Foto: Thuane Maria/GOVBA O Governo da Bahia lançou na sexta-feira (12), o Baralho Lilás, ferramenta inédita no Brasil instituída para fortalecimento do combate à violência contra a mulher. A solenidade, realizada no Centro de Operações e Inteligência (COI), no CAB, em Salvador, contou com as participações do governador Jerônimo Rodrigues e dos secretários da Segurança Pública (SSP) e de Políticas para as Mulheres (SPM), Marcelo Werner e Neusa Cadore, respectivamente.
Idealizado pela SSP, em parceria com a SPM, o Baralho Lilás exibirá 16 procurados por ações ilícitas praticadas na capital baiana, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e no interior do estado.
As cartas com os criminosos ficarão expostas no site https://disquedenuncia.ssp.ba.gov.br. A população pode auxiliar a Polícia na localização dos foragidos da Justiça através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP).
“Ampliamos a rede de combate à violência de gênero com a transformação da Operação Ronda Maria da Penha da Polícia Militar no Batalhão de Proteção à Mulher (aumento do efetivo e dos recursos) e também com a criação do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) no âmbito da Polícia Civil”, lembrou Werner.
Destacou ainda que em cerca de três anos, 20 Delegacias e Núcleos Especiais de Atendimento À Mulher (DEAMs e NEAMs), além de Salas Lilás foram inaugurados, visando maior acolhimento às vítimas.
A Secretaria de Políticas Públicas Para as Mulheres da Bahia tem mobilizado a campanha de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Neia Bastos, chefe de gabinete da pasta, destacou que o tema é de grande relevância para coibir toda e qualquer forma de violência acometida às mulheres.
Trata-se de uma campanha internacional para sensibilizar e conscientizar as pessoas no mundo todo. Na Bahia, a mobilização teve início no dia 20 de novembro. “Nesses últimos dias, a campanha tem chamado muito a atenção porque ainda tem mulheres sendo mortas, agredidas e tendo suas vozes silenciadas. Enquanto houver uma mulher sofrendo violência nós precisamos dizer que não aceitamos essa prática”, ressaltou.
Segundo Bastos, a violência no campo é ainda mais silenciosa, visto que muitas mulheres são restritas a ambientes privados e pedir ajuda é um grande desafio.
Nesses casos, conforme salientou, a responsabilidade do Estado é maior e, por isso, é preciso avançar muito mais para conseguir implementar políticas efetivas de atendimento às mulheres em situação de violência.
Para Neia, é preciso unir forças para proteger as meninas e mulheres. “A gente entende que o combate à violência precisa ser feito a partir de uma nova mentalidade e de novas estratégias de educação. Chamar os homens para o debate é muito importante. Fazemos um apelo para que homens e mulheres se envolvam para que possamos garantir que nenhuma mulher ou menina seja vítima de violência estrutural e naturalizada. Precisamos unir forças”, apontou.
Foto: Aluizio Sales/SPM A Unidade Móvel da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) estará na cidade de Guanambi, nesta quinta-feira (20), para prestar atendimento a mulheres em situação de violência doméstica. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Neia Bastos, Chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, destacou que a unidade é uma estratégia da SPM para fazer a escuta social e a mobilização dos municípios e, principalmente, atender mulheres em rodas de conversas e espaços integrativos. A ideia da iniciativa é garantir às mulheres a oportunidade de perceber que elas não estão sozinhas. A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, assistentes sociais e advogados. Segundo Bastos, o Governo do Estado também convida os municípios por onde a unidade passa a participar da iniciativa com a sua própria equipe de profissionais para atendimento e atenção especial das vítimas. “No mês de março, essas ações têm se intensificado para chamar a atenção para os direitos das mulheres, sobretudo, para que elas tenham uma vida sem violência e com o máximo de respeito”, afirmou. A ação, segundo Bastos, se adapta à realidade de cada município, adotando as estratégias necessárias para atender a demanda local. Em Guanambi, o atendimento acontece na Praça Henrique Pereira Donato, de 9h às 17h. Na sexta-feira (21), de 9h às 17h, a unidade estará na sala 1, do Polo UAB/Ufba, para uma capacitação com a rede de atendimento à mulher.
Foto: Divulgação/SPM Nesse período carnavalesco, a Secretaria Estadual de Política Para as Mulheres (SPM) está promovendo o projeto Cuidar de Quem Cuida para valorização das mulheres catadoras, ambulantes e cordeiras durante o circuito da folia em Salvador. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, Neia Bastos, chefe de gabinete da pasta, destacou que o objetivo é acolher essas profissionais, dando a elas dignidade, visibilidade e autonomia. “A ideia é oferecer um serviço humanizado para essas mulheres, garantindo a elas dignidade porque são pessoas invisíveis no carnaval”, afirmou. Em parceria com outros órgãos, a SPM irá proporcionar para essas mulheres diversos serviços ao longo do seu trabalho nos dias de festa, como alimentação, massagem, acupuntura, rodas de conversas e etc. “Será um atendimento humanizado para garantir que aquele trabalho seja compensado de forma calorosa. Esse cuidado é muito importante”, ressaltou.
Foto: Divulgação/SPM A Campanha Laço Branco, da Secretaria Estadual de Política Para as Mulheres (SPM), visa a defesa das mulheres durante as festas de carnaval na capital e no interior do estado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, Neia Bastos, chefe de gabinete da pasta, destacou que, através da iniciativa, os homens são convidados a colocarem uma pulseira no braço aderindo à campanha. O objetivo é reforçar o compromisso de respeitar o não das mulheres. “Se for de comum acordo tá tudo certo. Se a mulher disser não, é não. É muito importante que a gente continue falando disso, pra mulheres e homens entenderem os limites de um relacionamento, sobretudo em um ambiente festivo”, salientou. Segundo Bastos, a ideia é propagar o respeito a todas as instâncias das mulheres, seja moral, física e psicológica, para evitar que qualquer tipo de violência aconteça no carnaval e na vida. A SPM trabalha de forma transversal, em articulação com outras redes, colocando em prática diversas ações para o enfrentamento à violência contra as mulheres.