadas são os recursos tecnológicos de análise e tratamento de água, mais seguros serão seus resultados. Isso significa que tituladores mais modernos, com avaliações mais ágeis e mais exatas, oferecem mais benefícios. Isso vale tanto para cuidados com água no Brasil quanto no mundo. Essas inovações tecnológicas permitem que pequenos municípios também tenham acesso a tratamentos de água eficazes, mesmo com recursos limitados. Isso é especialmente relevante para o sudoeste da Bahia, onde comunidades rurais muitas vezes dependem de soluções práticas e acessíveis para garantir que a água consumida seja de qualidade e segura.
3. Garantia de segurança nos níveis de flúor colocado na água
No primeiro item nós citamos que voltaríamos ao ponto do tratamento da água, e aqui estamos! Com o objetivo de que ela seja tratada o suficiente para ser própria ao consumo, o flúor é adicionado, o que é benéfico às pessoas. Seu consumo é absolutamente seguro nas quantidades utilizadas no país. A importância aqui está na garantia de que essas quantidades serão respeitadas, o que acontece com a análise da titulação química. Quando os percentuais de flúor são altos ou baixos demais, a água deixa de ser própria ao consumo, o que pede novos tratamentos e garante a segurança de quem a consome. Além disso, a correta dosagem de flúor ajuda a prevenir problemas de saúde pública, como a cárie dentária, sem que haja o risco de fluorose. Esse equilíbrio delicado só é possível graças à precisão das análises químicas, reforçando a relevância da titulação nos processos de saneamento.
4. Identificação de resíduos químicos prejudiciais à saúde
Para finalizar, nós temos a identificação de resíduos químicos que podem ser prejudiciais à saúde e estão presentes na água. Isso pode acontecer por inúmeros motivos, desde o tratamento inadequado até a poluição de reservas. Mais uma vez, nós temos a titulação química como uma poderosa aliada. A presença de alguns tipos de metais, mesmo que em quantidades reduzidas, pode ser suficiente para que o indivíduo consumindo fique doente ou mesmo que faleça. Imediatamente, nós conseguimos compreender o porquê de a titulação química estar ajudando a melhorar a água no sudoeste da Bahia. Outro aspecto essencial é a capacidade de identificar substâncias tóxicas provenientes de atividades industriais ou agrícolas, como pesticidas ou metais pesados. Essas análises não apenas evitam danos diretos à saúde da população, mas também ajudam a direcionar políticas públicas voltadas para a preservação dos recursos naturais.
Conclusão
Como nós podemos concluir, a situação hídrica brasileira ainda deixa a desejar em muitos aspectos, em especial em regiões distantes dos grandes centros urbanos, mas isso não significa que os esforços não existam. A partir de técnicas como a titulação, a segurança da água é garantida a todos os baianos. Ainda assim, é importante destacar que esses avanços dependem de uma constante vigilância e de investimentos em infraestrutura e pesquisa científica. A conscientização da população sobre o uso sustentável dos recursos hídricos e o apoio a iniciativas de preservação ambiental são passos fundamentais para assegurar que a água tratada continue a chegar a todas as comunidades, mesmo nas áreas mais remotas. Ao combinar a ciência com políticas públicas eficazes e tecnologia de ponta, torna-se possível não apenas melhorar a qualidade da água no sudoeste da Bahia, mas também inspirar soluções para outras regiões do Brasil. É um lembrete de que, mesmo diante de desafios significativos, a ciência e a dedicação podem transformar a realidade de muitas pessoas.
