Responsável por preparar a merenda escolar no município de Ituaçu, na Chapada Diamantina, Kátia Maria Silva, 57 anos, entrou em contato com o site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar para denunciar que estaria sendo vítima de perseguição na cidade. Silva contou que o secretário municipal de educação não aceita atestado médico. “A gente precisa ir ao médico na cidade vizinha de Vitória da Conquista. Pega o atestado de 1 dia por causa do deslocamento e ele não aceita. Está me dando falta”, relatou.
Diabética e portadora da síndrome do intestino irritado, ela disse que perdeu 15 quilos e quase veio a óbito devido à gravidade do seu estado de saúde. “Até uma água que eu bebia me dava diarreia, a barriga estufava, eu fiquei ruim mesmo, bastante debilitada”, completou.
Neste ano, para conseguir fazer o acompanhamento médico adequado, ela necessita se ausentar do serviço com a devida apresentação posterior do atestado, porém o secretário não aceita o documento e desconta os dias em que ela falta para ir aos especialistas. “Fui no ginecologista, na nutricionista, na gastro, fiz endoscopia, mas ele não aceitou e me deu falta. É só colocar o atestado que ele me dá falta e ainda exige o CID. A gente coloca o CID se quiser porque pela lei não é obrigatório. Mas, mesmo com o CID, ele não aceita”, criticou.
Segundo Silva, a situação tem acontecido com outros profissionais vinculados à pasta, demonstrando o perfil ditatorial do secretário. Sem representação sindical, a servidora cobra apoio para que o problema na educação possa ser solucionado, visto que o seu salário está sendo descontado de forma ilegal. “É desrespeitoso”, finalizou. Procurada, a gestão municipal ainda não se pronunciou sobre o caso.