Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo O Ministério da Saúde informou, na sexta-feira (11), que incluiu no Sistema Único de Saúde (SUS) uma nova apresentação de medicamento injetável para tratamento de asma alérgica grave não controlada. Trata-se do omalizumabe em solução injetável em seringa preenchida. De acordo com o Tribuna da Bahia, a inclusão da nova apresentação foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que viu a necessidade de atualizar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença. Segundo relatório, a decisão foi tomada após previsão de que o omalizumabe em pó para solução injetável usado atualmente não estará mais disponível a partir de dezembro. Dessa forma, foi necessária a inclusão da apresentação injetável em seringa preenchida. “Em geral, a formulação injetável em seringa preenchida mostra-se equivalente à apresentação em pó em termos de benefícios e riscos, podendo ainda se mostrar de uso mais fácil e com maior tolerabilidade aos possíveis efeitos adversos. Vale lembrar que as duas formulações têm o mesmo preço, de acordo com a Lista de Preços de Medicamentos da Câmara de Regulação de Preços de Medicamentos (CMED) da Anvisa, atualizada em julho de 2022. Logo, não há expectativa de mudança nos aspectos econômicos e nos gastos para o SUS"” afirma o documento.
Foto Lay Amorim/Achei Sudoeste A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (11) com a recomendação de que a população brasileira volte a usar as máscaras de prevenção contra a Covid-19. O documento foi produzido por meio de Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias (CCCIR) da SBI e foi distribuído a partir do aumento do número de infectados no Brasil e a constatação que a nova variante BQ.1 está em circulação no país. “Alertamos para o aumento significativo do número de casos de Covid-19 no Brasil nas últimas semanas, decorrente da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes. Pelo menos em quatro estados da federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, divulgou a sociedade. Além do uso de máscaras, outras quatro recomendações foram feitas com o pedido de urgência: incrementar as taxas de vacinação Covid-19 principalmente no que tange as diferentes doses de reforço de primeira geração à depender da população elegível, que se encontram todas em níveis ainda insatisfatórios nos públicos alvo; garantir aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos independente da presença de comorbidades; promover rapidamente a aprovação e acesso às vacinas Covid-19 bivalentes de segunda geração, que estão atualmente em análise pela Anvisa; relembrando a Nota Técnica desse Comitê em 05/10/2022, é essencial que medicações já aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da Covid-19, estejam disponíveis para uso no setor público e privado, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil.
Foto: Divulgação Moradores do município de Maracás, da região do Vale de Jiquiriçá, relatam que a prefeitura suspendeu a marcação de exames laboratoriais por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, a Secretaria Municipal de Saúde não entrou em detalhes, mas confirmou que realmente não será mais possível atender as demandas em 2022, com exceção de casos extremos. Uma moradora do município, que não preferiu se identificar, relatou estar com pendências no SUS desde agosto e, até o momento, não possui previsão para a marcação dos exames. Ela também relatou que em outra ocasião, no ano retrasado, chegou a esperar meses para conseguir o atendimento. “Estou aqui com os pedidos de exames ainda de agosto. Fui em setembro, não resolveu, fui em outubro e não resolveu. Cheguei a ficar com um exame de um ano para outro para conseguir marcar. O que eles [Secretaria de Saúde] falam é que realmente não estão fazendo os exames de forma alguma”, contou a moradora. Apesar da secretaria informar que está abrindo exceções para casos extremos, o maracaense, Claudio Santiago, afirmou ao Bahia Notícias que, mesmo tendo “sérios problemas de saúde”, a prefeitura informou que a marcação de exames só estará disponível para o ano que vem. “Na semana passada, fui à secretaria para marcar, mas não consegui marcar os exames de laboratório. Tenho sérios problemas de saúde. Passo dificuldades para conseguir comprar remédios. Peguei dinheiro emprestado e paguei os meus exames”, disse Cláudio. O morador relatou que, além dos exames laboratoriais, as consultas médicas também estariam suspensas em Maracás. A afirmação, portanto, foi negada pela Secretaria Municipal de Saúde, que afirmou que ainda é possível a marcação de consultas em 2022. Segundo a pasta, existem alguns postos que estão lidando com a falta de médicos em áreas específicas, porém, as consultas de um modo geral, não estão suspensas no município.