A Vara do Trabalho de Barreiras (TRT5) condenou Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) juntamente com a empresa terceirizada Celiga Manutenção Elétrica ao pagamento de R$ 200 mil reais por danos morais coletivos, na segunda-feira (13), por irregularidades trabalhistas. A ação foi movida pela procuradora Camilla Mello, após um trabalhador terceirizado sofrer queimaduras graves enquanto realizava manutenção em um poço da Embasa, localizado na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. De acordo com o MPT, o acidente expôs problemas recorrentes, como a má conservação dos equipamentos, falta de iluminação adequada, insuficiência de equipamentos de proteção individual (EPIs) e pressão excessiva por produtividade. Além da indenização por danos morais coletivos, as empresas foram condenadas a fazer a manutenção preventiva de quadros elétricos, o fornecimento de EPIs em número adequado e a supervisão rigorosa dos riscos ocupacionais. Também foi proibida a imposição de jornadas excessivas e a realização de atividades em condições inadequadas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Após reportar diretamente ao prefeito municipal os problemas de abastecimento de água vivenciados no Distrito de Itaquaraí, na zona rural de Brumado, o morador Pedro Ferreira Bernardes afirmou que o abastecimento foi regularizado na comunidade. Ao site Achei Sudoeste, Bernardes fez questão de agradecer ao prefeito Fabrício Abrantes (Avante) e ao gerente da Embasa, Arivelton Tanajura, pela resolução do problema. “Já tem água nas casas. Gostaria de agradecer ao prefeito e também a Arivelton. Que Deus ajude o novo prefeito nessa caminhada. Acho que ele vai fazer muito ainda por Brumado”, afirmou. O morador informou que o prefeito entrou em contato com a Embasa solicitando que a situação fosse verificada e resolvida de imediato. Na Embasa, a equipe lhe explicou que a água não estava chegando adequadamente em Itaquaraí por problemas na tubulação, que é insuficiente para atendimento da demanda total. Sem a assinatura da ordem de serviço da prefeitura, a qual não era liberada pelo ex-prefeito, a Embasa não tinha como executar a obra para melhorias da rede. Agora, com o atual prefeito, os moradores esperam que a ordem de serviço possa ser assinada para resolver em definitivo o desabastecimento na localidade.
Nesta quinta-feira (09), Guilherme Bonfim (PT), advogado e ex-candidato a prefeito de Brumado, esteve na região de Ubiraçaba para acompanhar de perto a retomada das obras do sistema de água da localidade. Guilherme estava acompanhado de vereadores e do gerente da Embasa, Arivelton Tanajura. “Estamos aqui fazendo aquilo que a gente gosta, trabalhando para melhorar a vida do nosso povo. É um momento importante para garantir que a tão sonhada água chegue às comunidades da região”, afirmou. As obras levarão água tratada para as localidades de Lagoa São João, Tamboril, Ubiraçaba e outras comunidades, beneficiando cerca de 350 famílias. O gerente da estatal destacou que o investimento é 100% do Governo do Estado, reforçando o compromisso com o abastecimento de água na zona rural. Bonfim agradeceu o apoio do deputado Vitor Bonfim e do governador Jerônimo Rodrigues, responsáveis pela viabilização da obra, e informou que a empresa Ambiente, vencedora da licitação, iniciará os trabalhos nos próximos 15 dias. “A ordem de serviço já foi dada e logo a população terá acesso a essa conquista tão esperada”, concluiu.
No último sábado (04), uma operação conjunta entre técnicos da Embasa e o 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) resultou na desativação de uma ligação irregular de água na zona rural de Brumado. A ligação funcionava em uma propriedade localizada às margens da BA-148, próximo à Lagoa do Arroz. Com uma vazão estimada de 360 mil litros de água por mês, a Embasa estima que o volume desviado seria suficiente para abastecer 57 casas com quatro pessoas por trinta dias. A água estava sendo utilizada para irrigação de plantações e manejo de animais na propriedade. Além disso, cerca de 100 mil litros de água bruta destinados à Estação de Tratamento de Água da Lagoa Funda também estavam sendo consumidos de forma ilegal pela tubulação fraudulenta. O proprietário da área não foi encontrado durante a ação. Ele será intimado pela Polícia Civil, que abrirá um inquérito para investigar o caso. A Embasa já formalizou uma queixa contra o mesmo.
Morador do Distrito de Itaquaraí, na zona rural de Brumado, Pedro Bernardes esteve na prefeitura municipal na manhã desta segunda-feira (06) para cobrar providências com relação ao abastecimento de água na região. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, ele relatou que a comunidade está desabastecida há cerca de 15 dias. “Passamos o Natal, o Ano Novo e até agora não caiu água em Itaquaraí. A gente precisa de água potável e não tem”, afirmou. O morador informou que a falta d’água na localidade é um problema recorrente e, há anos, a comunidade sofre com o desabastecimento. “A gente não pode nem lavar o carro”, lamentou. Bernardes disse que já realizou diversas reclamações na Embasa e chegou a conversar diretamente com o ex-prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido) sobre o problema, mas o mesmo o orientou a procurar o Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Até hoje, ninguém resolveu nada. Espero que esse novo prefeito resolva o problema”, completou. Questionado pela nossa reportagem, o prefeito Fabrício Abrantes (Avante) ressaltou que está ciente da situação e iniciará o mais breve possível a tratativa com a Embasa para solucionar as problemáticas do abastecimento e do esgotamento sanitário em Brumado. “Sabemos da importância dessa tratativa e do diálogo com a Embasa. Iniciei agora a gestão, mas já estamos programando uma reunião com o órgão para que possamos lutar para melhorar não só o abastecimento de água em todo nosso município, mas também para discutirmos a pauta do esgotamento sanitário”, declarou.
