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25/Nov/2025 - 07h00

Mãe acusa Hospital de Tanhaçu de negligência após perda do filho em trabalho de parto

Mãe acusa Hospital de Tanhaçu de negligência após perda do filho em trabalho de parto Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Na cidade de Tanhaçu, Isadora Pereira perdeu o filho por asfixia grave ao nascer.

Ela relatou que, durante o trabalho de parto, realizado no Hospital Municipal no dia 16 de novembro deste ano, enfrentou situações que a deixaram profundamente vulnerável, constrangida e emocionalmente abalada.

Em um vídeo publicado nas redes sociais e recebido pelo site Achei Sudoeste, Isadora disse que, depois de dar entrada no hospital e de ser avaliada, o médico de plantão informou que a unidade não possuía estrutura para realizar o parto dela e, por isso, daria início ao processo de regulação da paciente.

No dia seguinte, na troca de plantão, ela afirmou que outro médico teria começado a induzir o seu parto, alegando que tudo ocorreria bem.

O profissional a deixou tranquila, garantindo que o hospital tinha sim estrutura e que a equipe era ótima.

Isadora se sentiu enganada, exposta a práticas sem explicação e consentimento e vítima de violência obstétrica. “Procedimentos foram realizados sem a devida explicação, sem consentimento claro e por profissionais que, ao meu entender, não possuíam habilitação para determinadas práticas. Em vários momentos me senti exposta, invadida e sem qualquer amparo”, revelou.

Pereira contou ainda que viveu horas de um processo extremamente doloroso, presenciado por diversas pessoas sem qualificação técnica.

De última hora, ela foi regulada para o Hospital Municipal de Brumado, onde o parto foi feito muito rapidamente, porém o bebê não resistiu.

Para Isadora, faltou competência por parte da equipe médica que a atendeu em Tanhaçu. “Hoje, minha família vive um luto que poderia ter sido evitado e buscamos apenas respostas, transparência e responsabilidade. Não estou aqui para acusar ninguém individualmente, mas para pedir esclarecimentos formais sobre tudo que aconteceu e alertar outras famílias sobre a importância de conhecer seus direitos durante o parto”, completou.

A família já está tomando as medidas legais cabíveis junto aos órgãos competentes para apuração dos fatos.

Em nota, a prefeitura de Tanhaçu, por meio da secretária de saúde Ana Valéria, se solidarizou com o caso e esclareceu que todo encaminhamento segue rigorosamente os protocolos oficiais de regulação.

A equipe da unidade, conforme apontou, garante assistência contínua e segura a todas as pacientes enquanto aguarda o direcionamento da regulação estadual. “O pedido de regulação foi cobrado diversas vezes pela equipe de Tanhaçu. Incialmente, foi negado por falta de vaga e nenhum município pode fazer a transferência sem a devida autorização. Tão logo a vaga saiu, a paciente seguiu para a unidade regulada, acompanhada dos profissionais que a própria regulação exige”, ressaltou.

Valéria disse que, de janeiro até o momento, já foram realizados 37 partos bem-sucedidos no Hospital Municipal, comprovando a sua capacidade técnica e estrutural.

Por fim, apontou que a gestão prioriza o cuidado humanizado, a ética e a verdade, se colocando à disposição para mais esclarecimentos.

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