Foto: Reprodução O Dia Mundial do AVC é neste sábado, 29 de outubro e especialistas, entidades, Ministério da Saúde além da Organização Mundial de AVC ((World Stroke Organization -WSO) estão na semana de conscientização sobre os riscos da doença. Considerado uma epidemia global que ameaça a vida, a saúde além da qualidade de vida, somente no mês de julho, o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 vítimas fatais, número acima das mortes por infarto (52.665) e Covid-19 (48.865). Na Bahia foram 10.375 internações e 5.600 óbitos até agosto. Os dados são impactantes e reforçam a necessidade deste dia para intensificar a prevenção e esclarecer a respeito dos riscos da doença. O AVC, também conhecido como derrame, é tratável, para isso é necessário reconhecer os sinais de alerta e encaminhar rapidamente o paciente para que ele receba o tratamento mais adequado, diminuindo potenciais sequelas. Segundo estatísticas, 80% dos casos são isquêmicos, quando ocorre a obstrução ou redução do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando a falta de circulação sanguínea em parte do cérebro. Entre os sinais de alerta mais comuns, estão: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro sanitário do terceiro produto de terapia gênica para tratamento de câncer. O Yescarta® (axicabtagene ciloleucel), fabricado pela Gilead?Sciences Farmacêutica do Brasil, é destinado ao tratamento de pacientes adultos com linfoma de grandes células B (LDGCB), recidivado ou refratário. A terapia com células geneticamente modificadas, segundo a Anvisa, tem demonstrado perfil de segurança e eficácia no tratamento de pacientes em recidiva e refratariedade para linfomas graves. “O produto aprovado é composto por células T autólogas com receptor de antígeno quimérico (CAR), projetadas para eliminar células tumorais que expressam CD19.”
Foto: Divulgação/Fiocruz Os casos prováveis de dengue subiram 184,6% (1.362.125) em comparação com o ano passado (478.574), assim como os óbitos, que registraram aumento de 290,1%: foram 909 em 2022, frente a 233 em 2021. O panorama da chikungunya também teve um crescimento maior no total de mortes. Foram 76 neste ano contra 14 até outubro de 2021, aumento de 442%. Já em relação à zika, apesar de não haver óbitos neste ano, o percentual de casos cresceu 98,8% em 2022: foram 10.501, frente a 5.421 no ano passado. De acordo com o Brasil 61, os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde, que lançou nesta quinta-feira (20) a Campanha Nacional de Combate ao Aedes aegypti, com o tema “Todo dia é dia de combater o mosquito”. O mosquito Aedes é o responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. “Alguns fatores podem ter contribuído para esse aumento. As condições ambientais favoráveis, fundamentalmente acúmulo de água, altas temperaturas, moradias inadequadas, grande número de pessoas suscetíveis às doenças e à mudança no sorotipo circulante, obviamente, interferem na transmissibilidade”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRA) apontou que os principais depósitos do mosquito são os móveis, como barris e depósitos de barro, seguido por pneus e lixo.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Um homem foi preso pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (19), em Feira de Santana, suspeito de integrar uma organização criminosa internacional chamada Lapsus Group, que seria responsável por ataques cibernéticos contra diversos órgãos governamentais, entre eles o Ministério da Saúde, em 2021. Segundo o delegado Fábio Marques, de Feira de Santana, o suspeito, que é natural da Paraíba, é considerado um dos maiores hackers do Brasil, e foi preso na companhia de sua namorada. Ele foi encaminhado para Brasília. O nome do homem não foi divulgado. De acordo com a PF, ele é o principal investigado brasileiro sobre os crimes. A prisão desta quarta-feira é um desdobramento da Operação Dark Cloud, deflagrada em agosto e que investigava a organização criminosa responsável por diversos ataques cibernéticos, especialmente os praticados no final de 2021, contra órgãos e entidades do Governo Federal.