Na Rua Otávio da Silva Leite, no Bairro São José, em Brumado, os moradores estão há mais de uma semana sem água nas torneiras. Ao site Achei Sudoeste, Vânio Gomes disse que não tem mais uma gota d'água em casa e cobrou da Embasa uma posição acerca do desabastecimento na localidade. “Precisamos de uma posição sobre se vai normalizar, quando vai normalizar, porque a água é essencial para a vida. Estamos em uma situação crítica”, afirmou. Até o momento, segundo Gomes, a única resposta da empresa é que está faltando água na região, sem maiores explicações ou previsões. Vânio contou que tem tomado banho no trabalho e se virado em casa com as tarefas do dia a dia com a esposa e o filho. “Esta é a primeira vez que ficamos tanto tempo sem água. Agora, estamos zerados. É difícil”, frisou. No extremo calor registrado nos últimos dias na cidade, o morador cobrou o retorno da água às torneiras. “Vamos pedir para o Papai Noel”, brincou.
Nesta terça-feira (17), a Embasa realizará uma manutenção programada na estação de tratamento de água e os trabalhos resultarão na suspensão do fornecimento em Livramento de Nossa Senhora. A interrupção começará às 8h, com previsão de conclusão dos serviços no início da tarde do mesmo dia, quando o abastecimento começará a ser retomado. A normalização completa do sistema ocorre gradualmente, podendo levar até 24 horas para alcançar todos os imóveis, principalmente nas áreas mais elevadas. A Embasa recomenda que os moradores façam uso econômico da água armazenada, evitando desperdícios e adiando usos não essenciais até que o fornecimento seja completamente restabelecido. Para mais informações, os residentes podem entrar em contato com a Embasa pelo telefone 0800 0555 195 ou pelo WhatsApp (71) 99717-0999.
Moradores do Loteamento Vivina Araújo Lima, no Apertado Morro, em Brumado, lutam há 8 anos pela instalação de uma rede de água e esgoto na localidade. Ao site Achei Sudoeste, a moradora Larissa Késia disse que, apesar dos constantes apelos, a prefeitura, a Embasa e o dono do loteamento jogam a responsabilidade um para o outro e nenhuma providência é tomada. “Fica essa briga e ninguém assume nada”, apontou. Segundo Késia, acerca de 150 metros, existe um ponto de água e não há dificuldade para instalação no loteamento. “Estão criando muita burocracia e também estão de má vontade. Não querem pegar essa responsabilidade”, acrescentou.
Sem água encanada, os moradores buscam o bem essencial em um terreno de um vizinho há quase 200 metros de distância para realizar as atividades do dia a dia. “A gente paga a taxa da água pra ele pra não ficarmos usando de graça porque é gasto”, afirmou. O morador Gabriel Lima contou que chegou a procurar a prefeitura, mas não obteve sucesso em sua solicitação. “Fui conversar pessoalmente com o secretário de infraestrutura e ele colocou mil e um porém. Uma ladainha”, finalizou.
Nesta segunda-feira (02), o deputado estadual Vitor Bonfim (PV) se reuniu com o presidente da Embasa, Leonardo Góes, para discutir demandas relacionadas ao abastecimento de água e saneamento básico nos municípios de Brumado, Caetité, Mansidão e Santana. Acompanhado do seu irmão, Guilherme Bonfim (PT), ex-candidato a prefeito de Brumado, o parlamentar defendeu a urgência de investimentos e ações estratégicas que possam atender às necessidades das comunidades. Durante a reunião, foram apresentadas propostas para ampliar a cobertura de água potável e melhorar a infraestrutura de saneamento básico. O presidente da Embasa, Leonardo Góes, reafirmou o empenho do órgão em fortalecer parcerias com lideranças políticas e prefeituras, buscando atender às demandas apresentadas de forma efetiva. “Estamos avançando no diálogo para garantir soluções que beneficiem os cidadãos baianos”, afirmou.
