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Com apoio da Câmara de Brumado, Cras ressalta campanha do Setembro Amarelo Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na noite desta segunda-feira (22), representantes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Esther Trindade Serra) usaram a tribuna livre da Câmara de Vereadores de Brumado para falar sobre a campanha Setembro Amarelo, de conscientização e prevenção ao suicídio. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, a psicóloga Flávia Marcília destacou que a ação visa prevenir a ocorrência de casos de suicídio. Na cidade, o centro de referência promove esse acompanhamento inicial de pessoas em situação de vulnerabilidade. “No Cras, a gente faz o atendimento e acolhimento das famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade. Não realizamos o atendimento psicoterapêutico, mas fazemos esse primeiro atendimento e os devidos encaminhamentos para a rede de atendimento”, explicou. O Cras esteve na casa legislativa justamente no dia da votação de um projeto de lei para instituição do Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio. Acerca do tema, a psicóloga afirmou que é muito importante dar visibilidade à causa e discutir o assunto em todas as oportunidades. “Ainda é um tema muito estigmatizado. As pessoas têm muito medo de falar sobre suicídio e, quanto mais falarmos sobre os canais de apoio e prevenção, mais casos serão evitados”, asseverou. Para se ter uma ideia da gravidade do problema de saúde pública, no ano passado, foram registrados 7 casos de suicídio em Brumado. Neste ano, até o momento, 4 casos foram contabilizados. No Brasil, o índice é muito alto: em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia. Segundo Marcília, os dados são alarmantes e as famílias devem estar atentas para mudanças bruscas no comportamento, como isolamento social, introspecção, desânimo e apatia, a fim de buscar o tratamento adequado.

Brumado: Vereadores aprovam criação do Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na noite desta segunda-feira (22), o Projeto de Lei nº 044/2025, que institui a campanha de valorização da vida denominada Setembro Amarelo e o Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio no calendário oficial do município de Brumado, foi aprovado na sessão da Câmara de Vereadores. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o autor da proposta, vereador Vanderlei Bastos Miranda (Avante), o Boca, destacou que a instituição do Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio possibilitará que o poder público promova evento e ações em alusão à data, chamando ainda mais atenção da comunidade para a conscientização e prevenção da ocorrência de casos de suicídio na cidade. Para se ter uma ideia da gravidade do problema de saúde pública, no ano passado, foram registrados 7 casos de suicídio em Brumado. Neste ano, até o momento, 4 casos foram contabilizados. No Brasil, o índice é muito alto: em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia. Diante dessa triste realidade, o parlamentar ressaltou que, quanto mais a campanha for divulgada e o assunto debatido, mais casos de suicídio serão evitados e vidas preservadas na cidade e no país. Presidente da casa legislativa, o vereador Rubens Araújo defendeu que a causa merece atenção especial. Conforme salientou, o objetivo da campanha é alertar as famílias para identificar os principais sintomas e buscar o tratamento adequado. “Pedimos à população que leve tudo à sério. Não é frescura. Precisamos ter empatia pelo próximo”, pediu.

Setembro Amarelo: Psicanalista Robérico Silva faz alerta para identificar perfil suicida Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Iniciada em 2015, o Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o psicanalista clínico Robérico Silva de Oliveira informou que, a cada 3 segundos, 1 indivíduo tenta se matar no mundo. Além disso, a cada 40 segundos, 1 pessoa se suicida no planeta. Robérico explicou que 94% das pessoas com comportamento suicídico tem distúrbio psiquiátrico, porém com sintomas pouco perceptíveis, como ansiedade e depressão. “As pessoas que não estão muito atentas ao seu ente querido, ao seu amigo, ao seu pai, a sua mãe ou ao seu filho acabam não percebendo”, apontou. O mais impressionante é que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados, porém, infelizmente, a falta de atenção e cuidado impedem que isso ocorra. O especialista alertou que pessoas com ideação suicida apresentam pensamentos negativos, de falta de esperança e de incertezas e, embora tenham boas condições de vida, se sentem entristecidas e sem perspectivas. A mudança de rotina e o desapego também são características inerentes a essas pessoas, que começam a fazer doações instantâneas de seus bens e pertences e passam a não mais frequentar os mesmos lugares e perder o contato com amigos e familiares. Oliveira destacou que essas pessoas ainda apresentam, de repente, atitudes irresponsáveis e estranhas a sua normalidade. “Tudo isso sinaliza que a pessoa está começando a desistir da vida. Aí vem os pensamentos intrusivos sobre cometer suicídio e de que forma fazer isso”, detalhou. Caso perceba alguns desses comportamentos em familiares ou amigos, o psicanalista orientou que é preciso buscar ajuda o quanto antes, seja em uma unidade de saúde ou através de uma ligação para o Centro de Valorização da Vida (CVV), através do 188.

