Uma moradora da Rua Santa Madalena, no Bairro São Jorge, em Brumado, está acusando a Embasa de aumentar abusivamente o valor da conta de água de sua residência. Sandra Sampaio mora em uma casa pequena com cinco filhos. No local, há apenas uma caixa d’água com capacidade para mil litros. Segundo a moradora, ela costuma pagar contas de água no valor de R$ 200, mas já chegou a pagar faturas de até R$ 300. Nesse mês, a dona de casa, que presta serviço para o residencial Brisas, do Minha Casa, Minha Vida, não conseguiu quitar o valor referente à conta, pois está com o salário atrasado há dois meses. A dona de casa já comunicou o valor abusivo das contas à Embasa, mas, segundo ela, a empresa não sabe explicar o motivo do aumento. “Tem gente que tem mais caixas do que eu e paga R$ 14, R$ 20”, acrescentou a moradora ao site Brumado Notícias, apelando para que a Embasa solucione o problema.

Os moradores da Rua Davi Bonfim, localizada ao lado Câmara de Vereadores de Brumado, estão satisfeitos por terem recebido, após três décadas, a própria rede canalizada de água. Apesar da conquista, os moradores cobram da Embasa a conclusão da obra, já que, segundo eles, há dez dias o serviço foi completado, inclusive com a recolocação do calçamento, mas a empresa teria deixado para trás a terra que foi cavada para colocação dos canos. Um morador da localidade disse ao site Brumado Notícias que perguntou ao empreiteiro da obra sobre o entulho e, segundo ele, o mesmo respondeu que só tinha contrato para recolocar as pedras do calçamento. “Esperamos 35 anos para termos essa rede, será que vamos ter que esperar mais 35 anos para que esse entulho seja retirado das nossas portas? ”, questionou o morador.

Em Brumado, a Rua Otávio Peres, também conhecida como rua da estação, está enfrentando diversos problemas relacionados à infraestrutura. Os moradores denunciaram ao site Brumado Notícias a falta de saneamento básico na localidade. “Quem mora aqui na Otávio Peres vive de fachada, pois por fora está tudo bonitinho, mas em nosso quintal é despejado todo o esgoto da cidade. Temos que conviver com fezes, animais peçonhentos e ficamos expostos a todo tipo de doença. E isso perdura a longos anos”, relatou Isael José de Souza, que há seis décadas mora na localidade. 

Na via, não há rede de esgoto para atender as residências e as manilhas que descem do centro comercial ficam expostas no quintal das casas, prejudicando a saúde de crianças e adultos. “Quando o tempo está quente ficar dentro de casa é um desafio por causa do mau cheiro da lama misturada com fezes e outros dejetos que vão direto para as nossas cozinhas. Assim tem sido nossa vida, entra ano sai ano, entra prefeito e sai prefeito, e sempre com promessas de resolver o nosso problema”, desabafou o comerciante Agnaldo Souza.

Segundo comunicado da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), os problemas detectados na rede de distribuição de água das localidades de Campo Seco I e Espinheiro, que se encontra em fase de testes, estão sendo corrigidos. Por conta da situação, o consumo dos moradores da região ainda não está sendo cobrado, de acordo com a empresa. Em caso de vazamentos na rede, os usuários podem informar à Embasa pelo telefone (77) 3441-3991, pelo atendimento gratuito 0800 0555 195 ou, ainda, diretamente no escritório local de Brumado, localizado na Praça Coronel Zeca Leite, 172.

Em entrevista ao site Brumado Notícias, o diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço de Agua Esgoto e Meio Ambiente da Bahia, Juscelino Tadeu Santos Júnior explicou os motivos da paralisação das atividades na Embasa. Segundo ele, o movimento se deve à falta de avanço nas negociações no que diz respeito à participação dos funcionários nos resultados da empresa. O sindicalista explicou que a participação nos resultados seria uma bonificação em função das metas alcançadas. “Todas as metas estabelecidas pela empresa foram alcançadas e, no entanto, a Embasa não apresentou uma proposta de bonificação satisfatória aos funcionários, inclusive retroagindo no que foi acordado no ano passado”, disse Júnior. A princípio, a paralisação será encerrada em um prazo de 48 horas. Porém, segundo o sindicalista, uma greve por tempo indeterminado poderá ser deflagrada na próxima sexta-feira (25) caso uma proposta satisfatória não seja apresentada pela presidência da Embasa. A empresa alega dificuldades financeiras para diminuição do bônus.

Os funcionários da Embasa aderiram a paralisação de 24 horas decidida em assembleia geral com o sindicato da categoria. O movimento foi deflagrado em protesto contra a proposta da empresa para o Programa de Participação nos Resultados (PPR). Embora se trate de uma paralisação, representantes do sindicato da categoria fixaram cartazes no portão de entrada do escritório regional em Brumado apontando greve.