Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
serasa
fechar

Jovens entre 26 e 40 anos são a segunda faixa mais endividada do Brasil Foto: Freepik

Se engana quem pensa que dívidas são ‘privilégios’ de pais e mães de família ou trabalhadores que parcelaram a casa própria. Hoje em dia, os endividados estão por toda parte e por qualquer faixa etária: com as facilidades de crédito apresentadas cotidianamente em propagandas e redes sociais, além das falsas promessas de recursos financeiros de forma fácil, muitos jovens nascidos a partir de 1995 – os chamados Geração Z – já tem uma carteira negativada e muitas preocupações financeiras. É o que mostra o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, feito pela Serasa. A pesquisa aponta que pessoas com idade entre 26 e 40 anos são a segunda faixa etária mais inadimplente do país. Os boomers, ou seja, aquelas pessoas nascidas entre 1945 e 1960, estão no topo dos mais endividados na pesquisa. Com todos os olhares voltados para a geração Z, que representa o futuro do mercado de trabalho e de consumo, existe uma preocupação para que eles comecem a vida financeira de forma sustentável. Mas, de acordo com o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, feito pela Serasa, a geração Z é a segunda mais endividada do país, representando 34,1%. Muito dessa situação de endividamento da geração Z, por exemplo, se explica não só nas falsas promessas de dinheiro fácil que se vê por aí, mas também pelas mudanças pós-pandemia. Passado o caos vivido pela Covid19, quem estava no início da vida adulta se viu de frente de uma realidade ainda mais complicada para sobreviver e conseguir emprego. Diminuiu-se o poder de compra, impactando nas contas dos jovens e do país. Contudo, os números apontam que a situação é pior para quem já trabalha há mais anos: em primeiro lugar no endividamento estão os baby boomers, com idades entre 41 e 60 anos, com 35,1%. A diferença mínima no número de endividados entre a geração Z e a Boomer é preocupante. Afinal, os boomers, são aqueles que hoje podem chegar aos 80 anos. Podem ter suas dívidas, mas também menos tempo de vida. Tem filhos, alguns casas próprias e pessoas com quem podem contar. Ao contrário dos geração Z. Fato é que a inadimplência e nomes negativados impactam fortemente na economia. As informações são do Tribuna da Bahia.

Endividamento das famílias brasileiras cai para 78,5% em julho Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O nível de endividamento dos consumidores caiu na passagem de junho para julho, atingindo 78,5% das famílias brasileiras, uma redução de 0,3 ponto percentual (p.p.). As informações são da Agência Brasil. É o primeiro recuo no indicador desde fevereiro. No entanto, ainda está acima do primeiro trimestre de 2024, quando terminou em 78,1%. Na comparação anual também fica em nível superior a julho de 2023 (78,1%). Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (1º) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em fevereiro, quando o indicador teve queda pela última vez, o recuo foi de 78,1% para 77,9%. O levantamento é feito com 18 mil famílias de todo o país. São levadas em conta dívidas com cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa. Em uma análise por faixa de renda, o levantamento mostra que quanto menor o poder aquisitivo, maior o endividamento. Entre as famílias com renda de até três salários mínimos, 81% estão com dívidas. O índice passa para 79,6% entre os consumidores que têm de três a cinco salários mínimos. Para famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos, o endividamento alcança 76,7%. O menor nível é para as famílias com perfil acima de dez salários mínimos, 69,8%.

41% da população baiana está inadimplente, revela pesquisa Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Mais de 72 milhões de brasileiros estão com o nome sujo, de acordo com um estudo realizado pela Serasa. na Bahia, de acordo com levantamento divulgado pelo Serasa, 41% da população está inadimplente atualmente.  Diante desse número de endividados, é importante que a população comece a aplicar regras de organização e educação financeira no dia a dia, de maneira a evitar o acúmulo de dívidas e a possível negativação do nome.   Quem fica com o nome sujo enfrenta uma série de obstáculos junto às instituições financeiras, como a dificuldade de obter empréstimos, financiamento e acesso a linhas de crédito. Além disso, muitos bancos não aceitam a abertura de conta corrente por parte de pessoas endividadas.   