Foto: Divulgação Mais de 340 mil crianças entre 5 e 10 anos já foram diagnosticadas com obesidade até setembro deste ano no Brasil. Os números são do relatório público de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde, a região Nordeste (9,67%) ocupa a terceira posição no índice de crianças obesas nessa faixa etária no país, ficando atrás somente do Sul (11,52%) e do Sudeste (10,41%); Seguido do Centro-Oeste (9,43%); e do Norte (6,93%). O diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Marcos Leão Vilas Bôas, explica que a obesidade está relacionada com uma desregulação do sistema nervoso central, parte responsável por controlar a fome, a saciedade e os gastos energéticos. Se não tratada, o especialista ressalta que a doença pode levar a criança a ter problemas sérios, como hipertensão, infarto, diabetes, depressão, evasão escolar e redução na expectativa e na qualidade de vida. A médica pediatra Laís Rua chama atenção também para os impactos que podem ser provocados no desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações, prejudicando a formação do esqueleto de crianças e adolescentes. A profissional destaca que para mudar essa realidade é necessário ter conscientização e aceitação, além da mudança de hábitos por parte de toda a família. “A palavra convence, o exemplo arrasta. Mais do que levar os filhos ao nutricionista, os pais precisam também passar por uma avaliação nutricional, mesmo que não estejam acima do peso. Além disso, é preciso praticar atividade física junto com as crianças para manter o estímulo, fazer atividades em família ao ar livre, incentivar brincadeiras e entretenimento longe de telas e eletrônicos, criar e manter uma rotina do sono para toda família”, assegurou. Laís também recomenda exercícios físicos para os pequenos, mas ressalta que tudo deve ser feito de maneira lúdica. Em alguns casos, também é necessário intervir com o uso de remédios. “O uso de medicações homeopáticas também é uma opção que pode auxiliar no controle da ansiedade e compulsão alimentar. Quando prescritas por médicos que entendem do assunto, podem ter benefícios quando pensamos na prescrição de suplementos antioxidantes. Mas, qualquer medida medicamentosa precisa ter critérios rigorosos e sempre acompanhada de mudança alimentar e atividade física”, salienta a pediatra. A médica indica o ainda o acompanhamento psicológico por um profissional especializado na infância para dar apoio durante essas mudanças que modificam a rotina e hábitos das crianças.
Foto: Divulgação O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen/Ba) identificou 29 diagnósticos positivos de varíola dos macacos (monkeypox) a partir de 9 de setembro, quando a unidade estadual iniciou a análise de amostras da doença. Ao todo, o laboratório já recebeu 881 amostras. Antes, as avaliações eram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, com intermediação do Lacen. Segundo a diretora do Lacen, Arabela Leal, com diagnóstico feito no próprio estado há maior celeridade na entrega do resultado. Em meses anteriores a setembro, os testes chegaram a demorar um mês para análise final. O Lacen trabalha hoje com diagnóstico das amostras em até cinco dias. Além do tempo, a proximidade regional dá mais segurança ao processo, diminuindo risco de acondicionamento ou extravio da amostra. “O envio de amostra de um lugar para outro era de 48h a 72h, isso quando não tinha nenhum feriado, [depois disso, ao chegar no laboratório de outro estado] houve amostras que levaram mais de 30 dias [para liberar o resultado]. Conosco, começou com prazo de seis dias por causa do volume, mas agora estamos em torno de 5 dias”, afirma. Neste mês, o Lacen recebeu 237 amostras. Destas, apenas sete positivaram. Agosto e setembro tiveram o maior número de amostras: 952 e 1069, respectivamente, com e 54 e 70 positivos. A média de positividade gira em torno de 5,7% a 6,5%. A diretora alerta que, além dos números do Lacen, laboratórios particulares e fora do estado continuam fazendo diagnóstico das amostras para a varíola dos macacos, portanto, o número total é maior do que o divulgado pela unidade. Além disso, o Lacen não coleta o material - isto é de responsabilidade de unidades básicas de toda a Bahia -, o laboratório recebe a amostra e analisa por biologia molecular conforme protocolo indicado pelo Ministério da Saúde (MS). Na Bahia, 116 casos da monkeypox foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). 