Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Na última semana, o município de Malhada de Pedras recebeu um grupo de militares do Exército Brasileiro e representantes da empresa Perenne para realização de uma capacitação junto aos produtores rurais.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Lucas Ataíde, secretário municipal de agricultura e recursos hídricos, explicou que a proposta consiste na promoção de um treinamento para manutenção e operação do sistema de dessalinizadores na cidade. “Os militares são da 9ª região Militar, que fica na divisa com a Bolívia, e eles vieram aprender um pouco com a gente no Sertão Baiano”, detalhou.
Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste Ataíde afirmou que, como a Perenne possui grandes equipamentos montados na região, a empresa procurou a Prefeitura de Malhada de Pedras para o curso e, prontamente, o Município aceitou a proposta. “Foi um momento de grande troca de informações, em que os militares conheceram o Projeto Cisternas e como operar na prática o sistema de dessalinizadores. Aprendemos tudo sobre o manejo dos equipamentos. Foi um momento único”, completou.
Representantes da zona rural também participaram do treinamento. O sistema de dessalinizadores, que purifica totalmente a água, já está em operação no município. Ataíde destacou que a água proveniente dos dessalinizadores é mais pura que a água mineral, sendo integralmente própria para consumo. “É uma água de qualidade que está disponível para consumo”, conscientizou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O município de Dom Basílio vive um período delicado no que se refere ao abastecimento de água.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Josemar Chaves, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), afirmou que o momento é crítico. “Temos dois mananciais que abastecem a cidade: um é o sistema de barragens de Pastinho, que se encontra esgotado; e o outro é o sistema da Barragem Luiz Vieira, que está atendendo ao município. Este passa por um período crítico, com 23 milhões de m³”, detalhou.
Operando bem abaixo de sua capacidade, a Barragem Luiz Vieira - que abastece Rio de Contas, Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio - tem conseguido suprir as necessidades da população de forma limitada.
Segundo Chaves, com a proximidade do volume morto (abaixo dos 20 milhões de m³), a água do reservatório tem sido liberada apenas para “irrigação de salvação”, ou seja, diminuiu-se consideravelmente o número de irrigações, sendo dispensado apenas quantitativo suficiente para manter a produção agrícola em níveis mínimos. Apesar da manobra, muitas lavouras já se perderam na cidade com a redução na irrigação.
Diante da gravidade da situação, o diretor informou que a cidade está em fase de racionamento de água. “Estamos abastecendo as comunidades a cada 5, 6 dias, em algumas localidades até 8 dias. Pedimos à população conscientização no consumo de água para ver se conseguimos chegar no período chuvoso para superamos essa crise”, alertou.
Casos as previsões de chuvas não se concretizem, Josemar apontou que o racionamento será mantido em condições mais rigorosas. “Cada vez está ficando mais difícil e precisamos atravessar esse momento juntos, fazendo o uso racional da água”, afirmou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Assim como outras cidades do semiárido baiano, Macaúbas enfrenta uma grave crise hídrica.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Delcione Oliveira, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), disse que, neste ano, a situação de escassez de água se agravou ainda mais em virtude da seca atípica que assola toda região. +
O Saae pediu o apoio da população para economia de água, tendo em vista as condições críticas da barragem localizada no Distrito de Santa Terezinha. “A barragem está praticamente seca. Nunca tinha chegado a esse ponto desde a sua construção”, afirmou.
O reservatório, de médio porte, abastece quase 1 mil ligações de água, além de centenas de irrigações e carros pipa para atendimento aos moradores de todo entorno.
O diretor explicou que o pedido de racionamento também se estende a várias comunidades rurais, que, de igual modo, têm enfrentado grandes problemas no que se refere ao abastecimento de água. “Esse comunicado foi direcionado para o Distrito de Santa Terezinha, mas vale para todo município, inclusive a cidade de Macaúbas”, esclareceu.
Na sede, conforme informou, a água já tem sido distribuída em regime de rodízio: em alguns bairros, o líquido tem caído de dois em dois dias. Delcione frisou que o Saae conta com a colaboração da população no sentido de usar a água de forma consciente.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Macaúbas está investindo em diversas ações para enfrentamento à seca nas comunidades rurais. Mesmo banhado por duas bacias hidrográficas importantes - a Bacia do Rio Paramirim e a Bacia do Santo Onofre, o município vivencia dificuldades com relação ao desabastecimento.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito Aloísio Rebonato (MDB) explicou que o problema se deve à falta de chuvas em volume suficiente. “A última chuva que tivemos aqui foi no mês de fevereiro. Já se passaram 8 meses. Não sabemos quando virá uma chuva que nos dê segurança hídrica”, afirmou.