Já ultrapassa 22 dias o desabastecimento de água no Distrito de Maniaçu, na zona rural de Caetité. Ao site Achei Sudoeste, Manoel Matheus, chefe do escritório regional da Embasa, explicou que a defasagem no sistema de abastecimento de água de Caetité e Maniaçu ocorreu devido a sucessivas falhas no fornecimento de energia elétrica, as quais foram registradas na última semana. “Isso não é perceptível, muitas vezes, para população porque a energia falta nas nossas estações de bombeamento. Quando isso acontece, mesmo que na cidade tenha energia, ficamos impossibilitados de bombear água para cá”, afirmou. Durante o período, diante das inúmeras falhas, Manoel explicou que a tubulação de água desalinhou e o repreenchimento dos tubos aconteceu de forma gradativa. “Não podemos fazer isso de forma acelerada, sob pena de causar um mal maior. Poderiam acontecer quebramentos, o que tardaria mais ainda a recuperação do abastecimento”, justificou. No momento, o processo de regularização do abastecimento nas localidades atingidas com a defasagem é de cerca de 80%. Por conta das constantes quedas de energia, problema raiz para descontinuidade do fornecimento de água, a Embasa notificou a concessionária de energia, porém ainda não obteve uma resposta.
Uma força tarefa realizada entre o 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e a Embasa continua fiscalizando o furto de água na região de Brumado. Trata-se de um trabalho contínuo para regularização e qualidade do serviço. Ao site Achei Sudoeste, Manoel Matheus, chefe do escritório regional da Embasa, informou que, na última semana, uma vazão de 13 mil litros por hora foi recuperada diante da identificação dos furtos de água. “Recuperamos uma vazão que, ao longo de 21 horas de bombeamento, seriam 277 mil litros, o que poderia abastecer 500 ligações. Estava nos gatos de 7 imóveis”, apontou. Um boletim de ocorrência foi registrado pela Embasa para punição dos responsáveis.
Devido às últimas chuvas registradas na região, a Barragem de Cristalândia, em Brumado, voltou a transbordar. De acordo com a Embasa, oO volume de água ultrapassou a capacidade da barragem, que é de 17 milhões de litros. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, esta é a segunda vez que o açude sangrou este ano, já que a primeira foi no último dia 29 de janeiro. O reservatório abastece as cidades de Brumado, Malhada de Pedras e comunidades rurais de Tanhaçu. O transbordamento trouxe alívio aos três municípios. A sangria aconteceu nesta segunda-feira (25).
Os moradores do distrito de Maniaçu, em Caetité, se uniram na manhã deste domingo (24), em um protesto indignado contra a Embasa, responsável pelo abastecimento de água na região. O descontentamento é justificado: já são 22 dias sem água nas torneiras, uma situação que tem impactado gravemente a vida cotidiana de crianças, idosos e famílias inteiras. Os populares estavam com caixa d’água e baldes vazios. “Se nós pagamos nossas contas em dia, a gente quer respeito. Aqui tem crianças, idosos, mães e pais de família. Já esperamos as 72 horas prometidas, mas até agora não temos água. Tem gente sem ter como lavar as roupas de seus bebês recém-nascidos e idosos acamados sem o mínimo necessário para viver com dignidade”, desabafou uma moradora em um vídeo que viralizou nas redes sociais. Segundo os manifestantes, a falta de água tem sido recorrente desde que a Embasa assumiu a concessão no distrito. Apesar das promessas de regularização, a população afirma que a única água que chega às casas é a da chuva, insuficiente para atender às necessidades básicas. Os moradores cobram uma intervenção urgente da Prefeitura e pedem ações concretas para garantir o direito ao acesso à água. Até a publicação desta matéria, a Embasa não se manifestou sobre o caso.