Centro Terapêutico de Guanambi mobiliza campanha de prevenção ao suicídio Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Localizado no Distrito de Morrinhos, o Centro Terapêutico de Guanambi (Ceteg), que atua no acolhimento de dependentes químicos para tratar o vício em drogas e álcool, está mobilizando a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio. Ao site Achei Sudoeste, Kátia Mendes, psicóloga da comunidade, destacou que o suicídio é um tema muito delicado e ainda visto como tabu na sociedade. “O suicídio é uma manifestação de um indivíduo por não conseguir lidar com o sofrimento. O sujeito que tira a própria vida quer se livrar da dor que não consegue suportar”, explicou. Mendes alertou que o problema tem cunho sociocultural, na medida em que afeta não apenas o indivíduo, mas todo conjunto da sociedade. “É preciso haver políticas públicas para oferecer a esse sujeito condições de saúde mental para dar conta do real da vida”, frisou. Além das ações sociais que envolvem o poder público, a psicóloga chamou a atenção para a importância da família na prevenção ao suicídio, seja ouvindo esse indivíduo ou encaminhando o mesmo para os cuidados necessários.  

Guanambi: Justiça autoriza publicidade institucional do setembro amarelo e Mpox Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O município de Guanambi requereu a autorização para divulgação de publicidade institucional referente à necessidade de divulgação de medidas de prevenção ao suicídio, no contexto do setembro amarelo, campanhas educativas sobre a prevenção de contágio por MPOX. Em decisão publicada neste sábado (31) e obtida pelo site Achei Sudoeste, a juíza Adriana Silveira Bastos, da 64ª Zona Eleitoral, deferiu o pedido, mesmo com manifestação contrária do Ministério Público Eleitoral (MPE). De acordo com a decisão, a campanha visa ao esclarecimento e mobilização da população sobre questão importante de saúde pública, como o setembro amarelo e prevenção ao MPOX. A justiça negou o pedido referente à orientação dos munícipes em relação ao sistema de iluminação pública. “Julgo parcialmente procedente o o pedido para autorizar, nos termos do art. 73, VI, b, da Lei n.° 9.504/97, a publicidade institucional requerida, apenas em relação à campanha do setembro amarelo e da prevenção ao Mpox, nos estritos termos necessários ao alcance da sua finalidade. Ressalta-se que tais esclarecimentos devam ser prestados por agentes públicos que não estejam envolvidos na disputa eleitoral, mantendo-se vedado realizar-se a divulgação em quaisquer espécies de meios de comunicação ou informativos pessoais ou institucionais de candidatos, partidos, federações ou coligações”, sentenciou a magistrada.

Colégio Getúlio Vargas promove passeata em alusão ao Setembro Amarelo em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nesta quarta-feira (27), o Colégio Estadual Getúlio Vargas promoveu uma passeata pelas ruas da cidade de Brumado em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio. A professora Cássia Vanessa ressaltou que a principal importância de envolver os alunos em uma iniciativa dessa natureza é combater os altos índices de jovens que cometem suicídio, principalmente aqueles em idade escolar. “Temos tido o trabalho aqui no Colégio Getúlio Vargas de conscientizar os meninos no sentido de buscar ajudar, pensar em medidas de autocuidado, compreender que a escola e a família precisam ser locais de apoio e que buscar ajuda profissional, quando necessário, é importante”, salientou. A iniciativa, conforme explicou, também busca desmitificar a ideia de que a ajuda médica é só para quem chega em um estágio muito ruim. “A gente precisa ter um acompanhamento psicológico justamente pra prevenir porque temos percebido alto índice de ansiedade e até indicativos de transtornos depressivos entre os estudantes. Os jovens são uma população vulnerável nesse sentido. Então, em função disso, temos trabalhado nessa direção de conscientizá-los”, afirmou. Na passeata, foram distribuídas sementes de girassol aos participantes. Como se trata de uma flor que está sempre voltada para o sol, a mensagem traz em seu bojo a busca por luminosidade e ajuda para tratamento das questões mentais.

Setembro Amarelo: Terapeuta fala sobre campanha contra o suicídio em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Ao site Achei Sudoeste, o terapeuta neurolinguístico Osmagno Márcio falou sobre a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio. Segundo Márcio, no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho de Medicina e o Conselho de Psiquiatria debatem ao longo de todo mês de setembro a importância de falar acerca de saúde mental. “Temos que desmistificar a mente humana. A gente tem que mostrar que a mente humana não é tão difícil de se entender e compreender. Por muitas vezes, o ato do suicídio é por não compreender os pensamentos. Esse mês é bastante assertivo para trazer esse assunto à tona”, afirmou. Para o terapeuta, o suicídio vai muito além de “falta de fé” ou fraqueza” e os estudos apontam a relação com fatores como depressão, ansiedade, ausência de afeição e isolamento. “São diversos motivos”, garantiu. Nesse sentido, Osmagno relatou que falta empatia da sociedade com as pessoas que sofrem com questões relacionadas à saúde mental e, consequentemente, mais escuta ativa para ajudar o próximo. “Às vezes, eles só querem ser escutados. No mundo corrido, as pessoas não escutam o outro. Falta resiliência e empatia pra entender que a depressão, a ansiedade e o isolamento são doenças. Quem tá depressivo não precisa só de remédio não, precisa de apoio, de um abraço e de oração, se houver fé”, alertou.

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