Inadimplência atinge 1 em cada 4 pequenos negócios no Brasil, aponta Sebrae Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A saúde financeira dos pequenos negócios piorou entre novembro de 2023 e março de 2024. As informações são da CNN. De acordo com um levantamento do Sebrae, 25% das micro e pequenas empresas sofrem com a inadimplência atualmente, ante 23% na pesquisa anterior. A pesquisa revela que entre as empresas inadimplentes, cerca de 30% de suas despesas são destinadas a dívidas em atraso. O problema é ainda mais profundo para os Microempreendedores Individuais (MEIs). O levantamento do Sebrae revela que 26% da categoria sofre com a inadimplência. No caso dos MEIs, o peso das dívidas salta, representando cerca de 63% das despesas totais. O levantamento expõe um cenário de dificuldades para as micro e pequenas empresas brasileiras. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, esses dados reforçam a importância do programa de renegociação de dívidas para empresas. “Graças a essa medida [o Desenrola Brasil] tivemos uma retomada do consumo e o consequente aquecimento da economia. Agora, com o novo programa para as micro e pequenas empresas, teremos a chance de oferecer um apoio crucial para os empreendedores”, defende Lima. No final de abril, o governo federal lançou um programa de renegociação de dívidas voltado para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. A iniciativa, chamada de “Desenrola” dos pequenos negócios, foi lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cerimônia no Palácio do Planalto. O programa terá uma plataforma de renegociação, aos moldes do Desenrola Brasil – que já renegociou mais de R$ 50 bilhões em dívidas de 14 milhões de brasileiros.

Inadimplência volta a subir e atinge 67,18 milhões de brasileiros em março Foto: Marcos Santos/USP

O número de inadimplentes no país voltou a subir, atingindo 67,18 milhões de brasileiros em março. Segundo o indicador, medido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado nesta segunda-feira (15/4), na passagem de fevereiro para março, o número de devedores cresceu 0,89%. Mesmo com o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, quatro em cada dez brasileiros adultos (40,89%) estavam negativados no mês passado. O número representa uma alta de 2,67% em comparação ao mesmo período do ano passado. O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos. Em março, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.397,99 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente tinha débito com, em média, 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas. Cerca de três em cada dez consumidores (30,92%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,94% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. Considerando o perfil dos devedores, a participação mais expressiva em março está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,59%). De acordo com a estimativa, são 16,57 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, quase metade dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,12% mulheres e 48,88% homens. O número de dívidas em atraso também apresentou crescimento de 4,91% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em março deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de fevereiro para março, o número de dívidas apresentou alta de 0,47%.

Mais de 40% os baianos estão com o nome sujo, segundo a Serasa Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O atraso ou não pagamento de dívidas somados aos juros altos têm feito muitos consumidores ficarem com o nome sujo na praça. Diante disso, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está oferecendo um Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, para quem deseja tirar o nome do vermelho. De acordo com o Tribuna da Bahia, a iniciativa teve início na última sexta-feira (15) e segue até o dia 15 de abril. De acordo com os últimos dados levantados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas do Brasil feito pela Serasa, em janeiro deste ano, 4.582.346 milhões baianos estão devendo na praça, representando 40,29% da população. Os dados da Serasa ainda apontam que o valor total das dívidas é de mais de R$19 bilhões e o valor médio da dívida por baiano é de R$4.151,24. As dívidas com cartões de crédito ou nos bancos são as que têm maior destaque (30,01%). Com isso, no mutirão de negociação do Febraban, que acontece de forma online, o consumidor pode tratar da sua dívida diretamente com o banco ou financeira a qual está inadimplente. As dúvidas que podem ser negociadas são as dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado dentre outras modalidades. Os dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas do Brasil ainda apontam que a inadimplência no país cresceu 1,40%. O Brasil tem cerca de 72,07 milhões de pessoas nessa situação e os consumidores entre 41 e 60 são a maioria. Frente a esse atual cenário no país, o mutirão também tem o objetivo de oferecer orientações sobre finanças. Para fazer a negociação da dívida basta o consumidor entrar em contato com o banco que precisa fazer um acordo por meio dos canais oficiais ou pelo portal consumidor.gov.br. Neste segundo caso, o cliente deve ter conta no nível ouro ou prata. Antes de realizar o acordo, o consumidor deve ficar atento, dívidas que tenham bens dados como garantia, como veículos, motos e imóveis; contratos que estejam com as parcelas em dia e dívidas prescritas.