Uma tubulação da rede de água da Embasa se rompeu na madrugada deste domingo (24), por volta das 2h, na Avenida Juscelino Kubitschek, no bairro Novo Horizonte, em Guanambi. De acordo com moradores, o rompimento faz a água jorrar a mais de 4 metros. Até o momento, a Embasa não esteve no local para resolver o problema. Moradores informaram ainda que se formou um pequeno rio de mais de 800 metros até desaguar em uma parte mais baixa. Já na Avenida Prisco Viana, um hidrômetro também está vazando água.
Morador da Rua Osvaldo Cruz, no centro da cidade de Brumado, Mariano Meira, em contato com o site Achei Sudoeste, relatou que está sem abastecimento de água da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) há mais de 20 dias. De acordo com ele, a água que chega na rede é fraca e não tem força para subir para encher os reservatórios. “É melhor acionar a Embasa na justiça”, garantiu. Os problemas no abastecimento de água seguem em vários bairros do município, o que têm gerado revolta dos consumidores. Apesar das constantes queixas da comunidade, a Embasa sempre justifica algum tipo de problema para a irregularidade, não solucionando em definitivo a questão da falta d’água. “O talão sempre chega. A gente reclama, reclama, mas não resolve”, apontou uma moradora do bairro Malhada Branca.
Há três meses, a comunidade do Tabuleiro, na zona rural de Livramento de Nossa Senhora, está sem abastecimento de água. Segundo a Rádio Portal Sudoeste, uma dona de casa denunciou a falta de água potável para consumo humano na localidade. De acordo com a moradora, apesar das constantes reclamações, a Embasa não soluciona o problema. “A gente já foi lá, já reclamou e até agora não resolveu nada. Nós não temos água pra nada. E todo mês a conta chega e não é barato não. Estamos buscando água em outra comunidade pra podermos beber”, relatou. A situação está tão insustentável que os moradores estão parando os carros-pipas que levam água para outras comunidades para pedir socorro. A Embasa ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto, mas adiantou que irá verificar a situação com o setor de operação.
O fornecimento de água está interrompido nesta terça-feira (22), nos Bairros São Jorge, Esmeralda, São Félix, Malhada Branca e Irmã Dulce e nas localidades rurais Pompeia, Pebas, Volta do Rio, Covas da Mandioca, Cachoeira, Tocassu, Queimada Grande, Arrasta Pé, Fazenda Nova, Lapinha, Boa Vista, Lagoa do Julião, Distrito de Vila Presidente Vargas e presídio, em Brumado, bem como toda a sede e localidades rurais de Malhada de Pedras. De acordo com a Embasa, a interrupção se deve à falta de energia elétrica na estação de tratamento de Brumado. Assim que a energia retornar, será possível regularizar a operação do sistema. A Embasa frisou que a regularização da água ocorre de forma gradativa, devendo ser completada em até 48 horas após a retomada da energia. Por isso, até a completa normalização da situação, a população deve usar a água de forma criteriosa, evitando todas as formas de desperdício.
Moradores do Bairro Malhada Branca, em Brumado, estão há mais de uma semana sem água e passando dificuldades para realizar as atividades do dia a dia. Grávida de 9 meses, Laís Ramos falou ao site Achei Sudoeste que tem contado com a ajuda dos vizinhos diante da falta de abastecimento no bairro. “Temos que clamar por um vizinho que tem uma caixa d’água maior para fornecer um balde de água pra gente”, relatou. Quando a água cai, Ramos disse que a vazão é muito baixa e não atende a demanda dos moradores. Apesar das constantes queixas da comunidade, a Embasa sempre justifica algum tipo de problema para a irregularidade, não solucionando em definitivo a questão da falta d’água. “O talão sempre chega. Paguei até R$ 80 sem nem ter usado direito. A gente reclama, reclama, mas não resolve. Já chegamos a ficar quase 10 dias sem água”, apontou.
Em Brumado, moradores do bairro Santa Tereza estão há cerca de 15 dias sem água devido a problemas no abastecimento da região. Ao site Achei Sudoeste, Fernanda da Rocha relatou que a falta d’água é recorrente. “A gente abre a torneira e, simplesmente, não cai uma gota de água. Precisamos de água para as necessidades do dia a dia. Aqui tem crianças, idosos. Pagamos a conta em dia, tudo certinho, e nossa rua não é abastecida”, afirmou. Rocha disse que, apesar das constantes ligações para a Embasa, a empresa não dá explicações para os moradores. “Eles desligam a ligação na cara da gente. Estamos a Deus dará. Não temos água pra fazer o almoço, tomar banho... tenho ido pra casa da minha mãe no Olhos D’água”, completou. Em nota, a gerência do escritório local da Embasa informou que foi identificado um vazamento próximo ao bairro, o qual está prejudicando o abastecimento em algumas ruas da localidade. Outro agravante seria os vários furtos de água que ocorrem nas imediações da adutora da Barragem de Cristalândia para irrigar lavouras, principalmente nas comunidades de Gamelerinha e Queimada Grande. Ainda de acordo com a empresa, mesmo com as denúncias registradas, os criminosos continuam a desviar água devido o senso de impunidade.
