A partir de 1º de julho, os bebês de 12 meses receberão a vacina meningocócica ACWY como dose de reforço para a meningocócica C. Isso significa que, além do meningococo C, eles ficarão protegidos contra outros três sorotipos da bactéria (A, W e Y), o que previnirá casos de meningite bacteriana e infecção generalizada no sangue, a meningococcemia. Somente este ano, o Brasil já registrou 361 casos de meningite causada por meningococos, com 61 mortes. “No Brasil, o sorogrupo que mais preocupa, além do C, é o W. A gente observou aumentos de incidência importantes, principalmente nos estados do Sul do país, recentemente. Então, essa mudança representa uma ampliação da proteção contra sorogrupos que são um risco, principalmente para as crianças”, explica a diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo. O Sistema Único de Saúde já oferece o imunizante ACWY nas unidades básicas de saúde, mas atualmente a vacina é aplicada dos 11 aos 14 anos. Já os bebês recebem três doses da vacina meningocócica C: duas doses aos 3 e aos 6 meses de idade, e o reforço, aos 12 meses. Apenas a dose de reforço será modificada. As crianças que já receberam três doses da meningo C não precisam receber a dose de reforço com a ACWY no momento. Mas aquelas não foram vacinadas aos 12 meses podem completar o esquema com a nova vacina, antes de completar 5 anos. Na nota técnica que comunica a mudança na estratégia de vacinação, o Ministério da Saúde reforça “a efevidade e o impacto desses imunobiológicos no Brasil, com redução na incidência da doença meningocócica, em pessoas vacinadas e não vacinadas”. No entanto, diz a nota, “a ocorrência das meningites bacterianas ainda é um fator de preocupação, especialmente as causadas pela Neisseria meningidis (meningococo)e pelo Streptococcus pneumoniae (pneumococo)”. A mudança, ainda de acordo com a pasta, dá continuidade ao enfrentamento das meningites, conforme as Diretrizes para Enfrentamento da doença, propostas pelo Brasil dentro do roteiro global da Organização Mundial da Saúde. O SUS também oferece vacinas contra outros dois agentes infecciosos que podem causar meningite, o pneumococo e o Haemophilus influenzae.
Com apenas 4 anos, Gustavo de Jesus Rocha deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) de Caetité, na manhã desta segunda-feira (16), com sintomas graves, incluindo paralisia no corpo. O relatório médico indica suspeita de meningite, uma condição que pode evoluir rapidamente e levar a sequelas permanentes ou até mesmo ao óbito se não tratada adequadamente. O nome da criança foi colocado na lista de regulação do estado e o menino aguarda agora uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Desesperada, a família pede às autoridades de saúde que a transferência seja autorizada com urgência, dada a gravidade do estado de saúde da criança. O aumento de casos de meningite na Bahia é preocupante. Em 2024, o estado registrou 446 casos confirmados, um crescimento de 141% em relação a 2020. Na semana passada, a cidade de Guanambi também registrou outro caso da doença.
Um estudante da rede privada de ensino foi diagnosticado com meningite meningocócica em Guanambi. Em nota divulgada nesta terça-feira (03), a Secretaria de Saúde do município confirmou o caso. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário Edmilson Júnior informou que, no dia 02/06, a pasta recebeu, via Núcleo Regional de Saúde, a comunicação de que uma criança de 10 anos estava internada em um hospital da capital com a doença. Júnior destacou que a meningocócica é uma das formas mais graves de meningite. Considerada um problema de saúde pública pelo potencial de disseminação, a doença é de identificação compulsória. “Desde o dia 02/06, fizemos um grupo de operação para que a gente pudesse centralizar as informações. Estamos monitorando e fazendo a investigação de todos os contatos próximos do paciente, conforme protocolo do Ministério da Saúde”, afirmou. Segundo o secretário, alguns desses pacientes estão fazendo o uso da profilaxia recomendada nesses casos. O objetivo é evitar a disseminação da doença no território. Os principais sintomas da meningite são febre alta súbita, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, vômitos persistentes, manchas vermelhas ou roxas na pele, confusão mental e sonolência excessiva. No caso de aparecimento destes, deve-se procurar a unidade de saúde para avaliação. A transmissão acontece por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva ou tosse, especialmente em situações de contato próximo. A prevenção se dá através da vacinação, que deve ser mantida atualizada. Apesar do pânico inicial causado pela confirmação da doença, o secretário disse que a população deve apenas se manter alerta. “Devemos nos manter atentos ao surgimento dos sinais e sintomas dentro da nossa casa e na vizinhança. Não considero uma situação de pânico. Temos que manter a racionalidade e ficar alertas”, frisou. Sobre o estado da criança diagnosticada com meningite, Júnior detalhou que a mesma tem se recuperado bem.