Para tentar minimizar os efeitos da seca, o gestor destacou que a gestão tem providenciado a limpeza de lagoas e barramentos e a recuperação e construção de corpos hídricos.
Os investimentos não eram realizados há quase 20 anos. “Não é admissível morar no semiárido e investir tão pouco em estrutura hídrica, sobretudo em pequenos barramentos. Precisamos ter a consciência de que toda limpeza de barragem, por menor que seja, é importante porque garante segurança hídrica”, ressaltou.
Hoje, diversas comunidades rurais e centenas de moradores são afetados pela estiagem prolongada na zona rural do município.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Paramirim, assim como os demais municípios da região, também vive um período difícil com relação à seca. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito João Ricardo disse que, felizmente, uma boa parte de Paramirim é abastecida com água encanada, quer seja da Embasa ou do próprio município através de poços artesianos.
Mesmo assim, os efeitos da estiagem prolongada são visíveis, principalmente na pecuária, onde é registrada uma escassez de água e alimentos para os animais. “Isso tem gerado uma preocupação porque representa crise e envolve renda de uma camada da população que já é bem prejudicada no que diz respeito ao aspecto financeiro”, afirmou.
Diante da problemática, o gestor salientou que a administração tem adotado medidas para mitigar os efeitos da seca e auxiliar no enfrentamento e convivência com a seca. Por meio da Secretaria de Agricultura, o Município tem disponibilizado carros pipa para abastecimento das comunidades mais afetadas. Para o final deste mês de outubro, as previsões apontam a possibilidade de precipitações na região.
Caso estas não se concretizem e as chuvas não cheguem, o prefeito avaliou que a gravidade da seca exigirá do poder público mais ações e emprego de recursos. “Já estamos preparando um decreto de emergência para contar também com o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal, especialmente trabalhando com a possibilidade de as chuvas não virem. Só o município, certamente, não irá resistir”, ressaltou.
Com capacidade de armazenamento em 40%, Paramirim ainda não pensa em racionamento. Essa hipótese, segundo o prefeito, será real se as chuvas não ocorrerem neste final de ano.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A seca continua castigando a cidade de Malhada de Pedras. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Lucas Ataíde, secretário municipal de recursos hídricos, disse que a situação só se agravou no município nos últimos meses. “Só percebemos agravamento. Não tivemos precipitações suficientes para repor os mananciais hídricos. Tivemos apenas chuvinhas bem localizadas, insuficientes para repor a necessidade adequada”, detalhou.
Ataíde apontou que o aumento da temperatura e a baixa umidade relativa do ar também favorecem a ampliação dos efeitos da estiagem em Malhada de Pedras. As pastagens naturais e plantadas estão bastante degradadas na região rural. Apesar do cenário preocupante, a secretaria não notificou nenhum caso de morte de animais em virtude da seca na cidade.
Segundo Ataíde, diversas políticas públicas estão sendo implementadas para enfrentamento à estiagem prolongada. Além disso, os produtores rurais estão passando por um processo de conscientização para armazenamento de forragens e para lidar com as dificuldades provenientes do problema no semiárido. “Tudo isso vem dando subsídio para que nessa época os produtores possam oferecer, pelo menos, uma alimentação de manutenção para os rebanhos”, completou.
Com 50% da população vivendo no meio rural, o município tem se desdobrado para atender as comunidades. O secretário explicou que são feitos dois tipos de atendimentos na zona rural: a Operação Pipa Federal e a Operação Pipa Municipal. Aliado a isso, a prefeitura está perfurando mais poços artesianos e adquirindo mais mangueiras para ampliação de adutoras em algumas localidades. A previsão aponta que há possibilidade real de chuvas no mês de novembro.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste Publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e assinado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), o Decreto nº 24.026, de 30 de setembro de 2025, homologa o Decreto Municipal de Situação de Emergência na cidade de Cordeiros pelo prazo de 180 dias. O decreto considera os danos decorrentes da estiagem que tem afetado as atividades econômicas e atingido a população do município, bem como as informações prestadas pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil.