Durante uma visita à comunidade de Marquinhos, em Brumado, onde as obras da segunda etapa do sistema de abastecimento de água de Ubiraçaba tiveram início, o gerente regional da Embasa, Manuel Mateus, reafirmou que o projeto está sendo realizado com 100% dos recursos próprios do Governo do Estado, através da Embasa. As informações são da assessoria do candidato a prefeito Guilherme Bonfim (PT). A obra, que atende a um pedido de Bonfim, é uma importante conquista para a comunidade, solucionando problemas de abastecimento e garantindo acesso à água de qualidade. Mateus destacou a relevância do projeto e o compromisso da Embasa com a conclusão da obra. “Essa é uma obra 100% realizada pela Embasa, com recursos do Governo do Estado. Nosso maquinário, nossos caminhões, nosso pessoal dando toda a força, trazendo esse importante empreendimento. Essa é a segunda etapa de uma primeira, que foi também a implantação da adutora de Samambaia”, destacou. A conclusão da segunda etapa do sistema de abastecimento é aguardada com grande expectativa pelos moradores de Ubiraçaba e adjacências.
Para realizar manutenção programada na área de captação do sistema de água, o fornecimento será interrompido nesta quinta-feira (19), na sede municipal de Livramento de Nossa Senhora e nas localidades de Itanagé, Monte Oliveira e Várzea. A previsão é que o serviço seja concluído no final da tarde, com retorno gradativo do abastecimento para as áreas afetadas. Como as tubulações e reservatórios precisam ser enchidos novamente, a completa regularização do serviço deve ocorrer nas 24 horas seguintes. Até que a situação seja normalizada, a Embasa recomenda que a população utilize de forma econômica a água armazenada nos imóveis, evitando usos que possam ser adiados e todas as formas de desperdício.
Uma motociclista ficou ferida após perder o controle da direção e cair em um buraco sem sinalização na cidade de Guanambi. Segundo informou a Superintendência Municipal de Trânsito (SMTran) ao site Achei Sudoeste, o acidente foi registrado nesta sexta-feira (13), por volta das 6h30. Segundo informações, o buraco foi deixado na via pública por uma empresa que presta serviço para a Embasa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e conduziu a vítima para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h). Ela apresentava ferimentos em uma das pernas e passou por exames de imagem. De acordo com a SMTran, foi constatado uma fratura. Após o acidente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura realizou a manutenção no trecho.
Com o apoio da Polícia Civil, a Embasa está investigando denúncias de furtos de água na região de Livramento de Nossa Senhora. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Manoel Matheus, gerente do escritório regional da Embasa, relatou que a empresa tem feito um amplo trabalho para mapear e localizar essas irregularidades. “Temos hoje mapeadas todas as ligações de água da Embasa na região através de geoprocessamento. A gente sabe o volume de água que está sendo entregue em cada região. Com isso, comparamos esse dado com o número de reclamações”, afirmou. Diante desse cruzamento de informações, é possível identificar a ocorrência de algum tipo de problema, sejam vazamentos ou o próprio furto de água. Segundo o gerente, na zona rural de Livramento, diversos “gatos” de água foram localizados e retirados. Só na semana passada, as fraudes localizadas e suspensas dariam para regularizar o abastecimento de, no mínimo, 150 pessoas. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar e punir os responsáveis. O Ministério Público também será acionado. Matheus disse que o desvio de água para outras finalidades, como irrigação, prejudica aqueles que necessitam da água para beber e sanar necessidades básicas. Os responsáveis podem ser multados e responder criminalmente. A situação também se estende para Brumado, onde, no ano passado, a Embasa retirou fraudes suficientes para abastecer uma cidade do porte de Malhada de Pedras.