Presente na audiência que debateu a implantação do policiamento comunitário rural georreferenciado em Brumado, o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (CMDS), Cláudio Ribas avaliou que este é um momento histórico na cidade, especialmente para os moradores da zona rural. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Ribas disse que o município possui uma área territorial muito grande e, por conta disso, há distritos rurais cuja distância da sede chega aos 50 km. Isso impacta, segundo salientou, na segurança do meio rural, visto que, em virtude das grandes distâncias da sede, essas regiões acabam ficando desguarnecidas. Com o policiamento comunitário rural georreferenciado, ele ressaltou que essas lacunas serão preenchidas, inibindo as ações dos grupos criminosos. Para além das questões de segurança pública, que são fundamentais, o presidente chamou a atenção para a necessidade de discutir políticas públicas para o homem do campo, a exemplo da geração de emprego e renda, patrolamento das estradas vicinais, abastecimento de água e recursos hídricos, esporte e cultura. Nesse sentido, o CMDS tem lutado pela viabilização de uma Escola Técnica Agrícola, através da qual os jovens serão capacitados para lidar com a produção no campo. Hoje, um terço da população de Brumado, o equivalente a mais de 20 mil pessoas, reside na zona rural e, segundo Ribas, essa atenção ao homem do campo é essencial. “Precisamos de um novo olhar para o homem do campo porque ele sempre foi esquecido, principalmente nos últimos 20 anos”, finalizou.
O Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (CMDS) propôs à Prefeitura de Brumado a criação de uma escola técnica voltada para jovens ruralistas. A proposta foi apresentada durante a audiência pública que debateu a elaboração do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Cláudio Ribas, presidente do órgão, defendeu que a educação técnica rural é muito importante. “Nós propomos que seja criado em nosso município a escola técnica ‘Família Agrícola’. Essa escola tem como base a pedagogia da alternância”, detalhou. O método de ensino da pedagogia da alternância integra a escola e a comunidade, especialmente voltado para o campo, onde os alunos alternam entre o ambiente escolar e a vivência em suas comunidades de origem. A escola é direcionada ao filho do agricultor. A proposta consiste em aulas quinzenais. Ribas destacou que o projeto contribui para o desenvolvimento e fortalecimento sustentável do município. “Entendemos que isso é muito importante, haja vista que há uma mudança de paradigma. A cultura de irrigação depende de assistência técnica e, hoje, é muito caro um produtor pagar um técnico para fazer uma visita técnica na sua lavoura. Com essa escola, certamente, os filhos dos agricultores terão a oportunidade de ter um curso técnico para desenvolver trabalhos em suas comunidades”, defendeu. O modelo foi implementado de maneira bem-sucedida em cidades da região, como Caculé e Paramirim.