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35 ônibus e 1 trem são incendiados após morte de miliciano no Rio de Janeiro Foto: Reprodução/G1

A morte de um miliciano provocou um caos na Zona Oeste do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (23). As informações são do G1. Ao menos 35 ônibus e 1 trem foram queimados a mando de criminosos na região, no que já é o dia com mais coletivos incendiados na história da cidade, segundo o Rio Ônibus. Entre os ônibus queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento. Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho. Pelo menos 12 suspeitos de ataques a ônibus foram levados para a 35ª DP (Campo Grande). Passageiros tiveram que deixar alguns dos coletivos às pressas momentos antes dos criminosos atearem fogo aos ônibus. No Recreio, uma usuária do BRT chega a cair de cara ao deixar o ônibus. Em nota a Supervia informou que um trem que saía de Santa Cruz sentido Central às 18h04, foi abordado por bandidos nas proximidades da estação de Tancredo Neves. O maquinista foi obrigado pelos bandidos a abrir a porta, a descer da composição e teve que retornar à estação. O Corpo de Bombeiros disse que foi acionado para 36 incêndios em veículos. Seis ocorrências seguiam em aberto até a última atualização desta reportagem. Cerca de 200 militares de 15 quartéis foram acionados para o trabalho de combate às chamas.

Médico baiano executado no Rio teria sido confundido com miliciano Foto: Reprodução/Jornal o Globo

Uma das possibilidades investigadas pela polícia para a execução dos médicos no Rio de Janeiro é a semelhança física entre o baiano Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26. Segundo o jornal O Globo, Perseu tem peso, altura, cabelo e barba parecidos com Taillon, que costumava frequentar o local onde ocorreu o crime. Taillon de Alcântara Pereira Barbosa é apontado pelo Ministério Público do Rio como integrante de uma quadrilha que atua em regiões da Zona Oeste da cidade. Em dezembro de 2020, ele teve a prisão preventiva decretada pelo crime de organização criminosa. O miliciano mora na Avenida Lúcio Costa, na mesma avenida onde os médicos foram assassinados. Seu apartamento fica a 750 metros do quiosque onde aconteceu o crime. Além de Perseu, outros dois médicos, Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35, foram mortos. Um quarto médico foi alvejado. Daniel Sonnewend Proença, 33, que está internado em estado grave no Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Rio de Janeiro vai pagar R$ 5 mil para policial a cada fuzil apreendido Foto: Divulgação/PM

O governo do Rio de Janeiro criou uma premiação de R$ 5 mil para cada fuzil apreendido por policial civil ou militar. O decreto foi publicado na edição desta segunda-feira (21) do Diário Oficial do estado. De acordo com a Agência Brasil, o pagamento será devido ao policial que “no exercício de suas funções ou em razão delas, seja responsável pela apreensão de arma de fogo do tipo fuzil sem registro e/ou autorização legal de porte, com ou sem a prisão em flagrante ou a apreensão do adolescente em conflito com a lei em cuja posse estiver o objeto apreendido”, define o decreto. Cada fuzil apreendido será periciado, e só serão recompensados os que estiverem funcionando. Apesar de o decreto já estar valendo, as secretarias de Polícia Civil e de Polícia Militar terão até 60 dias para publicar procedimentos internos que façam valer a premiação. O valor pago aos policiais deverá sair do orçamento das próprias secretarias. Segundo o decreto, a premiação pode ser paga também a policiais que apreenderem o armamento mesmo quando estiverem de folga. O policial que estiver afastado disciplinarmente das funções ficará impedido de ser contemplado com a premiação, enquanto durar o seu afastamento. Nos casos em que mais de um policial tenha sido responsável diretamente pela apreensão, o valor da premiação deverá ser rateado. A contabilização e pagamento das premiações serão feitos ao fim de cada semestre. “Com essa premiação, pretendemos reduzir ainda mais o poder bélico dos criminosos. Fuzil é arma de guerra, quanto mais tirarmos das mãos dos bandidos, menos será necessário que nossos policiais civis e militares usem”, disse o governador Cláudio Castro. Segundos dados o Instituto de Segurança Pública, órgão do governo do estado, 366 fuzis foram apreendidos no primeiro semestre deste ano – uma média de dois por dia. Um crescimento de 64% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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