Por meio do documento, o Estado poderá atuar para preservar o bem-estar da população e, nesse sentido, adotar as medidas que se fizerem necessárias. O decreto de homologação entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 22 de setembro de 2025, e vigerá pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da aludida data.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta terça-feira (30), a Prefeitura de Brumado publicou no Diário Oficial o Decreto nº 171/2025, que declara situação de emergência no município devido à estiagem que afeta diversas comunidades rurais. O documento autoriza a mobilização de órgãos municipais, a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação para auxiliar as famílias atingidas.
Também permite desapropriações, uso de propriedades em caso de risco e dispensa de licitação para serviços e aquisições emergenciais. A medida, assinada pelo prefeito Fabrício Abrantes (Avante), tem validade de 180 dias. O documenta considera o desabastecimento de água em várias localidades. A situação foi classificada como de média intensidade (Nível II), superando a capacidade de resposta do poder público municipal e exigindo o apoio dos governos estadual e federal.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (19), a situação de emergência por conta da estiagem nas cidades de Vitória da Conquista e Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia. As portarias com os reconhecimentos foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em Livramento de Nossa Senhora, produtores de manga vivem um momento de grande apreensão diante da seca e do aumento das tarifas de exportação. Combinadas, as duas situações colocam em risco a produção da fruta, referência no município. Os produtores alegam que a estiagem reduziu drasticamente os níveis de água disponíveis para irrigação. Para se ter uma ideia, o reservatório que abastece a população e os pomares opera com menos de 30% de sua capacidade. Além disso, o aumento das tarifas de exportação eleva os custos para levar a manga de Livramento de Nossa Senhora aos mercados internacionais. Ambos os fatores comprometem o consumo humano, para o setor agrícola e a competitividade da fruta. Vale salientar que a economia da cidade está fundamentada na fruticultura, sendo esta uma das principais fontes de renda de Livramento de Nossa Senhora. Diante dos riscos, a produção da próxima safra está ameaçada.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste A cidade de Bom Jesus da Serra vive um momento crítico em virtude da seca e do desabastecimento hídrico. Para articular medidas e traçar estratégias para minimizar o problema, o prefeito Welton Andrade (PSD) participou da reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região, que aconteceu em Brumado nesta segunda-feira (25). Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor destacou que a necessidade de interação dos municípios com a Defesa Civil Estadual e Nacional é real frente à crise da seca vivenciada no interior. Localizada no semiárido, Bom Jesus da Serra não está sendo assistida pela Operação Carro Pipa, do Governo Federal. Andrade afirmou que a situação é grave e o Município tem atendido as comunidades rurais mais atingidas com sete caminhões pipa, viabilizados com recursos próprios. “70% da nossa população é da zona rural e isso dificulta bastante. Quando tínhamos o apoio da Operação Carro Pipa, do Exército, disponibilizávamos 8 caminhões, que dava suporte e integrava a frota do município”, declarou. Segundo apontou, as demandas são diárias e a prefeitura tem trabalhado com diversas ações, na medida do possível, para minimizar os impactos da estiagem prolongada. Diante do cenário, Welton acredita que a mobilização dos municípios em parceria é uma forma de convergir forças e buscar apoio das esferas estadual e federal para enfrentamento à seca. “Deveria haver políticas mais efetivas nesse sentido. Que esse nosso grito seja ouvido para que tenhamos um suporte melhor e que as políticas sejam discutidas de dentro pra fora”, cobrou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O prefeito da cidade de Pindaí, João Veiga (PP), marcou presença na reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região, sediada em Brumado nesta segunda-feira (25). Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor defendeu que os municípios da região necessitam de ações imediatas e concretas diante do atual cenário de calamidade hídrica. “Precisamos diminuir a burocracia. Os municípios precisam de uma atenção direta, sem precisar passar pelo Exército ou por situações em que ficamos subordinados. Queremos ações imediatas”, cobrou. Em Pindaí, quase 500 residências na zona rural não possuem cisternas, as quais auxiliariam nesse período crítico. Sem assistência direta do governo do estado, o prefeito intercedeu em prol da realização de medidas preventivas. “Precisamos de mais apoio e concretização direta para os municípios. Precisamos avançar mais para combater a seca, construir mais barragens e sistemas de água... São programas e projetos que precisam ser mais priorizados”, reforçou. Com quase 15 mil habitantes, Pindaí é composta por 60% de população rural e 40% de população urbana.