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Mães denunciam GEOP por abuso da força contra detentos em Brumado Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Mães e familiares dos detentos custodiados na delegacia de Brumado compareceram ao Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta quarta-feira (03) para mover uma ação de denúncia contra o Grupamento Especial de Operações Prisionais (GEOP). Na última terça-feira (02), o grupo realizou revista nas celas da custódia, onde foram recolhidos 23 celulares, uma máquina artesanal de tatuar e uma furadeira artesanal de madeira, que seria utilizada para uma possível fuga, além de outros objetos. Segundo disseram as mães de alguns custodiados ao site Brumado Notícias, a equipe do GEOP teria espancado seus filhos durante a operação. 

Mães denunciam GEOP por abuso da força contra detentos em Brumado Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

“Eles espancaram 16 presos e ainda jogaram fora suas comidas. Somo mães e não admitimos que nossos filhos sejam tratados abaixo de cachorros. Sou consciente de que meu filho cometeu erros e precisa pagar pelos mesmos perante a lei e a sociedade, mas eu quero que ele saia da cadeia recuperado e não pior do que entrou. Não quero que meu filho vire um marginal, quero que ele seja ressocializado”, disse Ducilene Lima Ribeiro, que assinou a denúncia no MPE. O caso chegou ao juiz da Vara Crime, Genivaldo Alves Guimarães, e o mesmo relatou que tomou conhecimento das queixas quando um detento compareceu mancando ao Fórum Dr. Duarte Muniz para uma audiência. Ao ser indagado, ele disse que havia sofrido maus tratos. 

Mães denunciam GEOP por abuso da força contra detentos em Brumado Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Diante do relato, o juiz compareceu à delegacia para ouvir os presos e os mesmos reforçaram as declarações. Segundo Guimarães, 16 presos apresentaram marcas no corpo. “Segundo os presos, o GEOP teria aplicado força imoderada. Ressalto que ouvi apenas os presos e ainda não ouvi os policiais envolvidos na ação para saber se foi necessário ou não o uso da força. Mas por 16 presos apresentarem seus corpos com aparentes lesões eu requisitei que a autoridade policial levasse esses presos ao Departamento de Polícia Técnica para serem submetidos a exames de corpo de delito. Requisitei também que a autoridade instaure inquérito policial para apuração de eventual excesso ou abuso de autoridade”, informou o juiz. O magistrado fez questão de afirmar que “nenhum preso pode ser objeto de violência desnecessária ou truculência de abuso de autoridade”. Após laudo do DPT e apuração do inquérito policial, o caso será encaminhado ao MPE.

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