A Secretaria de Saúde de Guanambi confirmou um caso de meningite meningocócica em um estudante da rede privada de ensino. Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (03), a pasta informou que o paciente está internado em um hospital da capital para tratamento especializado. Imediatamente após a confirmação do caso, a Vigilância Epidemiológica iniciou as ações de controle e prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde. A medida inclui a identificação e monitoramento de contatos próximos do estudante, como colegas de sala, professores e amigos íntimos, que poderão receber tratamento preventivo com antibióticos. Outras ações adotadas incluem reforço na limpeza e ventilação dos ambientes escolares, verificação da situação vacinal de alunos e funcionários e a divulgação de orientações à comunidade escolar. A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana grave, transmitida por secreções respiratórias, como gotículas de saliva ou tosse, especialmente em situações de contato próximo. Os principais sintomas da doença são febre alta súbita, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, vômitos persistentes, manchas vermelhas ou roxas na pele, confusão mental e sonolência excessiva.
A meningite continua sendo uma preocupação de saúde pública na Bahia. Somente em 2025, já foram registrados 49 casos da doença, com seis óbitos confirmados, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). No ano passado, o estado contabilizou 446 casos, dos quais 115 foram do tipo bacteriana — considerado o mais grave. Em 2024, a meningite foi responsável por 24 mortes em território baiano. Salvador lidera o ranking de registros, com 152 ocorrências. Em seguida vêm Feira de Santana, com 17 casos, e Vitória da Conquista, com 16, refletindo a predominância nas maiores cidades baianas. Entre os sintomas mais comuns estão dor de cabeça, febre, vômitos e rigidez na nuca. O diagnóstico é feito por meio da análise do líquor, o líquido que envolve o sistema nervoso central. O tratamento varia conforme o tipo da doença: enquanto as formas virais exigem apenas hidratação e medicamentos para alívio dos sintomas, os casos bacterianos requerem o uso de antibióticos venosos e, em alguns casos, corticoides. A boa notícia é que a maioria das bactérias responsáveis pela doença pode ser prevenida com vacinas oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estão disponíveis as vacinas Pentavalente (que protege contra o Haemophilus influenzae tipo B), Pneumocócica 10-valente, 13-valente e 23-valente, além das meningocócicas C e ACWY. Na rede privada, também há vacinas adicionais, como a Pneumocócica 20-valente e a Meningocócica tipo B.
Uma doença que traz uma alta taxa de mortalidade e sequelas como surdez, danos ao sistema nervoso e até perda dos movimentos, a meningite é um risco. Na Bahia, de janeiro a agosto foram registrados 251 casos da doença, sendo 106 bacteriana e 55 viral. 48 óbitos ocorreram devido a doença, segundo informou a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). De acordo com o Tribuna da Bahia, o mais recente caso confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) foi uma paciente de 24 anos, residente do município de Alagoinhas. Ela foi positivada com meningite bacteriana. Em 2022, os números registrados do mesmo período citado tiveram semelhanças, foram 253 casos da doença, dois a mais que em 2023 e o número de óbitos foi igual. Os sintomas da doença acabam podendo ser confundidos com outras doenças. Febre alta, dor de cabeça e dor na nuca são os principais sintomas.
Durante os últimos meses, a alta dos casos de meningite no país se tornou um alerta. Até o meio de outubro deste ano, segundo a SINAN-Net, 309 pessoas tiveram a contaminação da doença confirmada no estado baiano, 50 já perderam a vida. De acordo com a infectologista Jacy Andrade, que é professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a meningite é uma infecção que atinge o sistema nervoso central e, no geral, costuma apresentar entre os sintomas mais comuns: febre, dor de cabeça e vômito, mas a depender da faixa etária esses sinais de possível contaminação podem ser diferentes e incluir sonolência em idosos e falta de apetite nas crianças. A especialista ressalta que a causa da doença pode estar ligada a vários agentes, como vírus e bactérias, e que a prevenção inclui principalmente as vacinas básicas recomendadas. “É super importante que o adulto, o adolescente, a criança e o idoso estejam com o calendário vacinal atualizado (...). Dependendo do tipo de meningite, as pessoas que têm contato muito próximo com quem tem meningite, às vezes a gente tem a indicação de fazer a medicação profilática. Outras maneiras é, se a pessoa está com um quadro respiratório, é ventilar o ambiente, evitar o contato direto e fazer a higiene porque habitualmente esses microorganismos são transferidos”, destaca. O diagnóstico da doença é feito de forma clínica e laboratorial a depender do tipo da doença. A profissional salienta que caso se sinta febril, com dor de cabeça e vômito, com sintomas evoluindo por mais de 12h ou 24h, é essencial buscar um médico e reforça que a automedicação é contra indicada porque pode mascarar a doença e adiar o diagnóstico. O tratamento depende do tipo de meningite. Dentre os tipos bacterianos registradas no estado, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informa que foram identificados 9 casos de Doença Meningocócica, com 2 óbitos; 38 casos de meningites pneumocócica, com 12 óbitos; 3 casos de Meningites por Haemophilus, sem registro de óbitos; e 12 casos de meningite tuberculosa, também sem óbitos. Foram também confirmados 73 casos de meningites virais, com 5 óbitos.