MPF quer que Serasa seja multada em R$ 200 mi e pede indenização Foto: Divulgação/Serasa

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que a Serasa seja condenada a pagar uma soma de R$ 30 mil a cada indivíduo impactado por vazamento de seus dados pessoais em 2021. As informações são do jornal o Globo. A ação civil pública, proposta pelo Instituto Sigilo, pede que a empresa, conhecida nacionalmente por seu serviço de proteção ao crédito, pague indenizações a milhões de brasileiros. No processo, o MPF defende que cada pessoa afetada seja indenizada com R$ 30 mil e que a Serasa seja condenada a pagar multa, pelos danos causados a toda a sociedade, em valor equivalente a até 10% do seu faturamento anual no último exercício. O montante, no entanto, não pode ser inferior a R$ 200 milhões. Segundo o MPF, esse tipo de vazamento expõe os cidadãos de forma pública e ilegal, atraindo graves riscos de possíveis fraudes envolvendo suas identidades e vida privada. A Serasa afirma, por meio de nota, já ter demonstrado “a ausência de invasão de seus sistemas ou indícios de que o suposto vazamento tivesse tido origem em suas bases de dados”. O Ministério Público requer, ainda, que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também seja responsabilizada pela exposição indevida, tendo em vista a ausência de controle prévio, para fins de prevenção do próprio vazamento em si, bem como de controle posterior, no sentido de serem estancados e recompostos os danos decorrentes do vazamento.  Em nota enviada ao site Achei Sudoeste, nesta segunda-feira (22), a Serasa Experian esclareceu que as notícias que fazem menção à suposta condenação de indenização de R$ 30 mil são falsas, contribuindo para confundir o consumidor. “Não existe nenhuma decisão judicial nesse sentido”, disse. Importante pontuar que o pedido liminar requerido pelo MPF foi indeferido. “A empresa informa, ainda, que já demonstrou a ausência de invasão de seus sistemas ou indícios de que o suposto vazamento tivesse tido origem em suas bases de dados. Também é relevante esclarecer que essa ação judicial não possui qualquer relação com a Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal, já inclusive encerrada, referente aos serviços “Lista Online” e “Prospecção de Clientes”, os quais foram descontinuados em 2020”. A Serasa Experian reforça que proteger a segurança dos dados é sua prioridade número um e cumpre rigorosamente a legislação brasileira.

A cada dez brasileiros, oito estão endividados, mostra pesquisa

Pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia aponta que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas e um terço têm dívidas em atraso. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) no relatório Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência. Os índices, que haviam piorado significativamente durante a pandemia da covid-19, já recuaram, mas ainda são elevados, segundo o relatório. Para averiguar como anda o cenário de inadimplência no país, a entidade realizou 983 entrevistas pela internet. O questionário foi aplicado entre 11 e 22 de setembro, entre homens e mulheres de todos os estados. O instituto buscou compreender quais as circunstâncias ligadas à falta de pagamento em dia das contas. A intenção foi identificar a origem das dívidas contraídas, mas também capturar percepções dos brasileiros sobre a perspectiva que têm no horizonte quanto quitar os débitos e também verificar como a inadimplência afeta a vida pessoal dos brasileiros e como os círculos sociais influenciam no modo como as pessoas conduzem sua vida financeira. O que continua abrindo mais brechas para a inadimplência é o cartão de crédito, de acordo com a pesquisa. O cartão foi a fonte de 60% dos débitos em aberto neste ano, porcentagem que superou a de 2022, de 56%. Deixar de liquidar dívidas junto a bancos e financeiras e empréstimos e financiamentos também tem sido um desafio para grande parte dos brasileiros. Uma parcela de 43% lida com isso atualmente, proporção que subiu em relação ao ano passado, quando era de 40%. Os brasileiros também acumulam dívidas do cheque especial (19%); de contas de serviços básicos, como luz, gás e água (17%); de impostos, como IPVA e IPTU (15%); de celular (14%); e compras feitas em lojas de departamento (12%). Contas pendentes de assinaturas de internet e TV a cabo respondem por 10% e são seguidas na lista pelas ligadas a planos de saúde (6%); mercado (5%); mensalidades em escolas (4%); taxas de condomínio (4%); fabricantes de produtos que a pessoa revende (3%); lojas de materiais esportivos (1%); e outros (2%).

Endividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC Foto: Reprodução

Ainda que em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda alcança cerca de 76,6% das famílias brasileiras, que têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O percentual referente ao mês de novembro representa um recuo de 0,5% no número de endividados, em relação ao mês anterior. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pode estar por trás dessa queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.

Mais de 4 milhões de baianos estão endividados Foto: Reprodução/Tribuna da Bahia

O índice de baianos com inadimplência crediária está em queda, o que beneficiou o bolso do consumidor. Levantamento feito pelo Mapa da Inadimplência do Serasa, o Brasil atinge a marca de 71,8 milhões de inadimplentes. As informações são do Tribuna da Bahia. Em agosto deste ano, os números estavam em 71,7 milhões em agosto, mostrando uma variação de 0,12%. Na Bahia, as dívidas com cartões e bancos tiveram uma queda de 0,24% de percentual entre agosto e setembro, passando de 32,23% das pendências financeiras para 31,99%. Em destaque temos Salvador com o número de 1.251.176 de inadimplentes, e Vitória da Conquista com 124.517. Conforme o Serasa, mais de quatro milhões de baianos estão inadimplentes e juntos somam uma dívida que chega a R$18,4 bilhões, com média de R$4 mil para cada um. Esse percentual representa 40,30% da população adulta no Estado da Bahia, faixa etária com maior índice de inadimplentes têm entre 41 a 60 anos, contando 35,4% das dívidas, seguidos por indivíduos de 26 a 40 anos com 33,4% e credores maiores de 60 anos com 18,6%. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens. O Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, lançado nesta quarta-feira (24), informa que dívidas com cartões de crédito e bancos lideram o ranking com 31,99% de inadimplência, em sequência vem contas de gás, água e luz com 19,89% e Varejo com 17,46%. A Fecomércio informou que em outubro deste ano houve uma queda no índice e informou que é o menor patamar desde 2021. “25,6% das famílias em Salvador possuem alguma conta em atraso. Além de ser a 12ª queda consecutiva que o levantamento do Serasa mostra, é o menor patamar desde maio de 2021. Atualmente, são 240,3 mil famílias inadimplentes, redução de 14 mil no contraponto mensal é de 168 mil na comparação anual.”, diz em nota.

Procura por empréstimos cai 14% nos últimos 12 meses Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O consumidor brasileiro tem diminuído a procura por empréstimos. Dados do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, da Serasa Experian, apontam que em julho houve uma queda de 2,4% na comparação com junho. Já na comparação com julho de 2022, a retração foi de 10,9%. Nessa comparação anual, o resultado tem sido negativo por 14 meses seguidos, ou seja, desde junho de 2022. Os dados foram obtidos com exclusividade pela Agência Brasil. Ao longo de 2023, o recuo na procura por crédito é de 12,3%. Já no acumulado de 12 meses, a queda é maior ainda, 14%. A Serasa Experian chega a esses números por meio de um acompanhamento mensal de consultas para concessão de crédito relacionadas a Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs) que fazem parte do banco de dados da empresa. Nenhuma Unidade Federativa (UF) registrou crescimento na busca de crédito por consumidores. No começo de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa de juros básicos da economia (Selic) para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte em três anos. A Selic influencia diretamente o comportamento dos juros cobrados pelos empréstimos oferecidos às pessoas físicas. Segundo comunicados do BC, a taxa vem sendo mantida em níveis altos como forma de controlar a inflação. Porém, um efeito adverso é que a Selic alta também é recessiva, ou seja: dificulta o crédito, o consumo e investimentos.  

