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OMS recomenda uso de lenacapavir para prevenir infeção por HIV Foto: Divulgação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta segunda-feira (14) o uso do medicamento lenacapavir, um antirretroviral de ação prolongada, para prevenir a infecção pelo HIV. As informações são da Agência Brasil. Segundo a OMS, trata-se de uma decisão histórica que “pode ajudar a reformular a resposta global ao HIV”. Em comunicado com novas orientações, a OMS informa que o medicamento lenacapavir “oferece uma alternativa altamente eficaz e de ação prolongada aos comprimidos orais diários e outras opções de ação mais curta” se for administrado na forma de injetável a cada seis meses. Com apenas duas doses por ano, “representa um passo transformador na proteção das pessoas em risco" de infecção pelo HIV, particularmente as que "enfrentam desafios com a adesão diária, o estigma ou o acesso a cuidados de saúde”, acrescenta a organização da ONU. Embora não haja uma vacina contra o vírus, o fármaco lenacapavir “é a segunda melhor coisa”, de acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Um antirretroviral de ação prolongada que demonstrou em ensaios prevenir quase todas as infecções por VIH entre as pessoas em risco”, justificou, citado no comunicado, destacando o empenho da OMS para “trabalhar com países e parceiros para garantir que esta inovação chegue às comunidades da forma mais rápida e segura possível”. De acordo com a OMS, as novas orientações surgem em um “momento crítico”, uma vez que “os esforços de prevenção estão estagnados”, com 1,3 milhão de novos casos registrados em 2024. A organização da Nações Unidas para Saúde estima que, no final de 2024, havia no mundo 40,8 milhões de pessoas com Aids sendo que 65% viviam na África. Nesse ano, cerca de 630 mil pessoas morreram no mundo de causas relacionadas com a infecção.

Variante do HIV é detectada na Bahia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul Foto: Divulgação

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, na sexta-feira (16). Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países. De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa. Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos. Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

Ministério da Saúde distribui novo medicamento para pacientes com HIV Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde informou ter concluído a distribuição de 5,6 milhões de comprimidos de um novo medicamento para o tratamento de pacientes com aids ou HIV. O remédio foi repassado a estados e ao Distrito Federal.   O medicamento une em um único comprimido dois antirretrovirais: dolutegravir e lamivudina. “Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária”, diz nota publicada pela pasta. De acordo com o ministério, a terapia de dois comprimidos para um será feita de forma gradual e contínua para pacientes com idade igual ou acima de 50 anos, adesão regular, carga viral menor que 50 cópias/ml no último exame e que iniciou a terapia dupla (dois comprimidos) até o dia 30 de novembro de 2023. “Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede”, informa. Entre 2017 e 2021, a doença provocou a morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil.  

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