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Barra da Estiva: Presidente da Câmara usa PM para retirar diretor de jornal do plenário O fato ocorreu na última sexta-feira (16) quando foi aprovado no legislativo o Projeto de ‘Ficha Limpa Municipal’. (Foto: Divulgação).

No dia 16 de agosto último, durante a sessão legislativa da Câmara de Vereadores de Barra da Estiva, no sudoeste baiano, o diretor de redação do Jornal Tribuna do Sertão, Leonardo Oliva, foi retirado arbitrariamente do plenário por policiais militares a mando do presidente da Câmara, Antônio Lopes de Araújo (PV). O episódio foi transmitido ao vivo pela rádio local. Segundo relato do próprio Leonardo Oliva, antes mesmo do início da sessão, o presidente já havia demonstrado insatisfação com a sua presença no recinto. Tanto que quando o presidente o encontrou em um dos corredores do prédio, o mesmo teria mandado que ele se retirasse do local, afirmando que o “poder legislativo não aceitava a sua presença ali”. Lopes teria dito ainda que se o diretor não se retirasse por bem, chamaria a polícia e ele teria que sair por mal. Mesmo com o ocorrido, o diretor permaneceu no local para fazer a cobertura jornalística da sessão. No entanto, no momento em que o mesmo se levantou para fazer algumas fotos da mesa diretora e das bancadas de oposição e situação, o presidente determinou de forma bastante alterada que os policiais militares retirassem o diretor do plenário, apreendessem a sua máquina e apagassem o conteúdo da mesma.

Barra da Estiva: Presidente da Câmara usa PM para retirar diretor de jornal do plenário O diretor do Jornal Tribuna do Sertão, Leonardo Oliva, ficou indignado com a atitude do presidente do legislativo. (Foto: Divulgação).

Leonardo foi então retirado do plenário e teve a sua máquina apreendida, porém o seu conteúdo não foi apagado, segundo ele, por bom senso dos policiais. “Estamos de volta ao tempo da Ditadura na Câmara de Barra da Estiva? Onde está a liberdade de imprensa? Quem é o Presidente para se autointitular como ‘Poder Legislativo', achando que pode personificar este poder?”, questionou o diretor do Jornal Tribuna do Sertão, afirmando que o presidente não pode, “de forma arbitrária e intransigente, tomar decisões individuais fora do que determina o Regimento Interno e a Lei Orgânica, em nome do poder legislativo, que é um órgão colegiado, cujas decisões se dão por maioria simples ou qualificada dos seus membros”. O Jornal divulgou uma nota de repúdio contra o episódio e a atitude do presidente.

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