Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Um levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) aponta que os municípios baianos de Jaguarari, Itagibá, Caetité, Jacobina, Brumado, Maracas, Barrocas e Sento Sé são os que mais têm se destacado no segmento de mineração. Nestas cidades, os principais bens minerais produzidos são: ouro, cobre, vanádio, níquel, urânio e ferro.
Como único produtor nacional de vanádio e urânio, a Bahia está nas primeiras posições na produção de uma lista de 18 riquezas naturais, como níquel, sal-gema, diamante, quartzito, entre outros. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em 2024 eram 29.336 títulos minerários no estado, sendo 1.604 títulos de lavra, com pesquisa de mais de 85 substâncias minerais.
Dados da Companhia Baiana de Produção Mineral (CBPM) também revelam que a Bahia é o primeiro estado brasileiro em diversidade mineral, com produção de 47 substâncias minerais. Neste cenário, a empresa pública destaca que a mineração está presente em 48% dos municípios baianos.
O IBRAM reconhece a diversidade de recursos naturais, os expressivos investimentos, a expansão da produção e o reconhecimento da vocação mineral da Bahia apontam para um futuro promissor. “De fato, o estado possui importantes recursos e reservas minerais, como ouro, ferro, cobre, vanádio, diamantes, urânio, níquel, entre outros. Essa riqueza em recursos naturais é uma base sólida para o crescimento da indústria da mineração, com mais de 200 municípios registrando produção de minérios”, completa a entidade.
“O estado possui 200 municípios com atividade mineral, reunindo 473 produtores e 47 bens minerais diferentes. Entre os principais polos estão Jacobina (ouro), Itagibá (níquel), Jaguarari e Juazeiro (cobre), Brumado (talco e magnesita), Maracás (vanádio, ferro e titânio), Santaluz (cromita e ouro) e Andorinha (cromita), além de Dias d’Ávila e Alagoinhas (água mineral e agregados)”, detalha o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A Bahia é o terceiro maior produtor de minerais do Brasil, ficando atrás apenas de Minas Gerais e do Pará. Representando 5% da produção mineral nacional, o estado se sobressai como o principal produtor na região Nordeste do país, desempenhando um papel vital na indústria mineral brasileira, de acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). A diversidade da atividade mineral no estado abrange extração, beneficiamento e transformação de minerais metálicos e não metálicos, além de produtos químicos. Este setor contribui com 13,4% do Valor de Transformação Industrial do estado. A Bahia é responsável pela extração de cerca de 50 substâncias diferentes, incluindo minerais como cromo, salgema, grafita, magnesita, talco, bentonita, quartzo, rochas ornamentais, pedras preciosas e ouro. No campo do beneficiamento e transformação, o estado se destaca pela produção de produtos como catodos, vergalhões e fios de cobre, ouro em barra, ferroligas, concentrado de urânio (yellowcake), óxido de magnésio, dióxido de titânio e pentóxido de vanádio. Além disso, a indústria baiana também se destaca na produção de mármores, granitos, cerâmica vermelha, cimento, artefatos de cimento, pré-moldados de concreto, cal e gesso, assim como fertilizantes e corretivos agrícolas, cloro, soda cáustica e bicarbonato de sódio. No primeiro semestre deste ano, os principais municípios arrecadadores foram Jacobina, Jaguarari, Itagibá, Juazeiro, Andorinha, Barrocas, Santa Luz, Brumado, Sento Sé, Maracás, Curaçá, Caetité, Dias D’ávila e Vera Cruz, com uma arrecadação total de R$ 17.836.937,36.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O município baiano de Brumado se destacou entre os principais municípios com 29% de participação na Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) seguido por Jacobina, com 27 % e Caetité, com 12%, em fevereiro de 2022. As informações constam do Sumário Mineral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), de fevereiro deste ano. “O estado da Bahia vem se destacando cada vez mais na produção mineral no Brasil. Com a conclusão da Fiol com certeza iremos aumentar nossa capacidade de produção pois teremos um importante meio logístico para escoar nossa produção mineral. E claro, com o aumento da produção, aumenta a arrecadação dos municípios que atuam na mineração baiana. E essas arrecadações se convertem em melhorias na qualidade de vida do povo local”, ressalta o titular em exercício da SDE, Paulo Guimarães. De janeiro a fevereiro de 2022. o saldo na balança comercial de bens minerais é de U$ 170 milhões nas exportações e U$ 120 milhões nas importações. Atualmente os três principais bens minerais exportados, como o Ouro, o Níquel e o Vanádio. Já os importados são o Cobre, o Boratos e o Enxofre. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), atualmente, a Bahia tem em estoque 16,1 mil empregos formais na extração de minerais metálicos, não metálicos e atividades de apoio (exceto Petróleo e Gás).