Bahia é terceiro Estado com mais inadimplentes do país Foto: Divulgação

A autônoma Neide da Silva viu uma parcela de empréstimo atrasada há um ano escalar de R$ 400 para R$ 5 mil. Com as contas maiores que a receita que tira das marmitas que vende, não sabe quando (e se) quitará a dívida. "Virou uma bola de neve, e sinto agonia por ter chegado nesse ponto", revelou. Esse é só um retrato da situação de 41,4% das famílias baianas que estão inadimplentes, de acordo com a última edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ou seja: um em cada quatro baianos vive o mesmo drama de Neide. A Bahia está em terceiro lugar nesse aspecto, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (46,1%) e de Minas Gerais (42,5%). Vale lembrar que inadimplência e endividamento não são a mesma coisa: a diferença está no atraso das despesas. Enquanto o consumidor endividado consegue arcar com os compromissos ao longo dos meses, o inadimplente já está sujeito a ter seu nome incluso em órgãos de consulta e proteção ao crédito, como o SPC e Serasa Experian. Este último, inclusive, apontou que mais de 4 milhões de pessoas no Estado estão com o 'nome sujo' (sem possibilidade de crédito na praça). É considerado inadimplente quem está com 30 dias ou mais de atraso. O número de famílias baianas inadimplentes é maior do que a média do Nordeste, que soma 32,1% nessa situação, e supera em mais de 15 pontos o indicador nacional, que ficou em 25,2%. Salvador ficou bem perto do nível visto no Estado: 40,3% estão no vermelho, segundo registros da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA). Embora considere esse índice ainda alto, a entidade consegue perceber uma redução na inadimplência na capital baiana, visto que 31 mil famílias conseguiram equilibrar as contas. Com isso, é possível constatar que o consumidor consegue obter crédito e honrá-lo, criando um ambiente mais saudável de consumo.

Consumidor tem até o dia 30 para negociar dívidas com bancos

Alguns bancos oferecem parcelamento, outros, descontos no valor da dívida ou taxas de juros reduzidas para refinanciamento, conforme sua política de crédito. O compromisso dos bancos no mutirão é ofertar condições especiais para ajudar o consumidor a equilibrar o orçamento e organizar suas finanças. Podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras, que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia. Caso o consumidor tenha interesse em participar, ele deve acessar a página do mutirão criada especialmente para esta ação. Ali, ele encontrar um link para o Registrato, sistema do Banco Central por meio do qual é possível acessar, entre outros, o Relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que contém a lista de dívidas em seu nome perante as instituições financeiras. As dívidas podem ser negociadas de duas maneiras: diretamente com o banco e instituição financeira ou por meio do portal ConsumidorGovBr. Pelo portal, o consumidor deve apresentar uma proposta de negociação à instituição credora. O banco tem o prazo de 10 dias para analisar a solicitação e apresentar uma proposta. Na página do mutirão o consumidor também encontra conteúdo exclusivo sobre educação financeira e pode conectar-se gratuitamente com a Plataforma Meu Bolso em Dia FEBRABAN, desenvolvido por especialistas financeiros e da psicologia econômica. O tradicional Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira é uma iniciativa conjunta da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), Banco Central do Brasil, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o país para ajudar o consumidor negociar suas dívidas bancárias e reequilibrar suas finanças.

Bahia tem 4,3 milhões pessoas com contas atrasadas, aponta pesquisa Foto: Reprodução/TV Bahia

O número de pessoas com contas atrasadas já ultrapassa 4,3 milhões na Bahia, entre janeiro e novembro deste ano. Segundo dados do Serasa Experian, o número já é maior do que o registrado em todo o ano passado (4 milhões). De acordo com a 5ª edição da Pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro”, encomendada pela Serasa, 1,2 milhão dessas pessoas moram em Salvador. Segundo o G1, o número também aumentou na capital baiana, em relação a 2021, quando tinha 1,081 milhão. A maior parte dessas pessoas que estão com as contas atrasadas devem a bancos/cartões (29,75%). Em seguida, aparecem as dívidas de energia elétrica e gás (22,61%) e com varejo (18,53).

