O câncer do corpo do útero pode se iniciar em diferentes partes do órgão, mas o tipo mais comum se origina no endométrio, que é o revestimento interno do útero e é chamado de câncer de endométrio. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença fica em terceiro lugar entre as neoplasias malignas pélvicas no sexo feminino e tem mais de 70% de chances de cura, quando descoberta na forma precoce. O órgão ainda estima que 6.600 novos casos surjam ao longo deste ano. “Cerca de 75% dos casos da doença são detectados em mulheres com mais de 50 anos”, explica a ginecologista Ana Cristina Batalha. Cristina Sá, também ginecologista ressalta que “caso não seja reconhecido a tempo, o tumor crescerá no local e, além de infiltrar superficialmente a mucosa do endométrio, pode penetrar em direção à camada muscular do útero, o miométrio”. No entanto, diferente dos outros tipos de câncer, que na fase inicial são assintomáticos, o câncer de endométrio tem como principal sinal de alerta o sangramento vaginal pós-menopausa. Para o diagnóstico, as médicas ginecologistas indicam a ultrassonografia transvaginal seguida de vídeo-histeroscopia com biópsia. A vídeo-histeroscopia é uma importante ferramenta na Ginecologia para diagnósticos e cirurgias intrauterinas não-invasivas que “permite a avaliação das patologias em casos de infertilidade, sangramentos uterinos anormais, abortamento habitual, pólipos, miomas, entre outros. Através desse exame, é possível identificar se há alguma alteração com característica maligna. O diagnóstico é feito através da imagem endoscópica e após a análise histo-patológica, que pode descartar ou apontar a presença de doença neoplásica”, avalia Ticiana Cabral.