1.650 foram descartados, enquanto há 39 suspeitos e 24 prováveis. Dos casos confirmados, 78 (67,24%) são de Salvador, seis (5,17%) de Feira de Santana e quatro (3,45%) de Conceição de Feira. Mais 19 municípios completam a lista com menos de três casos. O estado não registrou mortes pela doença.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Paciente da Clínica de Hemodiálise da cidade de Brumado, Maria Edna denunciou ao site Achei Sudoeste que a unidade funciona há três meses sem médico nefrologista. Segundo ela, os pacientes estão desassistidos diante do problema. “Os pacientes estão apresentando calafrios, câimbra. Estamos desassistidos. Pedimos socorro”, disse. Edna entrou em contato com a secretaria municipal de saúde, visto que, embora seja uma clínica particular, há muitos pacientes que fazem tratamento via Sistema Único de Saúde (Sus) na unidade, porém o secretário ainda não se posicionou sobre o assunto. Hoje, apenas clínicos gerais atendem no local. No entanto, Edna disse que os pacientes de nefrologia e que fazem hemodiálise necessitam de um médico especialista para acompanhamento de cada caso. “Como uma clínica de nefrologia fica sem médico nefrologista? Clínico a gente já passa no postinho”, falou. Outra paciente que preferiu não se identificar também denunciou a falta de materiais na clínica. “A situação é muito difícil. Essa empresa é pior do que a outra. Precisamos de ajuda”, cobrou. Diante do problema, existe a possibilidade de a unidade fechar.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Cerca de 47% do público-alvo foi vacinado contra a meningite no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A baixa adesão tem contribuído para o surgimento de novos casos, como na capital São Paulo, que teve 58 registros da doença e dez óbitos em razão dela neste ano. A Prefeitura de São Paulo afirmou tratar-se de casos isolados na cidade, e pediu que os pais levem seus filhos para receber a vacina. No estado paulista, a cobertura vacinal está em torno de 71%. A baixa receptividade à imunização contra a doença não é de hoje. De 2010 até 2021, a cobertura vacinal esteve em queda, sendo que no ano passado teve 70% de adesão no total – o menor índice neste intervalo de 11 anos.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O primeiro lote das vacinas contra a varíola dos macacos chegou ao Brasil nesta terça-feira (4). Segundo o Ministério da Saúde, os imunizantes são importados da vacina Jynneos/MVA-BN. A remessa inicial foi entregue no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e contém 9,8 mil doses do imunizante. Outras 50 mil doses devem ser adquiridas para estudo em território brasileiro, com a utilização do fundo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A ação segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). As unidades restantes dos imunizantes têm previsão de chegada ao país até o final do segundo semestre de 2022. Elas serão analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), antes de uma decisão ser tomada a respeito da liberação da aplicação das vacinas. “É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores”, afirmou a OMS, em nota.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta segunda-feira (26) a lista de planos de saúde que terão a comercialização suspensa por reclamações de cobertura assistencial. Foram 37.936 reclamações analisadas pelo programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento neste segundo trimestre. Ao todo, são 70 tipos de convênios médicos, de 13 operadoras. Do total de suspensos, 45 são da Amil. A proibição começa a valer no dia 30 de setembro, informa a ANS. Planos suspensos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado do monitoramento, que acontece uma vez por trimestre. Além das suspensões, a ANS também liberou para venda 40 planos de 7 operadoras. A lista completa está no site da agência.
Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo O Ministério da Saúde está discutindo a incorporação ao SUS do medicamento Zolgensma, considerado o mais caro do mundo. O remédio, aplicado em crianças com atrofia muscular espinhal (AME), custa em torno de R$ 6 milhões. De acordo com o jornal o Globo, a pasta abriu uma consulta pública para que a sociedade se manifeste até 3 de outubro sobre a inclusão. A Conitec (comissão que avalia novas tecnologias), no entanto, deu parecer preliminar desfavorável à medida. A recomendação cita que a comissão “observou uma incerteza na eficácia” em pacientes maiores de 6 meses e na “efetividade de longo prazo”. Também menciona preocupações com a segurança e o custo-benefício. Em paralelo, o ministério estuda restringir o direito de escolha dos pacientes ao tratamento. A comunidade AME advoga pela inclusão do remédio, aplicado em dose única. O medicamento obteve sucesso no tratamento de crianças em outros países, sobretudo onde há triagem neonatal. No Brasil, poucos pacientes tiveram acesso, graças a decisões judiciais. A burocracia tem tornado complexo o processo para administração de outros medicamentos para a AME. Há dois disponíveis no SUS: Spinraza e Risdiplam. Mas o acesso ainda não é amplo. As condições propostas pela Novartis, fabricante do Zolgensma, também são alvo de críticas. Quem atua em prol dos portadores de AME avalia que o preço e os critérios de parcelamento dificultam a sustentabilidade da cadeia de fornecimento.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Os trabalhadores da enfermagem que atuam na Policlínica Regional de Saúde de Brumado também aderiram à paralisação nacional em busca do pagamento do piso salarial da categoria. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a técnica de enfermagem Rosângela Nascimento salientou que se trata de uma causa muito importante, tendo em vista que significa defender uma conquista de quase 40 anos. Segundo Nascimento, a enfermagem é uma profissão extremamente relevante, tal como pode ser visto durante a pandemia. “Nenhum vírus letal nos parou. Essa paralisação é um repúdio a esse veto. Queremos que eles façam o quanto antes a liberação do piso nacional da enfermagem porque nós merecemos. Devemos ser respeitados”, destacou. A profissional defendeu ainda que a categoria precisa de reconhecimento por todo esforço e dedicação no desempenho da função. “Precisamos de valorização e incentivo”, pontuou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste O Instituto Butantan entregou, na segunda-feira (19), ao Ministério da Saúde 1 milhão de novas doses da vacina CoronaVac/Butantan/Sinovac. A informação foi divulgada pelo próprio instituto e confirmada pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministério, as doses vão passar agora por trâmites logísticos e por controle de qualidade para, então, serem distribuídas a todos os estados e ao Distrito Federal. De acordo com a Agência Brasil, o Butantan informou que as vacinas foram produzidas em São Paulo com o insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da empresa chinesa Sinovac. As novas doses serão usadas para vacinação de crianças de 3 a 5 anos de idade contra a Covid-19. A vacinação dessa faixa etária com o imunizante CoronaVac recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho deste ano. “A entrega desse novo lote pelo Butantan permitirá ampliar o número de crianças brasileiras entre 3 e 5 anos que serão protegidas contra formas graves da Covid-19, evitando internações e óbitos”, disse, em nota, o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, infectologista David Uip, por meio de nota. Com o lote entregue, o Butantan soma 111 milhões de vacinas encaminhadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que vem ocorrendo desde janeiro do ano passado. Segundo o instituto, ainda em setembro, mais 2,5 milhões de doses do imunizante estarão disponíveis para aplicação.
Foto: Cynthia S. Goldsmith O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que vai investir R$ 3 milhões em projetos de pesquisa científica sobre a varíola dos macacos (Monkeypox). O recurso foi liberado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com a Agência Brasil, os projetos envolverão linhas de pesquisa sobre vacinas, avaliação do status imunológico da população, testes de antígeno viral para sorologia, avaliação de cepas em circulação no Brasil e o monitoramento do comportamento do vírus em animais silvestres e domésticos. As pesquisas devem ser concluídas no prazo de 24 meses. O trabalho será realizado por pesquisadores de universidades federais que fazem parte da CâmaraPOX, grupo consultivo criado para o enfrentamento do vírus. Os cientistas são da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Feevale, instituição privada no Rio Grande do Sul. A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Em geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento ocorre para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.
Foto: Reprodução/EPTV O teste para diagnóstico da varíola dos macacos foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos que devem ter cobertura garantida por planos de saúde privados. A medida consta em uma nova resolução normativa aprovada na segunda-feira (19). Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária devido a sua disseminação por diversos países desde maio. No Brasil, já são 7.019 casos e duas mortes, segundo dados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde. Conforme a resolução normativa, os planos deverão cobrir os testes dos beneficiários que apresentarem indicação médica. O exame é realizado a partir de amostras de fluidos coletados diretamente de lesões que se manifestam na pele, usando um swab [cotonete estéril] seco. As análises permitem detectar a presença do vírus que causa a doença. Segundo nota divulgada pela ANS, a incorporação do teste faz parte do processo dinâmico de revisão do rol, que já foi modificado 12 vezes em 2022, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. No ano passado, foram aprovadas alterações no processo de atualização. Até então, a lista era renovada a cada 2 anos. Com a mudança, as propostas passaram a ser analisadas de forma contínua pela área técnica da ANS, que avalia critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre custo e efetividade. “A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”, registra a nota divulgada pela ANS.
