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Tabagismo está associado a 70% dos casos de câncer de bexiga Foto: Shutterstock

O tabagismo é um problema mundial de saúde pública que está relacionado ao surgimento de pelo menos 50 doenças, entre elas os cânceres urológicos, sendo a bexiga o órgão mais afetado. As informações são do jornal Tribuna da Bahia. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 70% dos casos de câncer de bexiga estão associados ao fumo. O tabagismo também está associado aos cânceres de rim e pode afetar a saúde sexual masculina.  No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto, os especialistas alertam sobre os riscos que o cigarro traz para a saúde. Embora, o número de fumantes esteja em declínio no Brasil, a quantidade de usuários ainda preocupa. Dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019, apontam que entre a população brasileira com 18 anos ou mais de idade, a prevalência de usuários de produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional foi de 12,8%. Segundo o Inca, a estimativa é de 11.370 novos casos câncer de bexiga em 2023, sendo 7.870 casos em homens e 3.500 em mulheres. Para o estado da Bahia são estimados 550 novos casos da doença, atingindo 370 homens e 180 mulheres. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre 2018 e 2023, 1.346 pessoas morreram de câncer de bexiga no estado. Desse total, 902 foram do sexo masculino e 444 do sexo feminino. É importante procurar com urgência um urologista em caso de manifestação de sintomas urinários para investigação da doença, para não ter o diagnóstico tardio e não aumentar a morbidade e mortalidade no câncer de bexiga.  Alguns sintomas indicativos para esse tipo de câncer são sangue na urina (hematúria) que pode ser intermitente, sintomas de bexiga irritada (dor para urinar e aumento da frequência urinária, sensação de bexiga cheia).

40% das mortes relacionadas ao câncer podem ser evitadas

O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. Cerca de 10 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da doença. E ela se torna mais frequente à medida que a população vai envelhecendo, como é o caso do Brasil. Este ano, a estimativa do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, é que o Brasil tenha mais de 700 mil novos casos da doença - um aumento de 12% em relação ao ano passado. Mas, ao mesmo tempo em que os casos aumentam, os tratamentos também evoluem e há muita coisa pra se fazer em termos de prevenção. De acordo com o Bem Estar, da Rede Globo, é importante lembrar que 40% das mortes relacionadas ao câncer podem ser evitadas porque estão ligadas a fatores de risco que a gente pode modificar como: deixar de fumar, não exagerar no consumo de álcool e de alimentos ultraprocessados e não ser sedentário. Além disso, é fundamental combater as fake news que rondam o câncer e esclarecer alguns mitos que só atrapalham o tratamento da doença.

Mais de dez mil baianos devem ter diagnóstico de câncer de pele em 2023 Foto: Canva

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor maligno mais incidente no Brasil é o câncer de pele não-melanoma, correspondendo a 31,3% do total de casos, o que representa mais de 220 mil novos casos da doença a cada ano. Já o melanoma, tipo de câncer de pele mais raro e mais agressivo, representa 3% do total de neoplasias no país. Na Bahia, a estimativa do INCA é de 10.780 novos casos de câncer de pele em 2023. Com a chegada do verão, a maior incidência de radiação UV e a maior exposição dos brasileiros ao sol acendem um alerta para que a população adote os cuidados de fotoproteção. Segundo o oncologista André Bacellar, a exposição ao sol prolongada e repetida ao longo da vida sem uso de filtro solar, especialmente na infância e na adolescência, é o principal fator para desenvolvimento do câncer de pele. O câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, é definido o tipo de câncer, que pode ser melanoma ou não melanoma (carcinomas basocelular e espinocelular). Apesar de ser o tipo de neoplasia de mais incidência no Brasil e no mundo, o câncer de pele pode ser considerado um tumor evitável. Mesmo a forma mais agressiva desse tipo de câncer, o melanoma, tem mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado precocemente. Isso reforça a importância da conscientização da população sobre a necessidade de adoção de medidas preventivas. “Embora a incidência mais alta da radiação UV aconteça nas estações mais quentes, a proteção solar deve ser feita durante o ano todo, mesmo em dias frios ou nublados”, alerta o especialista ao Tribuna da Bahia. “90% da radiação UV atravessa as nuvens, então o uso do protetor solar deve ser diário e não apenas nos dias ensolarados”, acrescenta o médico. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos e raro em crianças e pessoas negras, o câncer de pele acomete, principalmente, adultos com pele muito clara, olhos claros e com doenças cutâneas prévias. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver a doença. “As pessoas de pele negra têm a melanina como um filtro solar natural, no entanto, são mais suscetíveis a desenvolverem um subtipo de câncer de pele bastante agressivo, o melanoma acral, que acomete partes do corpo como a palma das mãos, a sola dos pés e unhas”, esclarece o oncologista André Bacellar. “Manchas escuras nessas áreas devem ser investigadas o quanto antes”, alerta o oncologista.

Brasil terá 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, prevê Inca Foto: Pixabay

O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025. A projeção é do estudo “Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil”, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), divulgado nesta quarta-feira, 23. O trabalho estima que as regiões Sul e Sudeste vão concentrar cerca de 70% da incidência da doença e aborda 21 tipos de câncer mais incidentes no País. São dois a mais do que na publicação anterior. Na edição deste ano, o Inca contabilizou os cânceres de pâncreas e de fígado. “Decidimos incluir esses cânceres por ser um problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base nas estimativas mundiais. O câncer de fígado aparece entre os dez mais incidentes na Região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os dez mais incidentes na Região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo”, explica a pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA (Conprev) Marianna Cancela. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma. Tem 31,3% do total de casos. É seguido pelo de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). O estudo aponta ainda que o câncer de próstata predomina em homens em todas as regiões do País. Totaliza 72 mil casos novos estimados a cada ano do próximo triênio (2023 a 2025). Ficará atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição. Já nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente na população masculina. Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente. Tem 74 mil casos novos casos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal. Nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa essa posição.

30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos a cada ano Foto: Divulgação

Ao longo do mês, a campanha Setembro em Flor vem para alertar sobre a prevenção e conscientização dos cânceres que atingem o aparelho reprodutor feminino (útero, ovário e endométrio). Indo além do câncer do colo do útero, doença que atinge 16.590 mulheres por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é fundamental também abrir os olhos para os tumores ginecológicos como um todo. Ainda de acordo com o INCA, cerca de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos por ano, sendo mais comum o câncer do colo do útero em mulheres mais jovens e os tumores ovarianos e de corpo uterino naquelas acima de 50 anos. A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, comenta ainda que a vacinação é um fator importante e que não pode ser deixada de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV.  O câncer do colo do útero é uma das poucas neoplasias malignas que pode ser considerada uma doença amplamente evitável através da vacinação anti-HPV e/ou triagem adequada e tratamento das lesões precursoras, como preventivo de Papanicolau. No entanto, principalmente nas regiões do planeta de maior vulnerabilidade socioeconômica, milhares de mulheres morrem, desnecessariamente, vítimas da doença”.

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