Baianos terão até 99% de desconto nas dívidas durante Feirão Limpa Nome Foto: Divulgação

O mês de novembro já começou com uma oportunidade para os mais de 68,39 milhões de brasileiros que estão endividados. O Feirão Serasa Limpa Nome teve início na última terça-feira (1), com 267 empresas participantes, o dobro do ano passado, se consolidando como o maior da história do país. O evento, que segue até o dia 5 de dezembro, oferece a possibilidade de limpar o nome em 24 horas e descontos que chegam a 99% nas renegociações de dívidas. A Bahia possui mais de 4,3 milhões de pessoas inadimplentes e o segmento de Bancos e Cartões representa a maior parcela das dívidas dos baianos, com 30,52%. Na sequência estão as Contas Básicas, com 22,18% e o Varejo em terceiro lugar, com 18,46%. A soma de todas as dívidas dos brasileiros já ultrapassou os R$ 295 bilhões, valor que equivale ao PIB do Estado da Bahia. O valor médio da dívida do brasileiro inadimplente já chega a R$ 4.324,42.

Inadimplência bate novo recorde e atinge 67,9 milhões de brasileiros, aponta Serasa Foto: TV Anhanguera

O número de pessoas com contas atrasadas voltou a bater recorde no Brasil. Segundo dados do Serasa Experian, o país registrou 67,9 milhões de inadimplentes em agosto, maior cifra desde o início do levantamento, em 2016. De acordo com o G1, isso representa uma alta de 300 mil pessoas em relação ao mês anterior, ou 0,5% em termos percentuais. A instituição ressalta, contudo, que o mês registrou um elevado número de negociações de dívidas, que chegou a 2,8 milhões débitos — trata-se de 22% a mais do que em julho, o que deu um freio ao crescimento das dívidas em atraso no país. “Monitoramos o crescimento da inadimplência desde o início do ano e por isso promovemos, em agosto, um mutirão nacional que representou um alívio no cenário graças ao aumento das dívidas negociadas”, diz, em nota, Aline Maciel, gerente de Serasa Limpa Nome. “Como os brasileiros estão com o orçamento mensal apertado, a negociação de dívidas com parcelamento foi uma solução buscada para aumentar o número de regularização de débitos, o que de fato ocorreu”, prossegue. Segundo a Serasa, o mês teve o segundo maior volume de renegociações, atrás apenas de março. Naquele mês, houve o Feirão Limpa Nome Emergencial, que renegociou mais de 3,7 milhões de contratos.

Pesquisa aponta que 4,2 milhões de jovens e idosos estão endividados na Bahia Foto: Divulgação

O número de jovens de até 25 anos e idosos a partir dos 60 endividados na Bahia chegou a 4.173.874. As informações são do G1. Esse dado é referente a registros até maio, e faz parte de um levantamento da Serasa – que analisa informações para decisões de crédito. Com relação aos números coletados no mesmo período de 2021, o aumento foi de 6,5%. Ao todo, o Brasil tem 66,6 milhões de inadimplentes, o maior número desde o início da pesquisa da Serasa. Até então, o pico de endividamento no país havia sido em abril de 2020, com 65,9 milhões de devedores. De acordo com o economista Edval Landulpho, além das dificuldades geradas pela pandemia, a principal causa do aumento do número de inadimplentes é a inflação, que chegou a 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses. “O que chama atenção é, justamente, a perda da renda. Principalmente no grupo dos mais jovens. Essas mudanças que ocorreram na Legislação Trabalhista impactou bastante a renda desse grupo. Já os idosos, justamente pela facilidade dos créditos consignados”. Os empréstimos consignados ocupam, hoje, a maior parte da renda do aposentado Antônio Pereira de Jesus, que trabalhou por 30 anos como mecânico industrial. Ele, que tinha uma renda de R$ 4.200, hoje recebe apenas R$ 1.800 e já não consegue arcar com as despesas familiares. Os problemas financeiros do idoso começaram quando ele teve o auxílio doença cortado, e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) determinou que ele devolvesse todo o dinheiro do benefício que era pago junto com a aposentadoria.

Arquivo