Foto: Divulgação Pacientes com câncer de mama podem contar com o medicamento Trastuzumabe Entansina. Indicado em monoterapia - método em que o processo de tratamento é realizado utilizando apenas uma droga ou procedimento - para tratamento de pacientes classificados no nível HER2-positivo da doença. A Portaria que incorpora o medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última segunda-feira (12). “A tecnologia recebeu recomendação favorável de incorporação ao Sistema Único de Saúde SUS após passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável por assessorar a pasta nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS”, informou o ministério. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018, mais de 620 mil mulheres morreram de câncer de mama em todo o mundo. No Brasil, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil, resultando em uma taxa de incidência de 60/100 mil habitantes. Em 2017, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) reportou 16.724 mortes em mulheres. No ano de 2018, o Brasil foi o quarto país com a maior incidência em câncer de mama e o quinto em mortalidade. Estima-se que a incidência entre as brasileiras nos próximos 20 anos terá um aumento de 47%, diz OMS.
Foto Lay Amorim/Achei Sudoeste Neste sábado (10), acontece o Dia D de vacinação antirrábica para cães e gatos em Brumado. Ao Achei Sudoeste, o coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal, Fábio Azevedo, informou que, com o apoio de associações protetoras dos animais, os cães e gatos de rua serão coletados para imunização. Segundo Azevedo, na oportunidade, será feita a triagem do Calazar e a vacinação antirrábica. Feito isso, o animal será identificado com uma placa numérica para acompanhamento. “O animal vai ser sinalizado com um número. Aí já saberemos os animais de rua que foram vacinados e os que não foram. Estes, ao longo do tempo, serão imunizados”, afirmou.
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste Neste sábado (10), será realizado o Dia D de vacinação antirrábica para cães e gatos em Brumado. Ao Achei Sudoeste, o coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal, Fábio Azevedo, explicou que a raiva é uma zoonose que não tem cura e que deixa graves sequelas nos sobreviventes. Ele alertou que a única prevenção contra a doença é a vacinação, por isso a sua grande importância. A imunização dos animais acontece nos principais postos da zona urbana: na UBS Liziane Alves, UBS Fernando Trindade, UBS Dr. Nilton Castro, UBS Paulo Vargas, UBS Wilson Tibos, UBS do Bairro Baraúnas, UBS Ivaneide, UBS do São Félix e UBS Joaquim de Castro Donato. Nos locais, o atendimento será de 8h às 17h. A campanha será encerrada no dia 20 de setembro. A meta é vacinar mais de 8 mil animais na cidade.
Foto: Anselmo Cunha/PMPA O Ministério da Saúde vai prorrogar a campanha de vacinação contra a poliomielite até 30 de setembro diante da ainda baixa cobertura vacinal contra a doença. O prazo inicial da campanha que começou em 8 de agosto era até esta sexta-feira (9). Até o momento, segundo dados do Ministério, 34% do público-alvo de 1 a 4 anos tomou a vacina que previne contra a paralisia infantil. A meta do Ministério é vacinar 95% do público-alvo de 14,3 milhões de pessoas. A campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado as 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular) e incentivar a aplicação da dose de reforço, que acontece por meio da conhecida gotinha. O Ministério prorrogou também a campanha de multivacinação, que acontece de maneira concomitante à da poliomielite. A campanha busca incentivar a atualização de caderneta de vacinação das crianças pelos responsáveis. Estão disponíveis 18 vacinas que compõem o calendário nacional de vacinação. A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas. A prefeitura de Rorainópolis, em Roraima, investiga um caso suspeito da doença.