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta segunda-feira (25), o prefeito da cidade de Brumado, Fabrício Abrantes (Avante), recepcionou gestores do sudoeste baiano, diretores da Defesa Civil Estadual e demais autoridades em uma reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Abrantes destacou que o encontro é um passo importante para tratar de programas e ações que auxiliem os municípios a combater e conviver com essa dura realidade, que é a seca. “Foram faladas várias atividades e ações aqui. O município de Brumado já vem trabalhando efetivamente nesse combate, fazendo alargamento de estradas, melhorias e patrolamentos para que os munícipes do interior possam ter mobilidade e acesso aos caminhões pipa para melhorar o abastecimento de água”, declarou. Além disso, o prefeito citou a abertura de cacimbas, limpeza de aguadas e perfuração de poços artesianos como parte das ações desenvolvidas pela atual gestão no enfrentamento à seca. Na reunião, a Defesa Civil Estadual informou sobre a existência de mais de 30 programas do Governo Federal que os municípios podem aderir para melhorar as condições de abastecimento nas comunidades mais atingidas. Prefeito de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, Wilson do Café (PSD) enalteceu a iniciativa da reunião em socorro aos municípios nesse período de estiagem prolongada. Para o gestor, é fundamental que os municípios sejam conduzidos nesse enfrentamento com o apoio do Governo do Estado.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta segunda-feira (25), os diretores da Defesa Civil de Brumado e Malhada de Pedras participaram da reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região sudoeste, que aconteceu em Brumado. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Lucas Ataíde, diretor da Defesa Civil de Malhada de Pedras, destacou que a ação é bastante relevante, visto que reúne todas as representações de Defesa Civil, nacional, estadual e municipal, para discutir e traçar estratégias de prevenção e combate à seca na Bahia. “Queremos viabilizar da melhor forma o atendimento público rural com a Operação Carro Pipa”, salientou. A cidade possui 50% da população afetada pela estiagem prolongada. Pensando nesse cenário, o diretor cobrou medidas mais emergenciais, as quais permitam a captação de recursos hídricos. “Nossa região está passando por um período de escassez hídrica extenso, que vai entrar para história como um dos maiores períodos de estiagem da região. Já temos o exaurimento dos mananciais superficiais. A única fonte de água potável na zona rural tem sido a Operação Carro Pipa Federal”, relatou. Diretor da Defesa Civil em Brumado, Simão Dutra também defendeu a criação de políticas públicas permanentes para convivência com a seca, entre as quais a limpeza de mananciais e de aguadas públicas e a abertura de poços artesianos. “São uma série de ações que devem ser feitas de forma preventiva para evitar o colapso da falta de água. O atendimento do carro pipa é emergencial e temos que nos prevenir com outras ações”, apontou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta segunda-feira (25), uma reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região sudoeste foi realizada em Brumado com a presença de prefeitos, diretores da Defesa Civil Estadual, representantes da Operação Carro Pipa, do Governo Federal, e demais autoridades. Representando a Defesa Civil da Bahia, Osnir Bonfim destacou que, diante das mudanças climáticas em todo mundo e do aumento dos desastres naturais, a reunião busca trabalhar com os gestores públicos a ideia da prevenção e da integração. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Bonfim disse que é fundamental atuar em conjunto, integrando-se os esforços para obtenção dos melhores resultados. “Temos que usar a nossa inteligência, trabalhar juntos, buscando planejar melhor, fazer ações que, de fato, redundem em resultados efetivos para as comunidades no semiárido baiano, especialmente aquelas famílias que mais precisam”, declarou. Segundo Osnir, a Defesa Civil Estadual, em conjunto com cada Município, está buscando soluções concretas com esse encontro de hoje, dentre as quais inclui-se o fortalecimento das coordenadorias municipais e a atuação preventiva destas. “É melhor investir em prevenção do que em resposta”, defendeu. Nesse aspecto, o representante acredita que o Governo da Bahia está no caminho certo, estabelecendo as diretrizes e competências das coordenadorias e políticas estaduais de defesa civil para trilhar as ações de forma correta, com assertividade. “Temos que criar propostas diferentes para obtermos resultados diferentes. Sermos eficazes o suficiente para implementar ações integradas de uma boa governança. O Governo da Bahia está trabalhando nessas ações junto com os municípios”, salientou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesta segunda-feira (18), foi realizada na cidade de Brumado uma reunião de alinhamento estratégico para enfrentamento à seca na região. Prefeitos do sudoeste baiano, diretores da Defesa Civil Estadual, representantes da Operação Carro Pipa, do Governo Federal, e demais autoridades participaram do encontro. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Flávio Gouveia, coordenador nacional da Operação Carro Pipa, salientou que essa ação de integração entre as Defesas Civis, nacional, estadual e municipal, é muito importante para fortalecimento das instituições e capacitação dos agentes municipais de Defesa Civil. Segundo Gouveia, esses agentes são quem, de fato, conhecem e enfrentam no dia a dia o problema da seca nas comunidades. Durante o evento, o coordenador falou sobre a Operação Carro Pipa e a sua atuação para enfrentamento à realidade da seca que assola a Bahia. “A operação é uma ação de assistência humanitária do Governo Federal, complementar, para enfrentamento à seca e estiagem. Hoje, ela é responsável por transportar água no semiárido e beneficiar as famílias com 20 litros de água potável ao dia para cozimento e hidratação”, informou, esclarecendo que se trata de uma operação emergencial.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Nesse ponto, Gouveia lembrou que existem outras políticas públicas complementares à Operação Carro Pipa para melhoria da qualidade de vida da população nesse período de seca. “A Operação Carro Pipa é extremamente importante, mas temos outras políticas complementares que podem ser solicitadas para minimizar a falta de água no semiárido e os seus impactos”, pontuou. Para além do enfrentamento, ele ressaltou que é importante os entes municipais traçarem estratégias para convivência com a seca, visto que ela faz parte da vida do sertanejo. “Não é mais um estado de anormalidade, já é normalidade conviver com a seca, a estiagem e a falta de recursos hídricos. O que a gente tem que fazer é nos capacitar e buscar informações”, apontou.
Foto: Luiz Carlos Cardoso/Focado em Você O prefeito da cidade de Paramirim, João Ricardo, falou ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar sobre as atuais condições da Barragem do Zabumbão e a crise hídrica na Bacia do Paramirim. O gestor destacou que Paramirim e todos os demais municípios da região estão enfrentando um grande desafio: que é a convivência com a seca em um período de grande estiagem. Nos dois últimos anos, ele informou que os índices de chuva foram muito reduzidos na região e isso tem refletido negativamente no enfrentamento à seca nos dias de hoje. Com capacidade de 61 milhões de m³ de água, a Barragem do Zabumbão armazena atualmente apenas 25 milhões de m³, o equivalente a 41% de sua capacidade total. “Isso já é um nível bem abaixo do que se espera para essa época do ano e que nos acende um sinal de alerta”, afirmou. O barramento é responsável por abastecer oito municípios da Bacia do Paramirim, ou seja, cerca de 200 mil habitantes. O prefeito prevê que, se a região registrar pelo terceiro ano consecutivo baixa incidência no volume de chuvas, a Bacia do Paramirim poderá enfrentar uma situação de colapso. “É bem preocupante”, avaliou. No auge das chuvas do ano passado, o Zabumbão conseguiu atingir 60% de sua capacidade. “Estamos dependendo de um bom ano de chuva para fazer o reabastecimento do reservatório. Se atingirmos os 7 milhões de m³, que é a cota de risco, aí sim alguns usos poderão ser suspensos e objeto de racionamento. São medidas paliativas para que o consumo seja reduzido”, ressaltou. Diante da gravidade da situação, Ricardo cobrou o uso racional da água para que não seja necessário decretar medidas mais radicais.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Desde o início do ano, cidade de Malhada de Pedras vive em situação de calamidade hídrica. De lá para cá, a situação se agravou, visto que não foram registradas chuvas em quantidade suficiente para amenizar o problema da seca. A informação foi passada ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar pelo secretário municipal de recursos hídricos, Lucas Ataíde. “Nossa situação é preocupante. Segundo as previsões, a possibilidade de chuva só a partir de novembro”, destacou. Segundo o secretário, a atual gestão tem criado estratégias para o enfrentamento à seca, como a contratação de mais máquinas para perfuração e manutenção de poços artesianos. Estes têm sido a única fonte hídrica para a dessedentação animal e os afazeres domésticos na zona rural. Além disso, Ataíde informou que a Operação Pipa tem se mantido de forma ininterrupta. Ao todo, 4 caminhões fazem a distribuição de água nas comunidades mais atingidas. Como estratégia de enfrentamento à seca, o Município também entregou 769 sacos de milho para os produtores rurais. Lucas explicou que se trata de uma medida emergencial para auxiliar o produtor nesse momento difícil, haja vista que foi identificado um exaurimento significativo das pastagens naturais e cultivadas. “Estamos numa força tarefa atualmente”, apontou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, na sexta-feira (15), a situação de emergência em Malhada de Pedras devido a estiagem. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura já pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Decreto Municipal nº 124/2025 foi publicado no Diário Oficial de Dom Basílio. Nele, o prefeito Fernando Silva Santos (PSD) decretou situação de emergência na zona rural do município em virtude da estiagem. A declaração autoriza a municipalidade a captar recursos financeiros e materiais junto aos diversos órgãos do Governo Federal e Estadual para amenizar os prejuízos do considerável período de estiagem severa. Fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem, sob a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, nas ações de resposta à escassez hídrica e reabilitação do cenário. O decreto leva em consideração que não houve recargas suficientes nos açudes das localidades atendidas pela operação pipa e que o Município não dispõe de recursos próprios para arcar com a ajuda necessária.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Em publicação no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (24), o município de Livramento de Nossa Senhora teve a situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A medida permite que a prefeitura acesse recursos federais para enfrentar os impactos causados pela estiagem prolongada. Entre as ações emergenciais que poderão ser financiadas estão a distribuição de cestas básicas, fornecimento de água potável, refeições para trabalhadores e voluntários, além de kits de higiene pessoal, limpeza e dormitório. Em caso de enfrentar situação semelhante, o município deve encaminhar um plano de trabalho por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) a fim de obter o apoio federal. A partir da análise técnica das demandas e metas propostas, a Defesa Civil avalia os valores solicitados e libera os recursos necessários.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta segunda-feira (21), a situação de emergência nas cidades de Tanhaçu, Piripá, Boquira e Anagé que enfrentam a seca, período de ausência de chuva mais prolongado do que a estiagem. Agora, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste A seca se agravou na cidade de Malhada de Pedras e a prefeitura tem se mobilizado para ampliar as ações de convivência com a estiagem prolongada. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o prefeito Beto de Preto Neto (PSD) informou que, com as aguadas e os poços secando, os recursos estão sendo priorizados para esse combate à seca. Prova disso é que o Município alugou uma máquina para perfuração e limpeza de poços artesianos na zona rural. Além disso, foram adquiridos 20 mil metros de mangueira para o abastecimento de água nas localidades mais atingidas. A Operação Carro Pipa segue em andamento com o aumento da demanda. No momento, o prefeito está em Salvador para uma reunião hoje com a presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), deputada Ivana Bastos, e outras audiências ao longo da próxima semana, inclusive com o governador. A pauta é viabilizar ações e estratégias para atender as famílias afetadas pela crise hídrica. “Estamos cuidando de vidas”, declarou.
Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste Na última terça-feira (08), a Prefeitura de Boquira decretou situação de emergência em virtude da seca que atinge o município. O Decreto Municipal nº 293/2025 reconhece os prejuízos provocados pela estiagem, especialmente para comunidade rural. A medida foi tomada com base na Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade 1.4.1.1.0) e na Portaria nº 260/2022, do Ministério do Desenvolvimento Regional. O cenário crítico de escassez de chuvas reduziu drasticamente o volume dos reservatórios utilizados na zona rural, comprometendo a produção agrícola, a dessedentação animal e o abastecimento humano. A maior parte dos moradores afetados são agricultores familiares, que enfrentam perdas de lavouras, pastagens e rebanhos. O município autorizou a mobilização de todos os órgãos da administração pública, sob coordenação da Comissão Municipal de Defesa Civil, para ações emergenciais de assistência e reabilitação. Também está permitida a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação. O decreto tem validade de 180 dias.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O presidente da Câmara de Vereadores de Brumado, Rubens Araújo (PP), esteve presente na reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural (CDR) junto aos presidentes e líderes de associações rurais para debater o enfrentamento à seca no município. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Araújo destacou que, dos 15 vereadores que compõem a atual legislatura, 8 possuem raízes no meio rural e, por isso, a participação do legislativo no apoio ao homem do campo tem sido bastante efetiva. “Estamos dando a nossa parcela de contribuição, estamos envolvidos no movimento e, de forma indireta, temos ajudado, inclusive com a devolução de recursos públicos que fizemos no início do mês de junho, de R$ 2.100.000”, afirmou. O presidente detalhou que pediu ao prefeito que o recurso seja utilizado em parte para atendimento das demandas do homem do campo, entre as quais a limpeza das aguadas públicas, a recuperação das estradas vicinais e a construção de passagens molhadas. “Temos esse compromisso. Meu vínculo é muito forte com o meio rural”, assegurou.