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Fortes chuvas alagam Entre Rios e mais de mil pessoas foram atingidas Foto: Reprodução/G1

A cidade de Entre Rios, é atingida por fortes chuvas há pelo menos 12 dias. Mais de 100 famílias foram afetadas pelos temporais, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec). Neste sábado (27), o distrito de Subaúma tem diversas ruas alagadas. De acordo com o G1, o município está sob decreto de situação de emergência desde o dia 19 de maio. A Sudec detalhou que 50 pessoas estão em abrigos, em uma escola municipal, uma Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e uma casa que foi alugada para amparar a população. A previsão é de que o número aumente com a chuva deste sábado. O Corpo de Bombeiros também está na cidade. Durante esta manhã, a superintendência encaminhou colchões e cerca de três toneladas de alimentos para Entre Rios. As estradas de acesso e saída de Subaúma foram obstruídas por uma lama densa, que começou a ser removida pela prefeitura, com o uso de retroescavadeiras. A técnica em saúde bucal Kaila da Conceição, que é moradora do distrito, relatou as condições das estradas. “Estamos passando por uma situação muito difícil, é a segunda cheia que tem aqui em Subaúma, segundo alagamento. Só temos uma entrada, que foi interditada por barro. Em caso extremo, de uma emergência, não temos como sair de Subaúma”. A prefeitura iniciou uma busca para identificar se há mais pessoas em situação de vulnerabilidade social provocada pela chuva.

Entre Rios: Jovem passa por três cirurgias e não pode segurar a filha depois de violência obstétrica Foto: Reprodução/Correio

Com 3,8 quilos e 51 centímetros, Marina nasceu ao som dos gritos do médico e do silêncio da mãe cortada por bisturi. Munidos de revolta, os avós dela denunciaram na delegacia as condições do parto. O dia do nascimento da bebê perdura – não pelas razões esperadas. Um ano e cinco meses depois, Kaila, a mãe dela, passou pela terceira cirurgia para reparar a violência marcada no corpo. Não pode nem carregar a filha, com 12 quilos a mais. No dia 4 de fevereiro de 2021, Kaila Conceição, 22 anos, foi obrigada a parir, em um Hospital Municipal Edgar Santos, em Entre Rios. Para que a filha de Kaila nascesse, o médico Mário Olímpio Pereira Neto cortou (sem autorização da gestante) o canal entre seu ânus e a vagina, subiu sobre sua barriga (manobra de Kristeller), gritou e cravou nela sequelas físicas e psíquicas. O nome do horror vivido por Kaila é violência obstétrica e o caso rendeu denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Eu tinha minha saúde ótima. Sai de casa para parir, algo tão normal todo dia, e pegar um irresponsável desse, que quase me matou. Foi uma situação muito pesada, nenhuma mulher merece”, conta Kaila. A violência cometida por Mário Olímpio, atualmente alvo de um processo ético disciplina do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), obrigou Kaila a retornar três vezes a um centro cirúrgico. Uma dessas cirurgias, a de colostomia, tem a mesma idade que a filha – um ano e cinco meses. É o procedimento mais marcante para a jovem mãe, pelo simbolismo das datas. A colostomia consiste na exteriorização de uma parte do intestino grosso, o cólon, para eliminação de fezes/gases. No parto, um buraco foi aberto entre a bexiga e vagina de Kaila e as fezes escapavam pelo canal vaginal dela, o que exigiu a bolsa de colostomia.  Depois, vieram a reconstrução do trânsito intestinal e, há duas semanas, a reparação do cólon, em Salvador, a 132 Km de casa. A configuração familiar, inclusive, foi também modificada pela violência obstétrica. Kaila deixou de trabalhar e a mãe dela passou a viver constantemente na casa da filha para auxiliar a ela, o genro e a neta. As informações são do jornal Correio.

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