Foto: Divulgação/MDS O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a Lei 14.443/22 que diminui de 25 para 21 anos a idade mínima para esterilização voluntária e permite que, na mulher, o procedimento seja feito logo após o parto. De acordo com a Agência Brasil, o texto, que altera a Lei do Planejamento Familiar, também exclui da legislação a necessidade de consentimento expresso de ambos os cônjuges para a esterilização. De acordo com o texto, a idade mínima não é exigida de quem já tiver pelo menos dois filhos vivos. A lei mantém o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o procedimento cirúrgico de esterilização, mas inova ao permitir à mulher a esterilização durante o período do parto. O texto garante ainda a oferta de qualquer método e técnica de contracepção no prazo máximo de 30 dias. Atualmente a Portaria 48/99 do Ministério da Saúde, que regulamenta a lei, proíbe a laqueadura durante períodos de parto, aborto ou até o 42º dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade. A lei foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (5) entrará em vigor 180 dias após a publicação.
Foto: Divulgação Quem não dispensa um sapato alto certamente já ouviu críticas quanto ao uso constante do salto e os males que pode causar à estrutura corporal. Isso porque, a altura do calçado altera a angulação da coluna, exigindo maior equilíbrio no caminhar. Mas, será que é preciso eliminar esse acessório elegante do guarda-roupa para manter a saúde da estrutura corporal? Um artigo publicado no Brazilian Journal em 2021, avaliou o impacto do uso dos calçados com salto em mulheres com idade entre 18 e 35 anos. Os estudos descrevem que o início do uso de calçados com saltos ocorre na pré-adolescência com altura em torno de 2,5 cm, evoluindo para saltos predominantemente altos (13,5 cm) aos 23 anos de idade, mantendo-se até aos 30 anos, quando começam a reduzir a altura do salto em busca de maior conforto. Cerca de 57% do peso corporal é distribuído sobre região posterior do pé e 43% sobre região anterior, sendo esses valores alterados de acordo com o tipo de calçado e o grau de elevação do salto desencadeando disfunções musculoesqueléticas. Segundo o coordenador do curso de Fisioterapia da Anhanguera Salvador, Fábio Wanderley, o salto não é um mal para a coluna, mas sim a altura, formato e tempo de uso em excesso que as pessoas fazem dele. “Esses fatores combinados é que colaboram para o desenvolvimento de disfunções na coluna vertebral do indivíduo”, explica. O uso de salto provoca a elevação do calcanhar e, com a inclinação do corpo para a frente, a distribuição do peso se concentra no joelho e força a lombar, o que pode gerar dores. Os músculos do calcanhar também ficam menos flexíveis, tendo em vista que podem ser comprimidos. “Geralmente as pessoas sentem dores na coluna vertebral, pernas e pés após o uso de salto alto por mais de seis horas seguidas, e também após caminhar por mais tempo do que está acostumada. Caso a pessoa troque de sapato ou deixe de usá-lo durante uma semana e as dores não desaparecerem é hora de buscar a opinião de um profissional. A dor persistente pode indicar algum outro problema mais sério de saúde”, alerta o coordenador. Fabio destaca ainda que a ausência total de salto também pode causar a dor, mesmo que em proporção menor, se comparado ao salto alto. O formato “rasteira” não amortece o impacto durante a caminhada e podem levando ao desgaste nas cartilagens dos tornozelos, joelhos, quadris e lombar. O ideal é que não sejam utilizados por muito tempo ou para caminhadas longas.
Foto: Divulgação Ao longo do mês, a campanha Setembro em Flor vem para alertar sobre a prevenção e conscientização dos cânceres que atingem o aparelho reprodutor feminino (útero, ovário e endométrio). Indo além do câncer do colo do útero, doença que atinge 16.590 mulheres por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é fundamental também abrir os olhos para os tumores ginecológicos como um todo. Ainda de acordo com o INCA, cerca de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos por ano, sendo mais comum o câncer do colo do útero em mulheres mais jovens e os tumores ovarianos e de corpo uterino naquelas acima de 50 anos. A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, comenta ainda que a vacinação é um fator importante e que não pode ser deixada de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. O câncer do colo do útero é uma das poucas neoplasias malignas que pode ser considerada uma doença amplamente evitável através da vacinação anti-HPV e/ou triagem adequada e tratamento das lesões precursoras, como preventivo de Papanicolau. No entanto, principalmente nas regiões do planeta de maior vulnerabilidade socioeconômica, milhares de mulheres morrem, desnecessariamente, vítimas da doença”.